Neste período de transição, espíritos inferiores serão
redirecionados para outros planetas.
Uma rápida observação da sociedade global, nos dias de hoje,
pode-nos deixar com amargas dúvidas sobre a veracidade de um progresso moral em
nosso planeta.
A Era da Informação nos traz quase que exclusivamente, e em
ritmo constante, as notas da podridão atual.
Se é mesmo verdade que
progredimos, por que a violência parece cada vez mais sádica, a corrupção (em
todos os sentidos da palavra) mais presente, a intolerância mais radical?
Por
que a desigualdade cava, ainda, poços profundos entre as classes sociais e os
indivíduos?
Por que desaparecem os ideais comuns, dando lugar ao individualismo
patológico?
O progresso, porém, é uma das leis naturais. Podemos não
percebê-lo diretamente – e isso se dá mais por conta de nossa incapacidade de
ver “o quadro todo” do que por uma ausência de progresso. Mas ele está lá.
Somente, o progresso não se dá de forma idealizada, ele não
se comporta como um conceito e, por isso mesmo, não é tão facilmente
reconhecível.
Ele se comporta como um organismo que se cura contínua, mas
lentamente – com pequenas recaídas que não comprometem o processo de cura.
De acordo com Santo Agostinho, se pudéssemos acompanhar
todas as fases do mundo, perceberíamos sua evolução progressiva.
Contudo, para
nós, principalmente enquanto encarnados, essa evolução é praticamente
imperceptível.
A sensação de estagnação (ou mesmo de regressão) que
experimentamos atualmente se dá porque atravessamos um momento particularmente
crítico da evolução do planeta, que sai de sua condição de mundo de provas e
expiações para se tornar mundo de regeneração.
Por essa razão, a humanidade
parece estar mostrando sua pior face nas últimas décadas – é o momento de
agonia antes da melhora definitiva, com uma concentração de espíritos
inferiores que encontram suas últimas oportunidades de reencarnar na Terra.
Caso não aproveitem essas últimas encarnações para evoluir de maneira
significativa, esses espíritos serão redirecionados para outros planetas (as
“outras moradas” às quais se referiu Jesus), para darem continuidade à sua
caminhada evolutiva.
Simultaneamente, levas de espíritos já um pouco mais
evoluídos principiam a encarnar em nosso planeta.
É essa reconfiguração e o trânsito intenso de espíritos de
graus bastantes diferentes de evolução que causam o “transtorno” que
presenciamos hoje.
Porém, trata-se de uma etapa imprescindível para o progresso
moral da Terra.
(Ana Blume)
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