Na verdade, na vida, quando pensamos que estamos a escapar, estamos frequentemente, ainda
que não o saibamos, a correr o mais que podemos para nos envolver
precisamente naquilo que tememos.
Nas relações, em
particular, parecem existir correntes submersas ocultas que utilizam
os nossos desejos e intenções conscientes, para produzir o efeito
oposto ao que pretendemos.
De fato, parece que
qualquer relação significativa tem uma vida própria independente,
com um propósito oculto à nossa percepção consciente.
Nunca sentiu que os
seus maiores esforços de navegar para porto seguro e se afastar da
catástrofe serviram simplesmente para o fazer naufragar nos próprios
baixios que tanto tentava evitar?
Quando faço uma
retrospectiva de quase cinqüenta anos de vida, apercebo-me de que
tentei sempre descobrir a chave elementar, que explicasse porque
razão nós, seres humanos, suportamos tanto sofrimento no
envolvimento com os nossos iguais...
O que acabei por
entender foi que as nossas relações mais marcantes existem por uma
razão muito diferente daquela em que acreditamos, quer pessoalmente
enquanto indivíduos, quer coletivamente como sociedade.
O seu verdadeiro
objetivo não é fazer-nos felizes, não é satisfazer as nossas
necessidades, não é definir o nosso lugar na sociedade, não é
manter-nos seguros...mas sim fazer-nos crescer para a Luz.
A questão de base é
que, juntamente com as pessoas a quem nos encontramos ligados por
laços de sangue, de casamento ou de afinidades profundas, seguimos
uma rota definida com riscos e obstáculos, concebida para nos levar
de um ponto de evolução para outro.
Na realidade, só
teríamos a ganhar se, ao procurar entender a natureza frequentemente
perturbada das relações humanas, nos recordássemos que existe uma
eficiência impecável e implacável no Universo, cuja meta é a
evolução da consciência.
E o que sempre, sempre
impele essa evolução é o desejo...
(Texto extraído do livro "Porque eu? porque isso? porque agora?", de Robin Norwood.)
* * *
Muito Bom!...Se permitíssemos tudo fluir naturalmente o que vem do coração, quem sabe não tivéssemos os atritos do querer ser e fazer aquilo, que por vontade está vinculado ao nosso exterior, mas seriamos simplesmente o que flui de nosso Ser, de nosso Coração.
ResponderExcluirAbraço amiga que a luz e amor estejam presentes.