Quem se propõe a
dialogar com os espíritos é porque entende e aceita que eles
existem e podem se comunicar conosco.
Espíritos são os
seres inteligentes criados por Deus e que habitam o universo,
encarnados ou não.
Há quem pense que o
Espírito desencarnado não pode comunicar-se e conosco trocar
ideias. A esse respeito,os espíritos instrutores responderam a
Kardec:
Por que não?
Que é o homem,
senão um Espírito aprisionado num corpo?
Por que não há de
o Espírito livre se comunicar com o Espírito cativo, como o homem
livre com o encarcerado?
(O Livro dos Médiuns,
1ª Parte, Cap. 1, 5.)
Sim, os espíritos,
encarnados ou não, nos comunicamos uns com os outros. Estamos sempre
em comunicação, seja pela transmissão do pensamento (telepatia),
ou pelas emanações fluídicas, que constantemente emitimos e
recebemos.
De alguma maneira,
todos sentimos a influência dos espíritos libertos e, assim,
podemos dizer que todos somos médiuns.
Essa comunicação
usual, porém, costuma ocorrer de maneira sutil e dela nem sempre
chegamos a tomar consciência.
Nos médiuns,
propriamente ditos, a mediunidade fica bem caracterizada, por
fenômenos ostensivos que ocorrem frequente e regularmente.
É que, nos médiuns,
uma condição orgânica enseja a expansão perispiritual e, nesse
estado de expansão espiritual, ele retoma suas funções de
espírito, vê e ouve o que se passa no plano além (que é invisível
aos nossos sentidos corpóreos), e se relaciona com os espíritos
libertos da carne.
O médium nos transmite
o que percebe do plano espiritual e o que recebe do espírito
comunicante. A fidelidade da transmissão dependerá da maior ou
menor aptidão que o médium tenha para perceber e entender a
realidade do plano espiritual e o que diz o comunicante.
Não obstante alguns
senões no processo da comunicação mediúnica, é através dos
médiuns que os espíritos “ressuscitam”, ressurgem
espiritualmente, e se nos manifestam.(...)
(in “Conversando
com os Espíritos na reunião mediúnica”, de Therezinha Oliveira.
Ed. Allan Kardec)
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