11 agosto 2017



Mesmo sem saber rezar, podemos exercitar a gratidão.

Há parte de nós que reconhece que mesmo diante das turbulências, ainda há motivos agradecer e reconhecer os presentes diários.

Que minha gratidão seja maior que meu ressentimento diante das adversidades.

Que meu espírito saiba reconhecer os presentes por trás da rotina, e que na correria do dia a dia eu ainda possa me encantar diante dos pequenos gestos.

Que eu esteja grato desde o primeiro espreguiçar da manhã, e que possa entender os desfechos do meu dia com serenidade ao cerrar os olhos.

Que o meu semblante carregue não somente o pesar pelos infortúnios diários, mas que encontre motivos para sorrir ao primeiro vestígio de benevolência e paz.

Que haja fé, apesar das tempestades.
Que haja serenidade, apesar das turbulências.
Que haja gentileza, apesar dos tropeços.

E que permaneça a gratidão, sempre e em todo lugar.

O Universo devolve o que recebe.

E ao demonstrar gratidão, um recado de amorosidade é enviado.

Um reconhecimento pelas colheitas nos campos e em nossas vidas.

Que nenhuma penumbra impeça nosso espírito de se sentir acolhido e abraçado.

Talvez a gratidão seja um sentimento que necessita ser exercitado.

E praticá-lo requer analisar nossa colheita diária buscando algo que possa ser devolvido com carinho ao Universo.

Mesmo um dia puxado, carregado de dúvidas e frustrações tem sua parcela de bênçãos.

E a gente tem que se esforçar para tirar aquela gotinha de gratidão num mar salgado de inquietação.

Esta noite não haverá uma ceia onde nos daremos as mãos e agradeceremos juntos as bênçãos em nossas vidas.

Mas poderemos sim, no silêncio de nosso quarto, lembrar com gratidão o que temos de fato.

O teto sobre nossas cabeças, a saúde que nos possibilita estar de pé, nossas amizades, a oportunidade de estudar ou trabalhar, nossa capacidade de amar, os pequenos trunfos que acontecem diariamente, as conquistas que nos fazem sorrir e enchem nosso peito de alegria.

Nem sempre haverá um circo dentro da gente.

A maioria dos dias não tem banda animada nem soldadinhos marchando alegremente.

Mas ainda assim, é possível agradecer pelo dom de ter um espírito livre, que nos garante uma boa safra no fim do dia.

Dormir em paz, sabendo que nosso rio flui sem grandes desvios, é um milagre.

E milagres têm que ser celebrados. Reconhecidos também.

Que a gente possa reconhecer nossas dádivas, presentes miúdos que garantem a construção de nossa existência.

E que cada dia arrecade a sua porção de fé e gratidão…


Amém.



(Fabíola Simões)


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Fonte: http://www.asomadetodosafetos.com/2015/11/acao-de-gracas.html







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