"Nós não somos seres humanos tendo uma experiência espiritual. Somos seres espirituais tendo uma experiência humana"

(Teillard de Chardin)

02 março 2018

Janis Ian - At Seventeen



"At Seventeen" é uma música de Janis Ian, lançada em 1975.

A gravação mais bem sucedida de Ian, a canção é um comentário sobre os padrões de beleza da sociedade, a crueldade adolescente, a ilusão de popularidade e a angústia na adolescência, refletida a partir da idade adulta.

Reflete o ponto de vista de uma mulher já madura, que era um "patinho feio", uma menina ignorada no ensino médio, enquanto as meninas populares receberam toda a atenção.

Infelizmente tanto tempo se passou e sua letra continua tão atual.

*  *  *


At Seventeen -  Janis Ian

(Aos Dezessete Anos)

Eu aprendi a verdade aos dezessete anos
Que o amor foi feito para belas princesas
E normalistas com pele e sorrisos claros
Que se casavam cedo e então sumiam

Os namorados que nunca tive
As noites de suspense e charadas
Eram gastas com outras mais bonitas
Aos dezessete eu aprendi a verdade

E aquelas de nós com rostos feios
Desprovidas de encantos sociais
Desesperadas, permanecíamos em casa
Inventando amantes no telefone
Que ligariam nos convidando para dançar
E baixinho nos diriam coisas obscenas
"Não é assim que acontece, aos dezessete"

A garota morena com roupas emprestadas
Cujo nome eu nunca pude pronunciar
Disse-me para agradar quem eu servisse
Pois eles só tinham o que queriam
E a bem relacionada princesa da cidade
Mergulhava em suas necessidades
Com a garantia de que teria companhia
E certa de que o céu era para idosos

Lembre-se daqueles que vencem no jogo
Perdem no amor no qual buscam lucrar
Mesmo certos de sua qualidade
Tem uma integridade duvidosa
Os olhos da pequena cidade se espantarão com você
Todos surpresos ao verem que a dor e a dívida
Superam o lucro recebido, aos dezessete

Para aquelas de nós que conheciam a dor
De namorados que nunca vinham
E aquelas cujos nomes nunca eram chamados
Quando formavam os times da escola
Foi há muito tempo e muito longe
O mundo era mais jovem que hoje
E sonhos era tudo que havia de liberdade
Para "patinhos feios" como eu

Nós agíamos assim e ousávamos
Nos iludir na solidão
Inventando amantes no telefone
Arrependidas das vidas que não vivíamos
Em que nos ligavam convidando para dançar
E baixinho diziam coisas obscenas
Para garotas feias como eu, aos dezessete anos...


*  *  *







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