A palavra karma tornou-se popular em nosso vocabulário, mas
poucos sabem do que estão falando.
Alguns acreditam que é uma dívida de sofrimento, outros
acreditam ser uma expressão de cunho religioso.
Mas, na verdade, essa palavra que vem do sânscrito expressa
uma lei mecânica: a lei de causa e efeito.
A incompreensão dessa lei ou fenômeno da vida, pode tornar
as coisas bem mais difíceis do que realmente são.
Tudo tem um por quê: nem uma simples folha cai da árvore por
acaso.
Se um convidado bateu na sua porta é porque você convidou,
ou seja, se uma determinada situação aconteceu na sua vida, é porque você
chamou.
Cada situação é como um convidado para quem você enviou o
convite de uma festa.
Às vezes você se esquece disso e o convidado te pega
desprevenido.
Isso causa desconforto, mas não adianta se revoltar ou
fugir; é preciso aceitar porque, se você resiste, cedo ou tarde, o convidado
volta a bater na sua porta.
Não importa qual a situação (um assalto, uma discussão ou
uma traição), você não é uma vítima indefesa – tudo que acontece ao seu redor
foi atraído por você.
Não reconhecendo isso, você pode desperdiçar a vida culpando
o outro.
Você está diante de um profundo aprendizado pelo qual todos
nós temos que passar: a aceitação.
Está tudo certo. Se você acha que tem alguma coisa errada é
porque ainda não compreendeu o recado.
Muitas vezes, não é preciso compreender intelectualmente,
porque certos sofrimentos simplesmente agem como um fogo de purificação
karmica, e não é possível compreender dessa forma.
Mas, compreenda que o karma não é uma dívida de sofrimento,
mas sim uma dívida de aprendizado.
O sofrimento acontece quando não é possível absorver o
aprendizado que a situação está trazendo.
Portanto, esteja onde estiver, aprenda o que tem que ser
aprendido.
Você somente será convidado a mudar de lugar quando aprender
a lição.
Quando você aprende, o karma desaparece.
(Sri Prem Baba)
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