"Com a reencarnação, caem os preconceitos de raça e de casta, de vez que o mesmo Espírito pode renascer rico ou pobre, senhor ou proletário, patrão ou subordinado, livre ou escravo, homem ou mulher.
"De todos os argumentos invocados contra a injustiça da servidão e da escravatura, contra a sujeição da mulher à lei do mais forte, nenhum há que prime mais, em lógica, do que o fato material da reencarnação."
(Allan Kardec - A Gênese)
Podemos considerar, de um modo didático, 3 tipos básicos de reencarnação: voluntária, semi-voluntária e compulsória.
1.Reencarnação Voluntária (Livre)
Grandes missionários que vêm à Terra em tarefa de valor incontestável. Possuem liberdade de escolha muito grande, pois eles mesmo determinam as tarefas a serem desenvolvidas, o local onde vão nascer, os pais e as diversas situações de sua existência. Muito raras são essas encarnações;
2.Reencarnação Semi-Voluntária (Proposta)
Leva em conta o livre-arbítrio relativo de que dispõe o Espírito; mentores estudam seus débitos e méritos, programando, em seguida, os principais acontecimentos da próxima existência na carne, tendo em vista a liquidação ou minoração de dívidas e as possibilidades de progresso. Mas isto não é imposto, podendo o indivíduo discutir certas questões e propor alterações, que serão aceitas ou não. É a modalidade de muitos de nós, dotados de suficiente acuidade mental no espaço para discernir o que é interesse genuíno e o que é ilusão, na vida terrena;
3.Reencarnação Compulsória
É aquela que colhe o Espírito sem prévia concordância dele e até sem o seu conhecimento. Própria dos Espíritos cuja perturbação impede análise lúcida da situação ou cujas faltas são tão graves que anulam a liberdade de escolha. É uma imposição feita pela Lei para atender a casos cuja recuperação exige longas expiações. Os arranjos reencarnatórios são feitos por entidades amigas de condição evolutiva superior que preparam todos os detalhes daquela nova existência.
O processo de reencarnação compulsória, na realidade, dispensa a atuação direta de técnicos da espiritualidade. Tudo pode desenrolar-se naturalmente, obedecendo aos impositivos do automatismo que rege a encarnação dos seres.
Importa, entretanto, considerar que, mesmo nesses casos, a entidade reencarnante sofre supervisão atenta, mesmo que a distância, de Espíritos superiores, responsáveis pelo destino da Terra.
A esse respeito Manoel Philomeno de Miranda [Painéis da Obsessão] esclarece:
"Cada criatura recebe de acordo com as necessidades da própria evolução. Merece todavia, considerar que existência alguma se encontra ao azar, distante de carinhosa ajuda e de socorros providenciais. Da mesma forma que a faixa mais larga da reencarnações ocorre através de fenômenos automatistas, numa programática coletiva, esta não se dá sem que os superiores encarregados dos renascimentos, na Terra, tomem cuidadoso conhecimento."
Com relação aos Espíritos vinculados ao planeta Terra, informa-nos André Luiz, que a maioria deles reencarna-se de forma compulsória.
Fases da Reencarnação
Não existem duas encarnações iguais, mas podemos, didaticamente, separar em fases, os momentos sucessivos que acompanham o mergulho do Espírito na carne.
André Luiz [Missionários da Luz] estuda a reencarnação mostrando-nos como se desenvolve uma encarnação do tipo semi-voluntária:
1ª Fase: Planejamento Encarnatório
Esta fase desenvolve-se no plano espiritual, onde o reencarnante ao lado de seus mentores vai planejar a sua futura encarnação. Lembra Kardec que são planejados apenas os grandes lances da existência, aqueles que podem realmente influir no destino da criatura.
O casamento, os filhos, a profissão, o tempo médio de vida na Terra e as principais doenças cármicas são nessa fase bem determinados. Detalhes mais importantes do futuro corpo podem ser determinados nesse período. São os mapas cromossômicos, descritos pelo autor, que traduzem a herança genética do pai e da mãe e que irão determinar as características hereditárias do reencarnante.
2ª Fase: Contato fluídico com os pais
É a fase em que o reencarnante, em contato mais íntimo com os futuros pais, vai preparando-se para a nova existência. É uma fase importante, onde o Espírito mantém-se em processo de ligação fluídica direta com os pais. A medida que se intensifica semelhante aproximação, o reencarnante vai perdendo os pontos de contato com a esfera espiritual.
3ª Fase: Ligação do Espírito à matéria
a) Redução Perispiritual: o Espírito passa a sofrer uma redução de corpo espiritual, por uma redução dos espaços intermoleculares. Perde "matéria psi", e atingindo uma pequena dimensão, vai ser acoplado ao centro genésico da mãe. Acredita-se que a redução perispiritual será tanto mais intensa quanto mais involuído for o Espírito reencarnante;
b) Seleção do Espermatozóide: Acoplado ao centro genésico da futura mãe, o reencarnante miniaturizado aguarda a relação sexual para desencadear a reencarnação propriamente dita.
Após a explosão dos espermatozóides, liberados na relação sexual, um deles será "escolhido" e devidamente magnetizado para vencer a corrida e alcançar a trompa de Falópio onde está o óvulo.
Essa magnetização do espermatozóide que deverá vencer a corrida é, muitas vezes, feita por técnicos da espiritualidade que selecionam o gameta que traz a carga genética apropriada, de acordo com os mapas cromossômicos, delineados anteriormente.
Quando o reencarnante, pelo seu passado, não faz jus a uma equipe especializada, o processo se desenvolve segundo os princípios da sintonia magnética. O perispírito do reencarnante, por sintonia, atrai o espermatozóide que melhor se adapte às suas necessidades evolutivas;
c ) Fecundação: o gameta masculino ao alcançar o terço superior da Trompa de Falópio vai encontrar o óvulo e fecundá-lo. Nesse exato momento, o Espírito reencarnante que se encontra ajustado ao aparelho genital, liga-se magneticamente à célula ovo, não podendo mais ser substituído por outro Espírito.
4ª Fase: Formação do feto
Inicia-se com a fecundação e vai até o nascimento.
Trata-se do período de múltiplas divisões celulares que vão dar origem ao embrião e logo depois ao feto. O reencarnante nesta fase está criando, através de seu perispírito, um campo magnético que vai atuar como molde onde as células físicas irão se ajustando.
À semelhança de uma colmeia de abelhas que vai sendo paulatinamente preenchida, o corpo espiritual, como vigoroso modelo, atuará como ímã entre limalhas de ferro dando forma consistente ao futuro corpo físico.
Os primeiros 21 dias após a fecundação são de extrema importância para a formação do futuro corpo - época em que estão se formando os órgãos e sistemas - e por esse motivo, a assistência espiritual nessa fase é muito intensa. A gestante não pode afastar-se do corpo, e são proibidas as visitas. Após o 21º dia, reduz-se a vigilância espiritual, que no entanto, continua presente até o final.
5ª Fase: Adaptação à Vida
O processo encarnatório, segundo André Luiz, não se completa ao nascimento, mas apenas aos 7 anos de idade, quando ocorre a plena integração do reencarnante aos implementos físicos.
Aspectos psicológicos do Reencarnante
O momento da encarnação é seguido de um estado de perturbação mais ou menos longo.
Esta perturbação, algumas vezes bastante dolorosa, tem início quando da redução do perispírito e vai prolongando-se até ao nascimento, quando o grau de inconsciência atinge o apogeu.
A partir do nascimento o reencarnante vai recobrando a lucidez à medida que a as células do sistema nervoso vão se amadurecendo. O grau e intensidade da perturbação depende de 3 fatores:
a) Período de Gestação: a perturbação vai aumentando à medida que a gestação se prolonga, sendo menor no início e máxima ao término da gravidez;
b) Evolução do Reencarnante: a reencarnação de Espíritos superiores acompanha-se de um estado de perturbação mais discreto e mais tardio. Os Espíritos mais inferiorizados, desde as primeiras horas da gestação mergulham-se em estado profundo de perturbação;
c) Estado Emocional dos Pais: os pensamentos dos pais, especialmente da mãe, se misturam com os pensamentos do reencarnante, havendo uma profunda troca de emoções e sensações.
Mães ansiosas, deprimidas, queixosas, podem transmitir essas vibrações para o Espírito do feto, agravando o seu sofrimento e a sua angústia. Por outro lado, mães tranquilas, calmas, otimistas, contribuem sensivelmente para o estado de equilíbrio do feto, transfundindo-lhe coragem, fé e esperança.
Há registros na literatura espírita de Espíritos que abandonaram o útero materno em função da carga de emoções doentias recebidas da mãe, o que configura uma forma de aborto, que André Luiz denomina de Aborto Inconsciente.
Manoel Philomeno de Miranda [Temas da Vida e da Morte] informa que o reencarnante registra todos os estados familiares, todos os conflitos domésticos e isso poderá, muitas vezes, ser causa de uma infinidade de problemas emocionais ou físicos na futura criança, como enurese noturna, irritabilidade constante, insegurança, etc.
Aspectos psicológicos dos pais
Da mesma forma que o filho recebe da futura mãe os pensamentos e seus conteúdos emocionais, a mãe capta de uma forma mais evidente as vibrações emitidas pelo feto.
A gestante é "uma criatura hipnotizada a longo prazo", exatamente porque traz seu campo psíquico invadido pelas impressões e vibrações do reencarnante.
Funciona a mãe como um "exaustor de fluidos" e terá, consequentemente, uma alteração profunda em emocional. Algumas se enchem de entusiasmo e bem estar. Mulheres, às vezes ansiosas, que se equilibram durante a gestação ; sentem-se bem, tranqüilas, em função de uma carga emotiva sadia ou afim que está vindo do filho.
Em outras oportunidades ocorre o inverso. Durante a gravidez, a mulher torna-se deprimida, tensa, há um decréscimo da vivacidade mental, um torpor intelectual, extravagâncias. Pode ser em função de vibrações pouco sadias ou de um Espírito que foi um desafeto do passado.
O futuro pai pode também sofrer alterações em seu campo mental em função da presença de um novo Espírito em seu lar.
Às vezes, vê-se possuído de terrível ciúme e passa a encher a mulher de atenção e carinho. Outras vezes, torna-se arredio, agressivo, deprimido. São vibrações de um Espírito ligado a ele por um passado feliz ou infeliz que agora retorna para prosseguir em sua marcha evolutiva, fortalecendo a amizade, se esta já existe, e desfazendo mágoas e desentendimentos se eles ocorreram.
fonte: http://www.amaluz.net/processo.htm
Registro a forma clara e entendível, quanto ao tópico de reencarnação, dando-nos a noção e conhecimento dos caminhos percorridos pelo voluntário ou mesmo convidado autocráticamente, citando inclusive alguns detalhes, colaborando a quebrar eventuais dúvidas.
ResponderExcluirParabéns pela exposição.
L. Martins
Agradeço a visita ao blog e a seu comentário,ok?
Excluirabços e muita luz!
Fantástico! Estou iniciando nos estudos da doutrina e estava procurando entender principalmente o processo de reencarnação e esquecimento do passado e esta foi de longe a explicação mais conclusiva que tive até hoje. Muito obrigado e parabéns.
ResponderExcluirOlá Alessandro!
ExcluirUm dos objetivos deste blog é repassar conhecimentos sobre a Espiritualidade de forma clara e simples. Fico muito feliz em cooperar com seus estudos!
Obrigada pela visita.
abços!
Wania
Eu Acredito na Reencarnação porque eu sou uma deles, e tenho ao meu lado uma pessoa que já faz parte de minha vida ele foi o meu pai e agora eu sou o pai dele,é muito gratificante para mim deus da mai essa segunda chance.
ResponderExcluirRealmente meu amigo!
ExcluirObrigada pela visita,ok?
abços
Wania
olá
ResponderExcluirachei interessante o texto, mas fiquei com uma dúvida. quem comanda a reencarnação? quem estabelece o critério do espirito evoluido?
se eu quiser reencarnar, alguém pode me impedir? quem?
ExcluirOlá Rogério!
Antes de mais nada, obrigada pela sua visita ao blog,ok?
Espero poder tirar sua dúvida.
Cada forma de religiosidade cria seus dogmas e conceitos.
A reencarnação é um conceito presente no Espiritismo e também em outras diversas correntes religiosas: no Paganismo, no Budismo, Hinduísmo e em outras tradições religiosas orientais.
O Espiritismo baseia-se na crença de que somos espíritos ou entidades espirituais, sujeitas a uma classificação evolutiva (de acordo com nosso distanciamento da materialidade e na nossa capacidade de amar e perdoar) e sujeitas a uma hierarquia espiritual, com funções e limites de ação definidos.
Assim sendo, no Espiritismo a reencarnação estaria sujeita a certos critérios (merecimentos e dívidas) e coordenada por espíritos mais evoluídos, com a responsabilidade de torná-la possível ( lar, pai e mãe adequados, condições do futuro corpo, sempre respeitando merecimentos e dívidas contraídas pelo espirito reencarnante).
É possível reencarnar sem todo esse preparo e cuidado?
Segundo o livro “Espíritos nas Escolas”, de Dalmo Duque dos Santos, quando ele fala sobre gravidez na adolescência e espiritualidade, em casos em que o novo ser vem de uma relação fugaz, um encontro ao acaso, possivelmente algum espírito sintonizado com um dos parceiros, ou com a energia oriunda naquele momento específico, seria beneficiado e reencarnaria. Mas nunca devemos esquecer que nada, absolutamente nada acontece sem a permissão de nosso Pai Maior. Até mesmo nesses casos há uma razão, uma permissão superior, que levará ao aprendizado todos os envolvidos.
Em outras tradições a reencarnação é um processo descrito como mais "natural", no Espiritismo é um processo visto como a ação de entidades superiores, consciências humanas.
No Paganismo, por exemplo, vemos o nascimento e a morte como um ciclo, como fazendo parte da Natureza; e na natureza tudo nasce, cresce, morre e nasce novamente (ou é reaproveitado); o mesmo se dando com a consciência.
Portanto a reencarnação, dependendo puramente do ponto de vista, da doutrina, da religiosidade de quem a observa, não necessariamente é algo coordenado por espíritos.
Abços!
Wania
http://www.viagemastral.com/gva/viewtopic.php?f=9&t=2503
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obrigado, muito obrigado.
ExcluirVou olhar o link agora.
bjs