Certamente voce já ouviu falar em “Fenômenos de materialização”.
Entretanto, para quem não sabe, os fenômenos de materialização ocorrem quando os espíritos, utilizando-se de energias, ou fluidos, de pessoas encarnadas, conseguem modificar as propriedades de determinada matéria.
É através desse mecanismo, isto é, a combinação de fluidos de pessoas encarnadas com os seus próprios fluidos, aliada à vontade, que os espíritos muitas vezes se fazem visíveis, até mesmo, tangíveis.[…]
Pois bem!
Há uma semana, um familiar passou alguns dias em nossa casa. Ela estava muito ansiosa pelo resultado de uma entrevista, para seleção de um projeto de ordem acadêmica, projeto esse que faz parte de seus mais belos sonhos profissionais.
Ocorre que, para surpresa e estupefação de todos, contrariando todas as possibilidades, ela não obteve a aprovação que tanto almejava.
Sofremos todos, é certo.
Ela, entretanto, ficou desolada.
É espírita. Estudiosa da Doutrina. Pessoa séria e extremamente correta em seu proceder. Mas, naquela noite…
Naquela noite, quando todos se recolheram aos seus aposentos para dormir, eis que recebo o seguinte pedido:
“Você pode abrir essa garrafa de vinho pra mim? Não estou conseguindo…”
Confesso que fiquei constrangido. Sabia da sua desilusão. Compreendia claramente de que nada que eu dissesse, acerca de sua atitude, seria desconhecido dela.
Como não tinha, naturalmente, nenhuma ingerência sobre o seu proceder, optei por recusar, inicialmente, da forma mais delicada possível, ainda tentando falar-lhe o que ela já sabia.
Era uma tentativa de fuga, um desabafo, uma maneira de mostrar sua revolta.
Mas a bebida alcóolica, na quantidade mínima que for, é sempre uma grande porta aberta a espíritos viciados e dependentes.
Para piorar, ela possui uma mediunidade ostensiva…
Como eu mesmo já esperava, não tive muito sucesso.
Dada a sua insistência, vi-me, então, coagido a abrir-lhe a garrafa de vinho.
Restava-me torcer para que ela apenas bebesse, ficasse sonolenta, e fosse dormir.
Recolhi-me, confesso, inquieto. Preocupado.
Um bom tempo depois, já quando estava com muito sono, quase adormecendo, foi que me lembrei da prece.
Fiz uma prece a Deus e pedi aos bons espíritos que, se fosse possível, intuissem ela, convencessem, a não beber.
Pedi, enfim, para tentarem impedi-la de ingerir aquela garrafa de vinho, uma vez que não lhe traria nenhum bem, e muito menos resolveria o seu problema.
Adormeci.
Pela manhã, deparei-me com a garrafa de vinho, totalmente vazia, no balcão da cozinha.
É, pensei, Não deu.
Mas, qual não foi a minha surpresa, ao vê-la de pé, ao meu lado, me disparando a seguinte pergunta:
- Foi você, não foi?
- Foi eu o quê,? – perguntei.
- Foi você que colocou o sal no vinho, não foi?
- Eu?!…
Mal tinha dito isso e lembrei-me da prece aos bons espiritos para que a impedissem de beber.
Dei uma gostosa gargalhada. A situação era, pelo menos pra mim, muito engraçada.
Expliquei tudo a ela e certifiquei-lhe que não havia feito nada disso, o que ela já sabia, uma vez que apenas abri a garrafa de vinho e entreguei-lhe. Nada mais. Não havia como ter feito colocar sal dentro da garrafa sem que ela visse.
O resto, não foi mesmo obra minha. Dessa vez, a culpa realmente era dos Espíritos…
Por fim, ela também riu da situação e compreendeu que os carinhosos amigos espirituais estavam cuidando dela, mesmo contra a sua vontade.
Pois é, amigos: Jesus transformou água em vinho e, aqui em casa, os Espíritos pegaram o vinho e… colocaram sal!
E ainda tem gente que:
1 – Não acredita no poder da prece:
2 – Não acredita que existam espíritos…
(Ylen Asor)
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