-Todo sofrimento físico
implica em pagamento de débitos cármicos? Uma dor de dentes,
por exemplo?
É mais provável
que os dentes lhe doam porque você não os escova regularmente. As
dores físicas geralmente são avisos de nosso corpo sinalizando que
estamos cuidando mal dele.
-O que seria cuidar bem
do corpo?
Atender suas
necessidades. Nosso corpo é uma máquina que usamos para o trânsito
pela Terra. Como toda máquina, ele tem regras de funcionamento. É
fundamental observá-las, a fim de que não nos cause embaraços.
-Quais os cuidados
fundamentais em relação ao corpo?
O regime alimentar,
por exemplo. Se você come além do razoável, engorda; se faz uso
indiscriminado de determinados alimentos, intoxica as células; se
não observa o balanceamento adequado de nutrientes, perturba o
metabolismo. Há muita gente doente simplesmente em função de uma
alimentação errada.
-Outros cuidados?
Exercícios,
repouso, trabalho disciplinado, higiene... Tudo isso é fundamental
para conservar o corpo saudável, usando-o pelo tempo que Deus nos
concede, sem maiores contratempos.
-Não vivemos sempre um
tempo certo concedido por Deus?
Que morreremos todos
é uma certeza. Quanto à hora de nossa morte depende de como
vivemos. Muita gente é despejada do corpo, com anos de antecedência,
qual inquilino descuidado, por havê-lo comprometido por falta de
elementares cuidados de conservação.
-É comum isso
acontecer?
Raro é morrer no
tempo certo, dentro dos prazos concedidos por Deus, porqüanto
passamos a existência a abusar do corpo, desgastando-o com
viciações, excessos e desregramentos.
-Se em plena juventude
vamos observar semelhantes preocupações, como curtir a vida? Tantos
cuidados parecem-me uma tremenda caretice, mera perda de tempo.
Na verdade há
certas experiências que só o tempo ensina. O problema é que quando
isso lhe acontecer já não lhe servirá. O estrago estará feito.
Não obstante, considere que curtir a vida, no bom sentido, seria
aproveitar as oportunidades de edificação que ela nos oferece.
-Fazer tudo certinho?
Seria pedir demais.
Tente apenas cultivar um pouco de reflexão. Parar e pensar,
conversando com seus botões, a perguntar-se o que anda fazendo
consigo mesmo. Faz algo de útil em relação à aquisição de
valores que atendam ao Espírito eterno, ou apenas está perdendo
tempo com fantasias?
(Extraído do livro
“Não pise na bola”, de Richard Simonetti)
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