Apesar das distâncias
geográficas e das distintas épocas e culturas, existe algo em comum
que historicamente une a rica Roma, a bíblica Sodoma e a tropical
caliente política brasileira.
E o Dicionário da
Língua Portuguesa é muito claro a respeito do significado dessa
histórica ligação: "Decadência é o estado do que decai;
declínio; corrupção; enfraquecimento".
A então poderosa Roma
com seus famosos bacanais que envolviam a elite dominante, a bíblica
Sodoma das "mil e uma noites" de prazeres e orgias e a
política brasileira de sucessivos escândalos de corrupção e de
tráfico de influências, representam um quadro doentio da decadência
ético-moral das elites governantes nesses três momentos históricos
da humanidade.
E não foi por acaso
que o orgulhoso império romano sucumbiu e Sodoma virou cinzas, assim
como a política brasileira começa a afundar na própria areia
movediça gerada pela falta de transparência de seus representantes.
E as evidências do
declínio de nossas instituições políticas que deveriam servir de
modelo e exemplo para a juventude, estão diariamente à mostra na
imprensa do país.
Portanto, atualmente, a
maior crise da sociedade brasileira não é a econômica, mas a crise
de valores ético-morais e também espirituais.
A (des)estruturação
política é um reflexo da nossa dificuldade - quase incapacidade -
de lidar com a "coisa pública" que exige, acima de tudo,
seriedade de seus responsáveis diretos, como é o caso da educação
e da saúde que além de serem plataformas para a geração de
valores saudáveis na formação da criança, são bases sólidas
para a evolução da sociedade.
A história se repete
porque o homem não aprendeu a lidar com o orgulho, o egoísmo, a
ganância, a luxúria e a vaidade.
E o poder, assim como
aconteceu na Roma antiga, em Sodoma e está acontecendo por aqui,
transforma-se num tiranossauro rex devorador de inocentes, mas também
de corruptos.
É a criação
voltando-se contra o criador...
A política brasileira,
ao chegar no auge esquizofrênico-institucional em que se encontra,
parece-nos ter perdido o senso da razão, isto é, a noção do que
seja decente ou não. [...]
Culpa das gerações
passadas, da democracia, dos partidos políticos ou "mea
culpa" por não sabermos votar nas pessoas "certas"?
Creio que um pouco de
tudo, mas principalmente, culpa das nossas próprias inferioridades
como seres humanos que não evoluíram o bastante para discernir que
tanto o mal como o bem estão dentro e não fora de nós, e que se
manifestam através de atitudes que revelam o nosso nível
consciencial na forma de caráter.
Se nos encontramos
neste planeta e neste país é porque existe uma razão especial que
deve ser aproveitada em nosso benefício porque, se considerarmos as
Leis Naturais que regem o universo, perceberemos que nada acontece
por acaso e que tudo tem uma razão de acontecer.
Aconteceu em Roma, em
Sodoma e em sociedades que sucumbiram na lama gerada pela desarmonia
espiritual que lentamente envolve e aprisiona suas vítimas.
Portanto, não seja uma
vítima do desconhecimento de si mesmo.
Perceba... aprofunde-se
na percepção de seu momento existencial neste planeta e neste país
de contradições e extremos.
Nada é por acaso! Fuja
do "clichê" do conformismo hipócrita que embrutece
corações e condiciona mentes em um mesmo patamar consciencial
repleto de falsos valores, interesses mesquinhos e de lideranças
suspeitas.
Seja você mesmo!
Invista no seu autoconhecimento. Inove... busque o seu lugar e a
razão de existir neste momento histórico do planeta Terra.
Lute, desafie e
conquiste espaços para a sua integral e harmoniosa evolução... e
encontre sua missão de vida!
Por quê? Porque tudo
passa! Passou o orgulhoso e imbatível império romano. Passou a
Sodoma da luxúria e da promiscuidade... e está passando a fase da
institucionalizada corrupção brasileira; porque tudo que chega ao
ápice, um dia começa a cair (ou a declinar).
E nesse meio tempo,
outros personagens da história assumem os seus papéis na
reconstrução do que virou pó.
E mais uma vez, entre
os homens, a esperança renasce!
(Flávio Bastos)
* * *
Querida amiga
ResponderExcluirO mais bonito do texto,
é sem dúvida a esperança.
Esperança que virá
de cada pessoa,
que faz da indignação,
uma poderosa arma
de mudança.
Que o amor nos vista a vida.
Caro Aluisio!
ExcluirComo digo no blog, fazer um novo fim é indignar-se quando preciso e ter esperança no porvir...
Muita Luz em teu já iluminado coração.
abços!
Wania