"Nós não somos seres humanos tendo uma experiência espiritual. Somos seres espirituais tendo uma experiência humana"

(Teillard de Chardin)

14 fevereiro 2011

Gentileza


"Se um homem é gentil com desconhecidos, isto mostra que ele é um cidadão do mundo, e que seu coração não é uma ilha que foi arrancada de outras terras, mas um continente que se une a eles." 
(Francis Bacon)

O que é ser gentil?

Gentileza é um modo de agir, um jeito de ser, uma maneira de enxergar o mundo.

Ser gentil, portanto, é um atributo muito mais sofisticado e profundo que ser educado ou meramente cumprir regras de etiqueta, porque embora possamos (e devamos) ser educados, a gentileza se trata de uma característica diretamente relacionada com caráter, valores e ética; sobretudo, tem a ver com o desejo de contribuir com um mundo mais humano e eficiente para todos.

Ou seja, para se tornar uma pessoa mais gentil, é preciso que cada um reflita sobre o modo como tem se relacionado consigo mesmo, com as pessoas e com o mundo.

Por que esquecemos de ser gentis?

A rotina nos cega, costumo dizer. Pressionados por idéias equivocadas, que nos pressionam a ter sempre mais, a cumprir prazos sem nos respeitarmos, a atingir metas que, muitas vezes, não fazem parte de nossa missão de vida e daquilo em que acreditamos, nos tornamos mais e mais insensíveis.

E nesta insensibilidade, vamos agindo e nos relacionando com as pessoas - mesmo com aquelas que amamos - de forma menos gentil, mais apressada e mais automatizada, sem nem nos darmos conta disso.

É por isso que, a meu ver, ser gentil não pode depender do outro, não pode ser uma moeda de troca, tem de ser uma escolha pessoal, um entendimento de que podemos fazer a nossa parte e contribuir sim para um mundo melhor.

Leonardo Boff tem uma frase maravilhosa que resume bem o que quero dizer: “Não serão nossos gritos a fazer a diferença e sim a força contida em nossas mais delicadas e íntegras ações.” 

(Rosana Braga) 


Compaixão, Piedade, Simpatia e Empatia

 

A Compaixão, a Piedade, a Simpatia e a Empatia nem sempre são adequadamente entendidas.

Cada uma destas palavras é ambígua, ou seja, pode assumir diferentes significados, e todas podem ser confundidas entre si.

Um ponto comum: todas se referem a uma relação frente ao sofrimento.

Compaixão é "sofrer com".

Ter compaixão é a virtude de compartilhar o sofrimento do outro. Não significa aprovar suas razões, sejam elas boas ou más. 
Ter compaixão é não ter indiferença frente ao sofrimento do outro.
"Ninguém é completamente indiferente a felicidade ou a miséria dos outros".
Algumas pessoas entendem que isto não é uma virtude, mas sim um sentimento, que pode receber a denominação de Simpatia ou de Empatia.

Piedade é sentir-se triste com a tristeza dos outros.

A Piedade aumenta a tristeza, a infelicidade.

Simpatia é um sentimento que vincula as pessoas umas às outras

A idéia foi proposta por David Hume. Em seu livro Tratado da Natureza Humana, escrito em 1738, ele propôs que:

"Nenhuma qualidade da natureza humana é mais importante, quer por si, quer por suas consequências, do que a propensão que nós temos para simpatizar uns com os outros, para receber por comunicação suas inclinações e seus sentimentos, por mais diferentes que eles sejam dos nossos, ou mesmo contrários... A este princípio é que devemos atribuir a grande uniformidade que podemos observar nos humores e nos modos de pensar dos membros de uma mesma nação: é muito mais provável que esta semelhança surja da simpatia do que da influência do solo e do clima, os quais ainda que permaneçam os mesmos, não conseguem manter inalterado por um século inteiro o caráter de uma nação."

John Gregory, o grande médico escocês que estabeleceu, no século XVIII, as bases para a Ética Médica contemporânea, afirmava que a Simpatia era fundamental para uma adequada relação médico-paciente.

Adam Smith, que neste mesmo período era professor de Ética também em Edimburgo, tomando as idéias de Hume por base, propôs que a simpatia é base da vida moral, entendendo-a como a "faculdade de participar das emoções de outrem, sejam elas quais forem" (Theory of Moral Sentiments, 1759). Todos estes autores fizeram parte do movimento caracterizado como Iluminismo ou Esclarecimento Escocês.

Empatia, por sua vez, é olhar com o olhar do outro, é considerar a possibilidade de uma perspectiva diferente da sua.

A falta de empatia é desconsideração, é não permitir diferentes percepções.

A falta de empatia desconsidera a pessoa em si, os seus valores, o seu sistema de crenças ou os seus desejos. Para alguns a Empatia refere-se a Estética, e não a Ética propriamente dita. 
Em suma, a Empatia é sentir-se como se sentiria caso se estivesse na situação e circunstâncias experimentadas por uma outra pessoa.

Na obra "A História do Rei Lear" (texto quarto, cena 13), William Shakespeare descreve magistralmente o que é esta relação com o sofrimento:

Edgar:
(...) Quem sofre sozinho, sofre muito mais em sua mente (espírito). Deixa para trás a liberdade e a alegria. Mas a mente (espírito) com muito sofrimento pode superar-se, Quando a dor tem amigos e suportam a sua companhia, quão leve e suportável a minha dor parece agora. (...)


(José Roberto Goldim)

12 fevereiro 2011

Tabuleiro Ouija


O Tabuleiro Ouija ou Tábua Ouija é qualquer superfície plana com letras, números ou outros símbolos em que se coloca um indicador móvel, utilizada supostamente para comunicação com espíritos. Os participantes colocam os dedos sobre o indicador que então se move pelo tabuleiro para responder perguntas e enviar mensagens.

No Brasil, há variantes como a brincadeira do copo ou o jogo do copo, em que um copo faz as vezes do indicador para as respostas. Existem também apoios para a utilização de lápis durante as sessões.
Recentemente, surgiu entre adolescentes a brincadeira do compasso, mas com princípios semelhantes.

Cientistas e céticos em geral atribuem o funcionamento do tabuleiro Ouija ao “efeito ideomotor”. Segundo eles, as pessoas participantes da sessão involuntariamente exercem uma força imperceptível sobre o indicador utilizado, e a conjunção da força exercida por várias pessoas faz o objeto se mover.

Além das tradicionais críticas dos céticos, o tabuleiro Ouija também é criticado entre os espiritualistas. No meio especializado, há diversos avisos contra o uso do tabuleiro por pessoas desavisadas.

A doutrina espírita orienta, através do Livro dos Médiuns, que estas práticas devem ser evitadas uma vez que, normalmente, são utilizadas para curiosidades em geral e perguntas vãs, bem longe da seriedade exigida no intercâmbio com a espiritualidade benfeitora, e, dessa forma, é mais provável a presença de espíritos levianos e zombeteiros, sem nenhum interesse com a verdade e com a dignidade, do que espírito bons e esclarecidos comprometidos com a divulgação das propostas morais e éticas da Vida.

Na realidade, o que ocorre é uma evocação, ou seja,
convida-se um espírito de uma pessoa desencarnada a se comunicar. Portanto deveria envolver conhecimento e muita responsabilidade.

Espíritos estão por toda parte, ajudando ou não, pois espíritos nada mais são que pessoas que desencarnaram, embora muitos ainda não conheçam sua atual situação.

Seu anjo da guarda é um espírito.
Uma pessoa qualquer falecida é um espírito.
Nós somos espíritos, na carne, mas somos.

Para que exista uma comunicação (no tabuleiro) é necessário o uso de uma substancia chamada Ectoplasma ou Bioplasma, a qual é desprendida por um dos operadores da sessão.

Diz-se que normalmente precisam-se de duas ou mais pessoas para operar o tabuleiro – sendo que ao menos uma delas deva ter "facilidade" em desprender esta substancia, mesmo sem o saber, atuando como um "elo de ligação" entre as duas pontas, a espiritual e a material.

O Tabuleiro Ouija, está longe de ser um jogo. Na verdade, é uma forma de comunicação espiritual. 

Envolvendo portanto, além de conhecimento e responsabilidade, os riscos de comunicação com espíritos infelizes e sem esclarecimento.



Apometria


A medida em que a humanidade evolui, aumenta o nosso conhecimento das leis espirituais, que antes era privilégio de poucos, e que vai sendo revelado abertamente aos pesquisadores isentos de preconceitos.

A Apometria é uma técnica que consiste no desdobramento espiritual (emancipação da alma, viagem astral ou projeção da consciência) por intermédio do comando da mente.

A utilização da Apometria pode ser considerada como parte da evolução no tratamento espiritual, embora muitos espíritas e espiritualistas ainda não a aceitem ou a utilizem, talvez por falta de uma divulgação adequada e uma maior interação com o assunto.

Esse estado de emancipação da alma dá maior possibilidade ao médium de executar as tarefas assistenciais no plano espiritual, por poder expandir, dessa maneira, sua capacidade sensitiva, além de permitir que esteja no mesmo plano de atuação do desencarnado. 

Ao mesmo tempo, o paciente, que também fica em estado de emancipação, facilita seu atendimento. Isso ocorre porque no plano astral o campo energético, assim como os desequilíbrios, podem ser observados de uma forma mais ampla pela equipe tanto de trabalhadores encarnados como pelos espíritos benfeitores.

Porém, os estudiosos sérios alertam que não se trata de mediunismo e que deve ser utilizada por pessoas habilitadas, capazes e envolvidas em bons propósitos.

A técnica da apometria, quando bem aplicada e sob a cobertura dos bons espíritos, realmente se destaca no diagnóstico de certeza e na condução da terapêutica mais indicada.

Por intermédio da projeção do perispírito, o médium pode ver e ouvir os espíritos, até mesmo trabalhar no resgate de espíritos sofredores.

No atendimento aos enfermos, por meio da projeção, coloca-se o médium em contato com as entidades médicas do plano espiritual. Simultaneamente, o mesmo procedimento é feito com o doente, o que possibilita o atendimento do corpo espiritual do enfermo pelos médicos desencarnados, assistidos pelos médiuns em projeção que relatam os fatos que estão ocorrendo durante o tratamento.

Também pode ser utilizada como técnica eficaz no tratamento das obsessões. Essa eficácia acontece em virtude dos espíritos protetores se encontrarem no mesmo plano dos assistidos, podendo agir com maior profundidade e mais rapidez.

Vale lembrar que a projeção do perispírito, tanto do médium quanto do enfermo é obtida por intermédio do emprego de um determinado número de impulsos magnéticos, semelhantes aos passes. 

Embora a apometria seja uma técnica bastante simples, sua aplicação exige cuidados especiais, como uma cobertura espiritual de nível elevado. Deve ser realizada por grupos de trabalho constituídos para essa finalidade, com atividades regulares como qualquer outro grupo dedicado aos trabalhos de caridade, além da harmonia entre os componentes da equipe.

A apometria tem sido utilizada por muitos grupos como técnica eficiente em auxiliar nos processos obsessivos, já que em geral, as perturbações espirituais decorrem da ação de obsessores. Os espíritos obsessores – na verdade, espíritos infelizes – são afastados, recolhidos e conduzidos para hospitais espirituais, de acordo com seu padrão vibratório. O estado de emancipação da alma possibilita que os médiuns possam observar melhor as ligações obsessivas, as áreas do organismo perispiritual atingidas, entre outros fatores.

Isso torna o tratamento muito mais completo por possibilitar o atendimento tanto do paciente quanto dos espíritos perturbadores que o acompanham. Na maioria das vezes, o enfermo nada registra, a não ser em casos de pessoas com maior sensibilidade.

Chegará um tempo em que a medicina tratará o Homem de forma integral, unindo os tratamentos físico e espiritual realizados por médicos encarnados e desencarnados. Mesmo porque, a maioria das doenças se inicia no perispírito e depois se manifesta no corpo físico.

Segundo relatos de pesquisadores e de grupos que utilizam a metodologia, independente de religião ou credo, sua aplicação adequada poderá cada vez mais ajudar a expandir o campo da medicina integral. E quanto mais conhecida essa técnica, mais auxiliará os espíritas nos trabalhos de desobsessão e atendimentos espirituais. Paralelamente, novos horizontes se abrirão quando a medicina reconhecer a existência do espírito e que uma infinidade de enfermidades que se manifestam na atualidade podem ter sido causadas no corpo perispiritual em existência passada.

(fonte: Revista Cristã de Espiritismo – ed. 30 - Por Érika Silveira)




07 fevereiro 2011

Deus e a Solidão


Deus costuma usar a solidão
Para nos ensinar sobre a convivência.
Às vezes, usa a raiva para que possamos
Compreender o infinito valor da paz.
Outras vezes usa o tédio, quando quer
nos mostrar a importância da aventura e do abandono.
Deus costuma usar o silêncio para nos ensinar
sobre a responsabilidade do que dizemos.
Às vezes usa o cansaço, para que possamos
Compreender o valor do despertar.
Outras vezes usa a doença, quando quer
Nos mostrar a importância da saúde.
Deus costuma usar o fogo,
para nos ensinar a andar sobre a água.
Às vezes, usa a terra, para que possamos
Compreender o valor do ar.
Outras vezes usa a morte, quando quer
Nos mostrar a importância da vida.
(Paulo Coelho) 


http://distribuindosementes.blogspot.com

06 fevereiro 2011

Ah! Os relógios


Amigos, não consultem os relógios
quando um dia eu me for de vossas vidas
em seus fúteis problemas tão perdidas
que até parecem mais uns necrológios...

Porque o tempo é uma invenção da morte:
não o conhece a vida - a verdadeira -
em que basta um momento de poesia
para nos dar a eternidade inteira.

Inteira, sim, porque essa vida eterna
somente por si mesma é dividida:
não cabe, a cada qual, uma porção.

E os Anjos entreolham-se espantados
quando alguém - ao voltar a si da vida -
acaso lhes indaga que horas são...

(Mario Quintana - A Cor do Invisível)

05 fevereiro 2011

Clarice Lispector sobre o Amor


Já escondi um Amor com medo de perdê-lo, já perdi um Amor por escondê-lo.
Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos.
Já expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por isso.
Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos.
Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem.
Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram.
Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir.
Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi.
Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta em meu canto.
Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir.
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam.
Já tive crises de riso quando não podia.
Já quebrei pratos, copos e vasos, de raiva.
Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse.
Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar.
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar alguns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros.
Já fingi ser o que não sou para agradar alguns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros.
Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz.
Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava.
Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade...
Já tive medo do escuro, hoje no escuro "me acho, me agacho, fico ali".
Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais.
Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria.
Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava.
Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um pesadelo. Mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda.
Já chamei pessoas próximas de "amigo" e descobri que não eram... Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim.
Não me deem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.
Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!
Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!
Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra sempre!
Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.
Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco; eu vou dizer:
- E daí? Eu adoro voar!
(Clarice Lispector)

Apesar de



... uma das coisas que aprendi é que se deve viver apesar de. 
Apesar de, se deve comer. 
Apesar de, se deve amar. 
Apesar de, se deve morrer. 
Inclusive muitas vezes é o próprio apesar de que nos empurra para a frente. 
Foi o apesar de que me deu uma angústia que insatisfeita foi a criadora de minha própria vida. 
Foi apesar de que parei na rua e fiquei olhando para você enquanto você esperava um táxi. E desde logo desejando você, esse teu corpo que nem sequer é bonito, mas é o corpo que eu quero. Mas quero inteiro, com a alma também. Por isso, não faz mal que você não venha, esperarei quanto tempo for preciso.”
(Clarice Lispector)

04 fevereiro 2011

Obsessão Infantil - O que fazer?


Durante muito tempo, havia a idéia de que a criança não sofria atuações de obsessores, de que era cercada de defesas naturais suficientes para impedir que isso ocorresse, como, por exemplo, a presença de seu anjo guardião, ou espírito protetor. 

A prática, porém, mostrou outra realidade. Assim, muitos dos  problemas apresentados na infancia, aos poucos, foram sendo identificados como presenças de espíritos perseguidores, evidenciando que processos obsessivos também atingem as crianças.

Um dos mais dolorosos capítulos da obsessão espiritual é a que acomete crianças.

A obsessão infantil, como um quadro bem estabelecido, pode manifestar-se em diferentes fases de sua vida. 

A ação dessas entidades inferiores se mostra de diferentes maneiras, desde as perturbações do sono, causando pesadelos que infundem o terror noturno, tanto quanto provocando inquietação, irritação, medo, agressividade, mudança de comportamento, depressão, tristeza, complexos diversos, perturbações de aprendizado, até suscitando idéias terríveis de maldades, suicídio, etc.

O importante é que tanto o médico, os pais e também os trabalhadores da Casa Espírita entendam que é preciso muito cuidado, em primeiro lugar, no diagnóstico do processo obsessivo.

Muitas crianças sofrem de Obsessão Espiritual. Muitas são perseguidas inclusive desde o útero materno. A literatura espírita relata inúmeros casos de obsessores que buscam causar acidentes ou trazer complicações que levem a gestante a abortar a criança.

Outras são obsediadas a partir do berço.

Nossas crianças já foram adultos no passado, em outras vidas, e por isso mesmo trazem consigo o compromisso contraído com espíritos que com ele estavam encarnados em outras existências.

A criança doce e meiga que temos em nossos braços, hoje, possui também seus débitos e, por sintonia vibratória automática, acaba sendo localizada por seus credores, seus obsessores de outrora. Aliás, quando a criança sai do seu corpo físico durante o sono, algo natural, já que todos nós fazemos isso, ela é então percebida, vista pelo seu obsessor não como uma criancinha mas, sim como o adulto de outrora, com o mesmo corpo e semblante que possuía quando debitou-se com a entidade em questão.

Desta forma, é importante que consideremos que a Justiça Divina  não comete falhas, que o que ocorre é apenas a Lei de Ação e Reação, que funciona de forma automática e natural, fazendo-nos resgatar os débitos que contraímos no passado.

Ao nos depararmos com uma criança que, submetida a exames clínicos, apresente comportamento de patologia não compreensível pela medicina terrestre, devemos buscar causas espirituais para o caso.

A Doutrina Espírita é a que possui os melhores equipamentos lógicos que possibilitam o esclarecimento do problema e, em sua imensa maioria dos casos, também a cura.

Aos pais, fazemos um apelo de incluir como possíveis causas dos distúrbios comportamentais de seus filhos, também as causas espirituais. Quando este for o caminho mais aceitável, recomendamos enfaticamente a visita a uma casa espírita bem orientada, visando buscar o auxílio necessário a criança.

Também é importante salientar, que muitas vezes os obsessores espirituais procuram atingir as crianças, não porque tenham vínculos com elas, mas porque desejam agredir os pais.

A maioria dos processos obsessivos envolvem os pais das crianças e ela é influenciada, porque é o componente mais vulnerável da família. Os mentores espirituais, quando nos alertam sobre o processo obsessivo da família, alertam para a importância do tratamento dos pais, porque o processo obsessivo, na verdade, é associado a eles e atingindo indiretamente a criança.

Depois de um diagnóstico deste, é necessário o envolvimento de toda a família. Se não for feito, teremos o risco de que o tratamento espiritual não venha a surtir o efeito desejado. Situações como essa só se tornam insolúveis se a família não possuir nenhuma defesa espiritual em seu lar.

E como se consegue estabelecer mecanismos de defesa espiritual em nossas casas?

Orando diariamente e estabelecendo, de forma sadia, para nossos filhos com o nosso exemplo, o valor da prece. Recomendamos também a prática do Evangelho no Lar, bem como a manutenção de um comportamento de compreensão e carinho dentro da casa para com todos que nela habitam.

TERAPIAS NA CASA ESPÍRITA

1. Passes e água fluidificada
2. Tratamento desobsessivo
3. Orientação aos pais
4. A Escola de Evangelização Espírita Infantil / Mocidade Espírita
5. A caridade
6. O Livro Espírita Infanto-juvenil
7. A Escola Espírita- Centro de Indução espiritual

TERAPIAS NO LAR

1. O Culto do Evangelho no lar
2. Conversa com o filho no momento do sono
3. Diálogo Fraterno
4. A criança e os pais no trabalho da caridade

fonte: http://espirito.blog.br 

01 fevereiro 2011

Dica de livro: “Nossos Filhos são Espíritos" - Hermínio C. Miranda


Quantas vezes levamos um susto com algumas reações ou respostas de nossos pequeninos, sejam eles filhos ou netos?

Quantas vezes nos perguntamos por que irmãos são tão diferentes entre si, se o ambiente e a criação é a mesma?

Ou então por que pressentimos que um de nossos filhos será de gênio difícil, rebelde ou nos dará um trabalho dobrado, mesmo com pouco tempo de vida junto a nós?

Como lidar quando nosso pequenino mostra sinais de mediunidade?

E que espírito habitará aquele corpo, que mágoas poderá trazer ou que projeto a espiritualidade superior lhe destinou?

Eis aqui um livro que respondeu muitas das minhas inúmeras dúvidas sobre a criação de filhos e a espiritualidade.

O livro mostra que, além do corpo delicado com que iniciamos nossas vidas, existe um espírito imortal, dotado de personalidade, maturidade e tendências que podem ser modificadas através da educação dos pais. Coisa que muitas vezes nós esquecemos.

Com uma linguagem fácil e simples, através de histórias curiosas, discutindo temas como a reencarnação e a finalidade da vida, advertindo que as crianças são criaturas que já viveram múltiplas vidas, ou simplesmente alertando os pais a como agir com os filhos, este livro nos permite refletir sobre a infância humana, seus mistérios e perplexidades.

Lê-lo pode ser uma oportunidade única de aprender a lidar com seu filho.

Eis um pequeno trecho do livro: 
 
Em verdade, responsabilidade você tem sempre, seja qual for o filho ou filha,
brilhante ou deficiente, amigo ou não tão amigo, sadio ou doente, compreensivo ou rebelde. Por alguma razão, que um dia você saberá, ele foi encaminhado, atraído
ou convidado para vir para sua companhia. Dificilmente será um estranho total,
cujos caminhos jamais tenham se cruzado com os seus, no passado. Não se
esqueça de que também você é um ser renascido.”

Li e recomendo!!!