"Nós não somos seres humanos tendo uma experiência espiritual. Somos seres espirituais tendo uma experiência humana"

(Teillard de Chardin)

26 dezembro 2011

Dica de livro: “Não nascemos prontos – provocações filosóficas” - Mário Sérgio Cortella


Nascer sabendo é uma limitação porque obriga a apenas repetir e, nunca, a criar, inovar, refazer, modificar.

Quanto mais se nasce pronto, mais somos reféns do que já se sabe e, portanto, do passado; aprender sempre é o que mais impede que nos tornemos prisioneiros de situações que, por serem inéditas, não saberíamos enfrentar. [...]

Gente não nasce pronta e vai se gastando; gente nasce não-pronta, e vai se fazendo. 

(Cortella)


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Extraído do livro “Não nascemos prontos – provocações filosóficas”, do filósofo Mário Sérgio Cortella.

Recomendo!







Se teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz...

(Jesus, em Mateus, 6:22)





Conheço muitos que não puderam quando deviam, porque não quiseram quando podiam.

(François Rabelais - escritor francês – 1494 //1553)





23 dezembro 2011

O Natal dos Esquecidos


Jesus,
Lembrando o Teu convite endereçado a todos nós, há mais de dois mil anos: "Vinde a mim todos vós que estais aflitos e
sobrecarregados que eu vos aliviarei", aproveitamos a oportunidade para fazer-Te um pedido, desde já, em nome dos "esquecidos", pois sabemos da Tua visita ao nosso mundo, na qualidade de Governador Espiritual da Terra, entre os dias 24 e 25 de dezembro, quando comemoramos o Teu aniversário natalício.


Como sabes, Senhor, eles se encontram em toda parte, a começar pelas crianças que acordam famintas, esquecidas pela sociedade indiferente à sua sorte, e que por isso acabam encontrando a morte na cruel desnutrição.

Rogamos pelas mães abandonadas por parceiros desalmados, que, vencidas pela miséria, esquecem de si mesmas para poderem sustentar os filhos.

Pedimos também pelos pais esquecidos, Senhor, que tudo fazem pelos filhos, sacrificando-se inúmeras vezes para o bem-estar deles e, depois, são renegados a um segundo plano na velhice, razão pela qual acabam morrendo, apunhalados pela ingratidão daqueles de quem tanto esperavam no inverno de suas vidas.

Jesus! É certo que não temos a pena de morte em nosso país. 

Mas há coisa pior do que as vítimas do esquecimento do Poder Público, que apodrecem nas prisões sem as mínimas condições de se reabilitarem perante a vida social? 

É por isso que intercedemos em favor deles, para que seja restabelecida a dignidade que devemos a esses irmãos.

Neste Natal, vem amparar os esquecidos que se encontram aflitos e sobrecarregados a fim de aliviar suas dores, causadas pela ambição dos egoístas.

Vem, portanto, Senhor, confortar o coração dos que foram vencidos pela miséria, pela fome, pelas injustiças, porque eles não possuem voz para clamar por piedade aos "vencedores da Terra".

(Gerson Simões Monteiro)










O Jurômetro

DEUS segundo Spinoza


Uma visão de Deus diferente.

Bento de Spinosa (1632 -1677 ) foi um dos grandes filósofos do século XVII.

Profundo estudioso da Bíblia, de obras religiosas judaicas e de filósofos como Sócrates, Platão e Aristóteles.

Foi excomungado pela Igreja devido aos seus pensamentos em relação a Deus e considerado maldito muitos anos após sua morte.

Sspinosa defendeu que Deus e Natureza eram dois nomes para a mesma realidade.

Deus não é entendido por Spinosa como um Ser à parte e/ou externo ao mundo, que o governa como um engenheiro ou habilidoso artesão, mas como, de forma muito sutil e holística, a Divindade da Ordem Eterna da Natureza, muito superior ao entendimento fragmentado e antropomorfista humano.

É, enfim, o Grande Uno que se expressa nos Muitos a que se faz a partir de Si mesmo. Uma visão estranha ao modo ocidental, mas bem de acordo com as mais sofisticadas concepções orientais do Divino.

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DEUS segundo Spinoza

Pára de ficar rezando e batendo o peito!
O que eu quero que faças é
que saias pelo mundo e desfrutes de tua vida.
Eu quero que gozes, cantes, te divirtas e que desfrutes de tudo o que Eu fiz para ti.
Pára de ir a esses templos lúgubres, obscuros e frios que tu mesmo construíste e que acreditas ser a minha casa.
Minha casa está nas montanhas, nos bosques, nos rios, nos lagos, nas praias. Aí é onde Eu vivo e aí expresso meu amor por ti.
Pára de me culpar da tua vida miserável: Eu nunca te disse que há algo mau em ti ou que eras um pecador, ou que tua sexualidade fosse algo mau.
O sexo é um presente que Eu te dei e com o qual podes expressar teu amor, teu êxtase, tua alegria. Assim, não me culpes por tudo
o que te fizeram crer.
Pára de ficar lendo supostas escrituras sagradas que nada têm a ver comigo. Se não podes me ler num amanhecer, numa paisagem,
no olhar de teus amigos, nos olhos de teu filhinho... Não me
encontrarás em nenhum livro!
Confia em mim e deixa de me pedir. Tu vais me dizer como fazer meu trabalho?
Pára de ter tanto medo de mim. Eu não te julgo, nem te critico, nem me irrito, nem te incomodo, nem te castigo. Eu sou puro amor.
Pára de me pedir perdão. Não há nada a perdoar. Se Eu te fiz... Eu te enchi de paixões, de limitações, de prazeres, de sentimentos,
de necessidades, de incoerências, de livre-arbítrio. 
Como posso te culpar se respondes a algo que eu pus em ti?
Como posso te castigar por seres como és, se Eu sou quem te fez? Crês que eu poderia criar um lugar para queimar
a todos meus filhos que não se comportem bem, pelo resto da
eternidade? 
Que tipo de Deus pode fazer isso?
Esquece qualquer tipo de mandamento, qualquer tipo de lei; essas são artimanhas para te manipular, para te controlar, que só geram culpa em ti.
Respeita teu próximo e não faças o que não queiras para ti. 
A única coisa que te peço é que prestes atenção à tua vida, que teu estado de alerta seja teu guia.
Esta vida não é uma prova, nem um degrau, nem um passo no caminho, nem um ensaio, nem um prelúdio para o paraíso.
Esta vida é o único que há aqui e agora, e o único que precisas.
Eu te fiz absolutamente livre. 
Não há prêmios nem castigos. 
Não há pecados nem virtudes. 
Ninguém leva um placar.
Ninguém leva um registro.
Tu és absolutamente livre para fazer da tua vida um céu ou um inferno.
Não te poderia dizer se há algo depois desta vida, mas posso te dar um conselho. Vive como se não o houvesse.
Como se esta fosse tua única oportunidade de aproveitar, de amar, de existir. 
Assim, se não há nada,
terás aproveitado da oportunidade que te dei.
E se houver, tem certeza que Eu não vou te perguntar se foste
comportado ou não. Eu vou te perguntar se tu gostaste,
se te divertiste... Do que mais gostaste? O que aprendeste?
Pára de crer em mim - crer é supor, adivinhar, imaginar. 
Eu não quero que acredites em mim. Quero que me sintas em ti.
Quero que me sintas em ti quando beijas tua amada, quando agasalhas tua filhinha, quando acaricias teu cachorro, quando tomas banho no mar.
Pára de louvar-me! Que tipo de Deus ególatra tu acreditas que Eu
seja? Me aborrece que me louvem. Me cansa que agradeçam.
Tu te sentes grato? Demonstra-o cuidando de ti, de tua saúde, de tuas relações, do mundo.
Te sentes olhado, surpreendido?... Expressa tua alegria! Esse é o
jeito de me louvar.
Pára de complicar as coisas e de repetir como papagaio o que te
ensinaram sobre mim. A única certeza é que tu estás aqui,
que estás vivo, e que este mundo está cheio de maravilhas. 
Para que precisas de mais milagres?
Para que tantas explicações?
Não me procures fora! Não me acharás. Procura-me dentro... aí é que estou, batendo em ti.




22 dezembro 2011

Dica de livro: “Das Trevas à Luz - A Morada dos Obsessores ”- de Evaristo Humberto de Araújo


O livro baseia-se em entrevistas com o espírito Elias.

A partir desses relatos, o autor descreve fielmente a realidade do chamado “Mundo das Trevas”, compreendido pela ignorância, tristeza e desalento de seus habitantes.

De maneira clara e objetiva, Evaristo, através de seu mentor, relata a rotina e a organização daquele lugar, além dos motivos e sentimentos que levaram alguns espíritos a essa morada.

Recomendo!


19 dezembro 2011

A diferença entre o Céu e o Inferno - parábola


Naquele tempo, o discípulo perguntou ao seu Mestre:

- Mestre, qual é a diferença entre o céu e o inferno?

O Mestre tendo uma visão, amorosamente lhe respondeu:

- Ela é muito pequena, e, contudo com grandes conseqüências. 
Vi um grande monte de arroz, cozido e preparado como alimento, ao redor dele muitos homens, quase a morrer. Não podiam aproximar-se do monte de arroz. Mas possuíam longas colheres de 2 a 3 metros de comprimento.

Apanhavam o arroz, mas não conseguiam levá-lo a própria boca, porque, as colheres em suas mãos eram muito longas.

Assim, famintos e moribundos, embora juntos, solitários permaneciam, curtindo uma fome eterna, diante de uma fartura inesgotável.

Isso era o Inferno.

Vi outro grande monte de arroz cozido e preparado como alimento, ao redor dele homens cheios de vitalidade, alegria e sorridentes.

Não podiam se aproximar do monte de arroz. Mas Possuíam longas colheres de 2 a 3 metros de comprimento.

Apanhavam o arroz, mas não podiam levá-lo a própria boca, porque as colheres em suas mãos eram muito longas, porem, em vez de levá-las a própria boca, serviam uns aos outros, e assim saciavam sua própria fome numa grande comunhão fraterna.

Juntos e solidários. Gozando a excelência dos homens e das coisas.

Este era o Céu.