"Nós não somos seres humanos tendo uma experiência espiritual. Somos seres espirituais tendo uma experiência humana"

(Teillard de Chardin)

03 fevereiro 2012

A Espiritualidade em Jung


Carl Gustav Jung (1875//1961) foi um psiquiatra suíço e fundador da psicologia analítica, também conhecida como psicologia junguiana.



*  *  *

O Chamado do Além

O primeiro objeto de estudo que despertou o insaciável interesse intelectual de Carl Gustav Jung, foi o que se denominava em sua época de Fenômenos Ocultos.

Dividido entre uma rigorosa educação protestante dada pelo pai e o mundo mágico de comunicação com os mortos, herança do universo esotérico da mãe, o pequeno garoto cresceu nesta estranha atmosfera, cujos efeitos sobre sua saúde física e mental foram devastadores.

Durante anos sofreu de pseudo-crupe, machucava-se constantemente e pelo menos uma vez teria feito uma tentativa de suicídio, inconscientemente, quando escorregou pelas frestas de uma ponte sobre um precipício. A baba o salvou.

Anos depois, no início da Universidade, teve seu interesse voltado para o mundo silencioso e misterial dos fenômenos transpessoais.

Dois eventos inexplicáveis ocorridos em sua casa, foram a gota d’água para que calouro de medicina acreditasse que tais sinais eram um explícito chamado do mundo do além. 


Uma resistente mesa de nogueira se partiu ao meio e uma faca espatifou-se em quatro pedaços! 

Nos dois casos, Jung e a família materna não conseguiram outra explicação para o estranho acontecimento a não ser a decidida intromissão do mundo sobrenatural na rotineira realidade de suas vidas.

A partir daquele dia o jovem Jung decidiu organizar uma série de sessões espíritas em sua própria casa.

Religiosamente os encontros eram promovidos aos sábados a noite, reunindo a mãe, alguns convidados especiais e a estrela do espetáculo, sua prima Hélèn Preiswerk. 




Induzida por ele ao transe, a jovem menina - tinha 13 anos na época - incorporava um sem número de entidades que aguardavam, ansiosas, o momento certo para exibir-se.

O leque de manifestações era amplo: do mais sofisticado espírito de luz até aqueles que só conheciam a escuridão e o mundo das trevas.

Mais tarde o sóbrio Eugen Bleuler, diretor do mundialmente famoso hospital Psiquiátrico de Burghölzli, sugeriu a Jung que transformasse as suas pesquisas com a médium Hélèn no objeto de sua tese de doutoramento.

A oferta foi prontamente atendida. E assim surgiu o seu primeiro grande trabalho Psicologia e Psicopatologia dos Assim Chamados Fenômenos Ocultos.


Fenomenos Paranormais na Visita a Freud

Na primeira visita que fez a Freud em Viena, após conversarem por mais de 13 horas ininterruptamente, ele sentiu uma poderosa força comprimindo seu diafragma. Alguma coisa não estava bem.

Subitamente um grande barulho se fez ouvir. Eles se assustaram. Parecia que a estante onde Freud acomodava seus livros iria desabar.

Carl Jung, que tentava convencer o colega de Viena da realidade de forças transpessoais atuando na realidade deste mundo, não perdeu tempo. Interpretou o fenômeno como uma “exteriorização cataléptica de energia”.

Com um meio sorriso no rosto, advertência explícita que não iria se deixar influenciar pelo obscurantismo suíço, Freud sacudiu a cabeça pesarosamente e rebateu o apressado entusiasmo de Jung. Tudo era tolice. O armário estava velho e poderia despencar a qualquer momento. Não apenas os homens fadigam e morrem,. As coisas também.

Neste combate mítico, onde um dos heróis é o personagem transcendental, ligado ao mistério e as forças incomuns e seu opositor encarna a dura e tediosamente realidade cotidiana, repetida sempre e invariavelmente da mesma forma, Jung se sairá melhor.

Pelo menos neste episódio em Viena.

Enchendo-se de coragem, ele diz: : “O senhor esta enganado, doutor, e para provar que tenho razão aviso previamente que o estampido ira se repetir.” 


Freud o olhou estarrecido. Mal podia acreditar que o filho que o sucederia na cruzada Psicanalítica continuasse envolvido com esses fenômenos que ele deplorava e dos quais não queria se aproximar, pouco menos ver as suas teorias envolvidas neles.

O “Psicologia e Psicopatologia dos Assim Chamados Fenômenos Ocultos”, não teria sido suficiente para o nebuloso esoterismo de Jung?

Ainda assustado, ele esperava que a profecia junguiana se consumisse. 


Enquanto aguardava a manifestação do além pensou em Jung como um psicótico que acreditava em espíritos e, o que era pior, conversava com eles, recebendo suas mensagens e avisos. Se tudo falhasse, então era sua vez.

Com um golpe mortal devolveria os perturbados espíritos de Jung de volta para o lugar de onde nunca deveriam ter saído: a sua rica imaginação.

Mas aquele não era o dia de Freud.

Para seu desespero o estampido se fez ouvir mais uma vez. 




O Projeto Paranormal ou Projeto Infinito

Por toda a vida Jung nunca perdeu o interesse pelos fenômenos paranormais ou estados holotrópicos de consciência.

No entanto, ninguém sabe ao certo o que pensava realmente sobre isso. Nunca se manifestou claramente. Ora dizia uma coisa, ora outra. Quando jovem, acreditou que esses fenômenos fossem exteriorização da psique. […]

Com mais de oitenta anos, andou dizendo que não mais apoiava seu ponto de vista do passado.

Olhando através dos anos e de suas assombrosas vivências interiores foi capaz de assumir o que sempre soube, mesmo quando era apenas um menino pobre, vitimado por terror noturno e com todo o corpo tomado por feridas: existe uma realidade transpsíquica, para além do ego e do inconsciente. Nós não somos só o que a razão nos diz.

O projeto humano rompe as barreiras do tempo e projeta-se rumo ao infinito, ao cosmos, a Deus.

E Deus, não limita-se a ser somente “Deus-em-nós”, como um Deus psicológico, engendrado a partir das profundezas da psique.

É também Deus que nos atinge de fora. Sem aspas. Temos que a psique cria o mundo, mas antes dela, alguém com uma “psique” ainda maior, a plasmou. E nem se necessita da fé para admitir esse princípio.

Os estados holotrópicos de consciência confirmam que a vida cotidiana é permeada em todos os seus contornos por uma outra vida não sujeita à corrosão.

Tal existência é transpessoal.

Dizer isso é afirmar a realidade da transfiguração e abolir definitivamente as fronteiras entre espírito e matéria.

Sem saída e evitando vestir a fantasia de “místico” que os freudianos costuraram sob medida para ele, buscou as novas teorias da física quântica e em W. Pauli, Nobel de física, apoiou suas pesquisas sobre os fenômenos da sincronicidade.

O livro autobiográfico “Memórias, Sonhos, Reflexões” é, no fundo, o resumo de uma vida tremendamente marcada por incompressíveis fenômenos que a ciência ainda hoje não consegue decifrar. [...]


(José Raimundo Gomes)


Fonte: http://www.psicologiapravoce.com.br/textopsi.asp?nr=717

O Palavrão


Como você define o palavrão?

Um eco das cavernas, o rosnar do troglodita que ainda existe no comportamento humano.



Conheço gente civilizada que diz palavrões. 


Destempero verbal, civilidade superficial.

 

Seria uma educação de fachada?


Sim. Não podemos confundir rótulo com conteúdo. É fácil cultivar urbanidade nos bons momentos. Mostramos quem somos quando nos pisam nos calos ou martelamos os dedos.

 

Não seria razoável considerar que em circunstâncias assim o palavrão é útil, exprimindo indignação ou amenizando a dor?


Há quem diga que nessas situações ele é mais eficiente do que uma oração. Só que a oração nos liga ao Céu. O palavrão nos coloca à mercê das sombras.



Mas o que vale não é o sentimento, expresso na inflexão de voz?


Posso fazer carinho com um palavrão ou agredir com palavras carinhosas. Não me parece do bom gosto demonstrar carinho com palavrões. imagine-se dando uma paulada carinhosa em alguém. Além disso há o problema vibratório.

 

As palavras têm peso vibratório específico?


Intrinsecamente não. No entanto, revestem-se de magnetismo compatível com o uso que fazemos delas. Há uma vibração sublime, que nos edifica e emociona, a envolver o Sermão da Montanha. Quando o lemos contritos, sintonizamos com a vibração sublime de milhões de cristãos que ao longo dos séculos se debruçaram sobre seus conceitos sublimes, em gloriosas reflexões.



Considerando assim, imagino a carga deletéria que há no palavrão mais usado, em que “homenageamos” a mãe de nossos desafetos.


Sem dúvida, além de nos colocar abaixo do comportamento do troglodita, já que este agredia seus desafetos, não a mãe deles.

 

Você há de convir que é difícil abolir o palavrão inteiramente. Há todo um processo de condicionamento, o ambiente. Lá em casa, por exemplo, ele corre solto.


Isso é relativo. Venho de uma família de italianos da Calábria, um povo que cultua adoidado o palavrão. Alguns tios meus, em situação de irritação extrema, dirigiam impropérios a Deus. Desde cedo, vinculando-me ao Espiritismo, compreendi que esse tipo de linguajar não interessa ao bom relacionamento familiar e muito menos à nossa economia espiritual.

 
 

(Texto extraído do livro “Não pise na bola” - Richard Simonetti)

02 fevereiro 2012

Ninguém Morre Antes da Hora?

 
Muitas vezes nos referimos a morte de uma pessoa como "tendo chegado a hora", ou ainda "ninguém morre antes da hora".

Daí a pergunta que muitos fazem: temos pré-determinada a hora de nossa morte? Ninguém morre antes da hora determinada?

Dentro da visão espírita, temos que analisar dois aspectos importantes quando do nascimento (reencarnação) de um ser humano.

O primeiro aspecto é o potencial genético do corpo formado, resultante da fusão de óvulo e espermatozóide, que determinam a formação de um corpo com determinados potenciais e determinadas limitações.

O segundo aspecto é o potencial energético do perispírito, pois este último promove a ligação do espírito com o corpo físico, arrastando para esse corpo energias positivas e/ou negativas, de acordo com as suas características evolutivas específicas. 


Essas energias provocam alterações nos potenciais genéticos e de funcionamento do corpo físico.

Da interação entre esses dois aspectos no complexo humano (corpo+perispírito+espírito), temos, teoricamente, estabelecido um potencial de vitalidade ou de energia vital que, em tese, determina um potencial máximo de vida para aquele organismo, ou se quiser simplificar, um tempo máximo de vida orgânica.

Colocamos e destacamos "em tese", pois o exercício do livre arbítrio leva ao perispírito possibilidades de alterar suas características energéticas, com energias positivas ou negativas, o que, por sua vez, altera o potencial de energia vital do complexo humano. 


Essa alteração pode melhorar ou piorar o potencial de energias vitais.

Da mesma forma, o nosso livre arbítrio também nos leva a utilizar o nosso patrimônio físico, com maior ou menor cuidado com suas necessidades específicas, o que pode gerar um "gasto correto" (econômico) ou um "gasto excessivo" de nossa vitalidade orgânica ou energia vital.




Para melhor explicar isso, vamos exemplificar com o tabagismo (vício de fumar). 


Estudos e pesquisas internacionais, já muito conhecidas (e reconhecidas), provaram que o consumo de um único cigarro "custa" ao organismo físico o desgaste orgânico equivalente a cerca de 12 a 14 minutos de vida. 

Isso significa que cada 5 cigarros fumados eqüivalem a "diminuição" de 1 (uma) hora de vida. 

O que falar então do uso de drogas (tóxicos) e do alcoolismo? Ou ainda da alimentação inadequada, excessiva? Quanto desgaste isso tudo gera ao potencial orgânico?

Fica fácil de entender que a pessoa pode "danificar" seu corpo físico, encurtando seu tempo de vida orgânica em relação ao seu "potencial de vitalidade". Só isso já poria por terra a teoria de que "ninguém morre antes da hora". 


Quem não cuidar das suas energias no perispírito ( o que está ligado ao equilíbrio espiritual) e do seu corpo físico, diminui seu tempo de vida orgânica, ou seja, "morre antes da hora". 

Com isso, adquire débito energético, ou seja, necessidade de "resgate" desse "débito" em outra(s) encarnação(ões).

Analisando de um ângulo externo ao próprio complexo humano, temos que nos lembrar que todos estamos numa vida de relação, com outros indivíduos e com a natureza. 


E sofremos as conseqüências disso.

Vamos exemplificar de forma bem direta: uma determinada pessoa resolve ir a uma festa, ingere muita bebida alcoólica, embriaga-se. 


De forma imprudente, vai voltar para casa dirigindo seu veículo. Em excesso de velocidade, perde o controle do carro, atingindo um ponto de ônibus, onde atropela e mata 3 pessoas, sendo uma criança, um jovem e um adulto.

Essas três pessoas atropeladas estavam na "sua hora de morrer"? Suas mortes estavam "programadas"? Estava escrito? Estava "previsto" na reencarnação de cada um?

É evidente que não, pois em caso contrário não existiria o livre arbítrio, e tudo no mundo seria determinístico, nos tornando meros "robôs" na passagem terrena.

Aquele motorista embriagado ceifou a vida de pessoas que tinham diferentes potenciais de vida, de alguns anos (o adulto) a várias décadas (criança e jovem), e que ainda poderiam viver muito com seu corpo orgânico. As três pessoas "morreram antes da hora".

Não existe uma "programação de morte". 


Existe um potencial de vida, que pode mesmo ser "estendido" pelo equilíbrio espiritual e respeito e cuidado com o corpo físico, ou ainda, encurtado pelo próprio indivíduo ou por terceiros, que responderão por isso nesta e em outras vidas.

Se as mortes estivessem programadas, cada movimento em todo o mundo estaria programado. 


Se uma pessoa morre atropelada numa rua, na hora do "pico" do movimento, em São Paulo, por exemplo, e isso estivesse "programado", o atropelador já nasceria com essa "missão", e para ajustar a sincronia entre atropelador e atropelado, todo o trânsito de São Paulo deveria estar "programado", para que todos os envolvidos se encontrassem naquele exato instante.

Cremos que com esses argumentos, evidencia-se que não existe "hora de morte programada".

O que os espíritas devem cuidar é para não se tornarem crentes do determinismo, acreditando numa "programação absoluta da reencarnação", pois isso fere uma verdade basilar – a do livre arbítrio - , sob a qual reside grande parte da filosofia e doutrina espírita.

É preciso estudar um pouco mais a Lei de Causa e Efeito, relacionando isso com o estudo do registro energético do perispírito, de modo a entendermos o correto mecanismo do "resgate e expiação.


(Carlos Augusto Parchen)


Fonte: http://oblogdosespiritas.blogspot.com/2009/08/ninguem-morre-antes-da-hora.html

01 fevereiro 2012

Que é saudade...


Saudade é não saber.
Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche. 

(Martha Medeiros)

Houve um tempo em que sonhei

Que o inverno era brando

Como a voz que me guia na madrugada

Como a estrela que outrora vislumbrei


Algo em mim está perdido no espaço

Entre astros e galáxias vaga sem rumo

Uma saudade sem fim que dorme

Mas sonâmbula caminha em mim


Existe um fantasma debaixo da cama

Que me conta coisas de um passado

Eras remotas numa terra onírica

Onde a felicidade era coisa simples


Mas vá embora, sombra que descansa!

Deixa-me aqui na escuridão!

Neste mundo meu não há luz

Muito menos sabores como os que narra


Enquanto arrasto minhas frias correntes

Perco os pensamentos entre estrelas

Exilada, distante, sozinha...

Uma alma que se perdeu de seu bando.


(Katrina De Salem)


Fonte: http://misskatrinadesalem.blogspot.com/2011/02/exilados-de-capela.html

Saindo de mim - Ivan Lins


Os Instantes Superiores da Alma


Os Instantes Superiores da Alma
Acontecem-lhe - na solidão -
Quando o amigo - e a ocasião Terrena
Se retiram para muito longe -

Ou quando - Ela Própria - subiu
A um plano tão alto
Para Reconhecer menos
Do que a sua Omnipotência -

Essa Abolição Mortal
É rara - mas tão bela
Como Aparição - sujeita
A um Ar Absoluto -

Revelação da Eternidade
Aos seus favoritos - bem poucos -
A Gigantesca substância
Da Imortalidade

(Emily Dickinson, in "Poemas e Cartas")

(Tradução de Nuno Júdice)

Exilados



Há muitos anos que li o pequeno livro.

Se não me engano, naquela edição, não havia referências tão acentuadas a princípios espíritas, embora professasse o autor o espiritismo.

Trata-se do livro “Exilados de Capela” de Edgard Armond.

Lembrei-me dele, num dia desses quando li pequena notícia, referindo-se à opinião do astrofísico Stephen Hawking, autor entre outros do livro “Uma breve história do tempo”.

Disse ele que a humanidade nos próximos 200 anos deveria obter tecnologia para alcançar e colonizar um outro planeta, como única forma de sobreviver ao seu fim próximo.

Ele explica:


"Nossa população e o uso de recursos finitos do planeta Terra estão crescendo exponencialmente, assim como nossa capacidade técnica para mudar o ambiente para o bem e para o mal. Contudo, nosso código genético carrega instintos egoístas e agressivos que foram vantagens necessárias para a sobrevivência no passado. Será difícil evitar o desastre nos próximos 100 anos, ainda mais nos próximos mil ou 1 milhão".
 

Essa visão catastrófica tem a ver com o próprio livro de Edgard Armond que também externa um sentido apocalíptico considerando, principalmente a devastação ambiental que se assiste quase que de modo impassível: destruição das florestas aumentando as áreas desertas, poluição das águas e do ar, por conta do dinheiro fácil, mas que significam tais atos insanos, pesado encargo para a sobrevivência do planeta nos moldes que o conhecemos e o habitamos, cheio ainda de mistérios indesvendados.

Eu incluo o aspecto moral, a barbárie, as guerras...

Mas, a proposição contida no livro “Exilados da Capela”, pode ser entendida neste trecho:

"Há muitos milênios, um dos orbes do Cocheiro, que guarda muitas afinidades com o globo terrestre, atingira a culminância de um dos seus extraordinários ciclos evolutivos. Alguns milhões de espíritos rebeldes lá existiam, no caminho da evolução geral, dificultando a consolidação das penosas conquistas daqueles povos cheios de piedade e de virtudes..."

"Os escolhidos, neste caso, foram os habitantes da Capela que, como já foi dito, deviam dali ser expurgados por terem se tornado incompatíveis com os altos padrões de vida moral já atingidos pela evoluída humanidade daquele orbe.”

Então esses exilados, sob grande sofrimento foram mandados em espírito para a Terra para propiciar sua evolução mental e espiritual.

O livro de Edgard Armond, tem uma observação interessante: “Há, também, notícias de que, em outras épocas, desceram à Terra instrutores vindos de Vênus.”

Vieram esses instrutores de Vênus com seus corpos físicos?

É sempre bom lembrar que há em todo o planeta, marcas, indícios e fórmulas inexplicáveis que levam a concluir, sem qualquer “mania ufológica”que houve alguma intervenção superior há milhares de anos.

Fiquemos apenas com o versículo 6.1 e 2, de Gênesis, enigmático entre tantos outros mas que revela uma miscigenação entre “anjos” e formosas mulheres humanas.

Se a Terra recebeu e recebe viajores do espaço há milhares de anos é sinal de que estão eles “anos luz” à nossa frente em tecnologia e, talvez, em termos éticos.

Acedamos que dentro de uns 50 anos obtenhamos tecnologia semelhante que nos permita alcançar planetas distantes. Hoje o que temos é uma tecnologia pesada, precária.

E não será fácil a tarefa. Há uma observação interessante no “Livro dos Espíritos” de Allan Kardec (resposta n° 188):

“Os Espíritos puros habitam determinados mundos, mas não estão confinados a eles como os homens à Terra; eles podem, melhor que os outros, estar em toda parte.”

Obtida a tecnologia, claro que a Terra já em situação crítica, nos seus estertores a continuar a predação que se verifica hoje, qualquer viagem interplanetária de preservação da humanidade equivalerá a uma verdadeira arca de Noé.

No curto espaço desta crônica, sim, porque o tema comporta ampliação, estamos assinalando as dificuldades de sobrevivência de nossos descendentes.

Serão os futuros exilados, precipitados pela nossa insanidade?
 

(Milton Martins)


Fonte: http://martinsmilton.blogspot.com/




Abordagens Sexuais Fora do Corpo


Uma experiência bastante freqüente entre projetores astrais é o encontro com entidades atraentes com nítidas intenções sexuais.

Nada impede que duas pessoas se encontrem fora do corpo e que haja uma troca energética benéfica e aprazível para ambos, mas neste texto estou tratando de um evento diferente e que consiste numa troca desigual.


O mundo astral é de uma plasmabilidade estonteante. Um espírito que domine as técnicas de plasmagem pode se apresentar como um lindo homem ou uma bela mulher para atrair um projetor (a) incauto (a) para um contato "sexual".

Analisando friamente, o sexo é uma capacidade inerente ao corpo físico. A atividade sexual fora do corpo só pode visar a uma troca energética entre as entidades.

Nos planos sutis existe uma carência objetiva de energia anímica (energia etérica). Para determinadas atividades astrais, a energia anímica é muito necessária, para coisas positivas como o atendimento a doentes e ajuda no processo desencarnatório, por exemplo. 


Porém, como tudo na vida, tem um lado bom e um ruim, e no campo das viagens astrais as coisas não são diferentes. A energia anímica absorvida pelas entidades desencarnadas pode ser utilizada para a execução de atos bons ou ruins, entre os ruins poderia citar a prática de atos mágicos negativos.

Magos negros se valem de entidades astrais de baixa vibração para funcionarem como antenas na captação de energias anímicas disponíveis. Uma das formas mais comuns de obtenção de energia anímica no plano astral é pelo assédio sexual.

Entidades desencarnadas em busca de energia anímica plasmam corpos e situações libidinosas que funcionam como isca, induzindo o projetor ao desejo sexual. 


O contato do projetor com uma destas entidades funciona como uma drenagem de energia em mão única. O projetor é sempre o doado, e a entidade desencarnada, sempre a receptora. Trata-se de um verdadeiro quadro de vampirismo.

Não deve o projetor imaginar que esta "drenagem" de energias possa causar-lhe algum dano. Isto não acontece. Temos os nossos corpos físicos que, através da respiração e da alimentação, repõem todas as energias perdidas. 


O maior problema acontece nos aspectos psicológicos. Alguns projetores desenvolvem relações simbióticas com estas entidades podendo caracterizar verdadeiras obsessões.

É muito complicado dizer o que fazer para evitar uma abordagem sexual extracorpórea. 


Em princípio, a chave estaria em ter uma sexualidade bem resolvida no plano físico. Assim seria evitado que uma pulsão sexual fosse mantida e levada para o plano astral. Essa é para mim a forma mais segura de evitar o assédio sexual extrafísico.

Certamente não é tudo, mas é um bom caminho.

Mas suponhamos que por razões diversas uma pessoa não tenha tido a possibilidade de realizar-se sexualmente e, durante o sono, projetar-se fora do corpo carregada de desejos sexuais. Ela certamente estará sinalizando no plano astral que está disponível para "encontros" com motivação sexual. 


Para este projetor, o melhor a fazer é manter-se plenamente consciente, não permitindo encontros de baixo nível. Quando se está bastante consciente isso fica muito claro para quem se projeta.

Finalmente, para a maior parte da população "projetante" vale um conselho:

- Sexo fora do corpo? Na dúvida, evite. Existem muitas formas mais seguras e até mesmo mais prazerosas de trocar energias fora do corpo.



(Luiz Otávio Zahar)


Fonte:  http://www.ippb.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=9278:abordagens-sexuais-fora-do-corpo&catid=31:periodicos&Itemid=57 

Fazer a diferença...


Aos meus filhos...

*  *  *

Relata a Sra. Teresa, que no seu primeiro dia de aula parou em frente aos seus alunos da quinta série primária e, como todos os demais professores, lhes disse que gostava de todos por igual.

No entanto, ela sabia que isto era quase impossível, já que na primeira fila estava sentado um pequeno garoto chamado Ricardo. A professora havia observado que ele não se dava bem com os colegas de classe e muitas vezes suas roupas estavam sujas e cheiravam mal.

Houve até momentos em que ela sentia prazer em lhe dar notas vermelhas ao corrigir suas provas e trabalhos.

Ao iniciar o ano letivo, era solicitado a cada professor que lesse com atenção a ficha escolar dos alunos, para tomar conhecimento das anotações feitas em cada ano.

A Sra. Teresa deixou a ficha de Ricardo por último. Mas quando a leu foi grande a sua surpresa. A professora do primeiro ano escolar de Ricardo havia anotado o seguinte: Ricardo é um menino brilhante e simpático.

Seus trabalhos sempre estão em ordem e muito nítidos. Tem bons modos e é muito agradável estar perto dele.

A professora do segundo ano escreveu: Ricardo é um aluno excelente e muito querido por seus colegas, mas tem estado preocupado com sua mãe que está com uma doença grave e desenganada pelos médicos. A vida em seu lar deve estar sendo muito difícil.

Da professora do terceiro ano constava a anotação seguinte: a morte de sua mãe foi um golpe muito duro para Ricardo. Ele procura fazer o melhor, mas seu pai não tem nenhum interesse e logo sua vida será prejudicada se ninguém tomar providências para ajudá-lo.

A professora do quarto ano escreveu: Ricardo anda muito distraído e não mostra interesse algum pelos estudos. Tem poucos amigos e muitas vezes dorme na sala de aula.

A Sra. Tereza se deu conta do problema e ficou terrivelmente envergonhada. Sentiu-se ainda pior quando lembrou dos presentes de Natal que os alunos lhe haviam dado, envoltos em papéis coloridos, exceto o de Ricardo, que estava enrolado num papel marrom de supermercado.

Lembra-se de que abriu o pacote com tristeza, enquanto os outros garotos riam ao ver uma pulseira faltando algumas pedras e um vidro de perfume pela metade.

Apesar das piadas ela disse que o presente era precioso e pôs a pulseira no braço e um pouco de perfume sobre a mão. Naquela ocasião Ricardo ficou um pouco mais de tempo na escola do que o de costume. Lembrou-se ainda, que Ricardo lhe disse que ela estava cheirosa como sua mãe.

Naquele dia, depois que todos se foram, a professora Tereza chorou por longo tempo...

Em seguida, decidiu-se a mudar sua maneira de ensinar e passou a dar mais atenção aos seus alunos, especialmente a Ricardo..

Com o passar do tempo ela notou que o garoto só melhorava. E quanto mais ela lhe dava carinho e atenção, mais ele se animava.

Ao finalizar o ano letivo, Ricardo saiu como o melhor da classe. Um ano mais tarde a Sra. Tereza recebeu uma notícia em que Ricardo lhe dizia que ela era a melhor professora que teve na vida.

Seis anos depois, recebeu outra carta de Ricardo contando que havia concluído o segundo grau e que ela continuava sendo a melhor professora que tivera. 


As notícias se repetiram até que um dia ela recebeu uma carta assinada pelo dr. Ricardo Stoddard, seu antigo aluno, mais conhecido como Ricardo.

Mas a história não terminou aqui. A Sra. Tereza recebeu outra carta, em que Ricardo a convidava para seu casamento e noticiava a morte de seu pai.

Ela aceitou o convite e no dia do casamento estava usando a pulseira que ganhou de Ricardo anos antes, e também o perfume. 


Quando os dois se encontraram, abraçaram-se por longo tempo e Ricardo lhe disse ao ouvido: obrigado por acreditar em mim e me fazer sentir importante, demonstrando-me que posso fazer a diferença.

Mas ela, com os olhos banhados em pranto sussurrou baixinho: você está enganado! Foi você que me ensinou que eu podia fazer a diferença, afinal eu não sabia ensinar até que o conheci.

Mais do que ensinar a ler e escrever, explicar matemática e outras matérias, é preciso ouvir os apelos silenciosos que ecoam na alma do educando.

Mais do que avaliar provas e dar notas, é importante ensinar com amor mostrando que sempre é possível fazer a diferença...

(Autor desconhecido)



Fonte: http://www.metaforas.com.br/metaforas/metaf20020810.asp