"Nós não somos seres humanos tendo uma experiência espiritual. Somos seres espirituais tendo uma experiência humana"

(Teillard de Chardin)

09 junho 2012

Dica de vídeo: A Senhora e a Morte


Muito bom!


*   *   *

Não fales mal de ninguém


Toda pessoa não suficientemente realizada em si mesma tem a instintiva tendência de falar mal dos outros.

Qual a razão última dessa mania de maledicência?

É um complexo de inferioridade unido a um desejo de superioridade.

Diminuir o valor dos outros dá-nos a grata ilusão de aumentar o nosso valor próprio.

A imensa maioria dos homens não está em condições de medir o seu valor por si mesma.

Necessita medir o seu próprio valor pelo desvalor dos outros.

Esses homens julgam necessário apagar luzes alheias a fim de fazerem brilhar mais intensamente a sua própria luz.

São como vagalumes que não podem luzir senão por entre as trevas da noite, porque a luz das suas lanternas fosfóreas é muito fraca.

Quem tem bastante luz própria não necessita apagar ou diminuir as luzes dos outros para poder brilhar.

Quem tem valor real em si mesmo não necessita medir o seu valor pelo desvalor dos outros.

Quem tem vigorosa saúde espiritual não necessita chamar doentes os outros para gozar a consciência da saúde própria. (...)

De acordo com o Evangelho de Lucas: “A boca fala do que está cheio o coração”.

Pensemos nisso.


(Huberto Rohden)


(Texto extraído do livro  “A essência da amizade”, de Huberto Rohden, Editora Martin Claret)








Se eu soubesse o que sei agora...



Conta-se que o dono de um pequeno comércio, amigo do grande poeta Olavo Bilac, abordou-o na rua e lhe falou: Sr. Bilac, estou precisando vender o meu sítio, que o senhor conhece tão bem. Poderia redigir um anúncio para o jornal?

Olavo Bilac, muito solícito, apanhou um papel e escreveu:

Vende-se encantadora propriedade, onde cantam os pássaros ao amanhecer no extenso arvoredo, cortada por cristalinas e marejantes  águas de um ribeirão. A casa, banhada pelo sol nascente oferece a sombra tranquila  das tardes, na varanda.

Meses depois, o poeta topa com o homem e pergunta-lhe se havia vendido o sítio.

Nem pensei mais nisso, disse o amigo. Quando li o anúncio é que percebi a maravilha que tinha.

Às vezes, para que possamos reconhecer o valor dos tesouros que possuímos, é preciso que alguém nos abra os olhos. E isso não acontece somente com relação aos bens materiais, mas também no campo afetivo.

Talvez motivados pela rotina ou pela acomodação, passamos a observar apenas as manias ou os pequenos defeitos daqueles que convivem conosco, esquecendo-nos das qualidades boas que eles possuem.

Não é raro alguém de fora nos surpreender com uma lista de virtudes dos nossos filhos, que passam despercebidas aos nossos olhos.

Ou, então, um colega que elogia nosso esposo ou esposa ressaltando qualidades que não estamos percebendo.
  
Esposas que criticam o marido porque ele não abre a porta do carro para ela, não puxa a cadeira para ela se sentar, esquece o aniversário de casamento, não lhe oferece flores no dia dos namorados...

Essas esposas não levam em conta que aquele mesmo homem é um pai carinhoso, dedicado, é trabalhador, honesto, e sempre que ela precisa, ele está por perto para ajudar.

Há maridos que desvalorizam suas esposas porque nem sempre estão em dia com a moda, porque os cabelos brancos não estão bem camuflados, porque não lhe dão atenção integral quando dela necessitam...

Esses esposos certamente não se dão conta do valor que essas mulheres têm. Não percebem quantas noites elas são capazes de passar acordadas, vigiando o filho doente, e enfrentar dias inteiros de trabalho exaustivo, sem reclamar.

Não se dão conta de que essas mulheres, tantas vezes, fazem verdadeiros malabarismos financeiros para poupar o marido de saber que o dinheiro do mês foi curto.

Mães e pais que criticam os filhos porque não atendem a todos os seus caprichos, ou porque nem sempre fazem as coisas como lhes determinam, esquecidos de que esses garotos e garotas têm muito valor.

São jovens que prezam pela fidelidade, que respeitam opiniões contrárias, que valorizam a família, que se dedicam a causas nobres, jovens saudáveis e cidadãos de bem.

Assim, não façamos como o comerciante que queria vender seu sítio, e ao ler o anúncio redigido por alguém de fora, mudou de idéia.

Tenhamos, nós mesmos, olhos de ver, ouvidos de ouvir e sensibilidade para sentir as boas qualidades e as virtudes daqueles que nos seguem mais de perto.

Você sabia?

Você sabia que há pessoas que nem sempre conseguem demonstrar seus verdadeiros sentimentos?

Talvez por medo de uma decepção ou por timidez, escondem-se atrás de uma couraça de proteção que as faz sentir-se mais seguras.

E essa forma de isolar-se, muitas vezes pode aparecer disfarçada de agressividade ou de comportamento anti-social.

É por essa razão que precisamos desenvolver nossa capacidade de penetrar os sentimentos das pessoas, um pouco além das aparências.


(Equipe de Redação do Momento Espírita)





04 junho 2012

Dica de livro: “Porque sofremos”, de Huberto Rohden


Um livro que fala do sofrimento humano à luz da Filosofia, da Biologia e do Evangelho.

Uma visão límpida e inteligente sofre o ato de sofrer e como enfrentá-lo quando este é inevitável.

Nada vem até nós por acaso. Assim como este livro do filósofo Huberto Rohden...

Abaixo um pequeno trecho para nossa reflexão.

Boa leitura!


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Este livro é um dos meus livros mais lidos.

Por quê?

Porque focaliza um fenômeno universal da humanidade.

Sei de pessoas que estavam em vésperas de suicídio, leram alguns dos capítulos deste livro – e vivem até hoje, resignadas com os revezes da vida.

Se o sofredor não chegou a ser um regenerado, pode, pelo menos, deixar de ser um revoltado, e viver como um conformado.

Poucos podem evitar o sofrimento – todos podem aprender como sofrer.

O principal não é não-sofrer – o principal é saber-sofrer.

Querer consolar alguém em pleno sofrimento, nem sempre é possível; o remédio contra o sofrimento deve começar antes de qualquer sofrimento – assim como a vacina contra uma doença deve ser aplicada em plena saúde.

Napoleão Bonaparte, interrogado quando devia começar a educação de uma criança, respondeu “pelo menos 20 anos antes dela nascer”.

Assim, a profilaxia contra a dor não pode ser dada no momento da tragédia, mas em plena bonança e saúde; o remédio não consiste num ato transitório, mas numa atitude permanente do homem.

Se o homem não assumir uma atitude de verdade e compreensão sobre si mesmo e harmonizar a sua vida com essa consciência, não encontrará consolo na hora do sofrimento.

O sofrimento atinge o nosso ego humano, e não o nosso Eu divino.

Quem confunde o seu ego periférico com o seu Eu central, não tolera o sofrimento.

Na presente edição do livro, modificamos quase todo o conteúdo das edições anteriores, dizendo de um modo mais direto e claro o que outrora era dito mais literariamente. Substituímos muitos capítulos por outros.

Tratamos mais da alma do que do corpo e do sofrimento. Frisamos que nem todo sofrimento é débito – há muito sofrimento-crédito, e há também sofrimento substitutivo, por culpas alheias.

O principal, repetimos, não é não-sofrer – o principal é saber-sofrer.

E este saber-sofrer supõe que o homem conheça a verdade sobre si mesmo, porquanto “conhecereis a verdade – e a verdade vos libertará”.

Também nos libertará da revolta contra o sofrimento.


(Huberto Rohden – in “Porque sofremos”, Ed. Martin Claret)


* * *

Nossos pesos


Você se sente, em alguns dias, como se carregasse o peso do mundo?

Sente-se excessivamente cansado, atormentado, assoberbado de tarefas?

Talvez seja interessante refletir um pouco a respeito do que o está deixando tão exausto, quase desencantado da vida.

Conta-se que um conferencista tomou de um copo, nele despejou água e o ergueu, mostrando para a platéia.

Então, lançou a pergunta: Quanto vocês acham que pesa este copo?

As respostas variaram entre vinte e quinhentos gramas.

Bom, completou o conferencista, o peso real do copo não importa.

O que importa é por quanto tempo eu o segurarei levantado. Se o segurar por um minuto, tudo bem. Se o segurar durante um dia inteiro, precisarei de uma ambulância para me socorrer.

O peso é o mesmo, mas quanto mais o seguro, mais pesado ele ficará.

Isso quer dizer que se carregamos nossos pesos o tempo todo, mais cedo ou mais tarde não seremos mais capazes de continuar.

A carga irá se tornando cada vez mais pesada.

É preciso largar o copo, descansar um pouco, antes de segurá-lo novamente.

Temos que deixar a carga de lado, periodicamente. Isso alivia e nos torna capazes de continuar.

Portanto, antes de você voltar para casa, deixe o peso do trabalho num canto. Não o carregue para o lar.

Você poderá retomá-lo, no dia seguinte.

*   *   *

Há sabedoria nas palavras do conferencista. Por isso mesmo, o Sábio de Nazaré, há mais de dois mil anos recomendou: A cada dia basta sua própria aflição.

Equivale a dizer que devemos saber nos empenhar em algo que precisa ser feito, que exija todo nosso esforço.

Mas que, depois de um tempo, precisamos relaxar, espairecer, trocar de tarefa.

A lei trabalhista estabelece o cômputo de horas ao trabalhador. Também o dia do repouso, das férias.

Na escola, temos horários de estudo, intercalados com intervalos.

Pensemos, portanto, e comecemos a agir com sabedoria. Enquanto no trabalho, todo empenho.

Vencidas as horas de esforço mental ou físico, envolvamo-nos em outra atividade prazerosa.

Busquemos o lar e vivamos, intensamente, com nossos familiares.

Observemos o filho no berço, o outro que ensaia as primeiras letras no papel. Preocupemo-nos em saber se tudo está bem. Conversemos.

Desanuviemos o cenho, agora é o momento da família.

E não esqueçamos de momentos para a oração, para a boa música, a leitura nobre, que nos refaça a intimidade, nos descanse a alma.

Vinculemo-nos a um trabalho voluntário. Cultivemos nosso jardim. Podemos as árvores. Colhamos flores.

Despertemos mais cedo e observemos o nascer do sol. Encantemo-nos com o cair da tarde.

Em suma: vivamos cada momento com todas as nossas energias. Cada momento, sem levar conosco cargas desnecessárias.

Lembremos Jesus: A cada dia basta sua própria aflição.

(Redação do Momento Espírita)




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03 junho 2012

Dica de vídeo: Aprender a aprender


Um vídeo delicado e profundo...
Uma homenagem aos educadores deste planeta azul...

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A história de Júlio


Fui muito amado!

Meus pais se desdobravam em atenção e cuidado para comigo. Fui o segundo filho deles. O primeiro, meu único irmão, Júnior, era perfeito e muito bonito.

Não tenho muitas lembranças do período em que estive encarnado com deficiência.

Fixo minha mente para recordar, sinto a sensação de que estava preso num saco de carne mole e disforme. Parecia que, ao estar encarnado, estava restrito a uma situação desconfortável e sofrida, porém sabia ser melhor que meu estado anterior, o de desencarnado.

Realmente estava restrito, era deficiente físico e mental. Tive paralisia cerebral.

Lembro que cuidaram de mim com ternura imensa, gostava quando falavam comigo, me acariciavam.

Meus pais tentaram de tudo para que eu melhorasse, fisioterapias, especialistas e cuidados especiais.

Vivi três anos e seis meses nesse corpo que agora bendigo, que serviu para que me organizasse do tremendo desajuste em que eu me encontrava. Não andei, não falei, ouvia e enxergava pouco e era portador de muitas doenças no aparelho digestivo.

Uma pneumonia me fez desencarnar.

Recordo pouco essa minha permanência na carne. É como recordar adulto a primeira infância, O desconforto muito me marcou, como também o imenso amor que meus pais tiveram e têm por mim.

Socorrido ao desencarnar por socorristas, fui levado a um hospital de uma colônia.

Estive internado numa ala especializada em crianças e deficientes. Lembro-me que lá sentia a falta da presença física de meus pais. Eles foram levados muitas vezes para me ver. Alegrava-me com essas visitas.

Meus pais, pessoas boas e com alguns conhecimentos espirituais, puderam, enquanto dormiam, ser desligados do corpo físico e vir me ver. Foram encontros emocionantes. Isso é possível acontecer com muitos pais saudosos. Infelizmente poucos recordam esses comovidos encontros.

Recuperei-me. 

Com o carinho dos tios, trabalhadores do hospital, sarei das minhas deficiências. Retornei à aparência que tinha na encarnação anterior, antes de ter começado com meu vício e danificado meu corpo sadio.

Dessa vez gostei de estar desencarnado e mais ainda do hospital.

Normalmente em todas as colônias há no hospital uma parte onde são abrigados os que foram deficientes mentais quando encarnados, isso para que recebam tratamento especial para se recuperarem.

Ressalvo que muitos ao desencarnarem não têm o reflexo da doença ou das doenças e ao serem desligados da matéria morta são perfeitos, nem passam pelos hospitais. Infelizmente não foi o meu caso. Necessitei me recuperar, após um ano e dois meses estava tendo alta e fui para uma ala no Educandário para jovens.

Vou descrever a parte do hospital em que fui abrigado.

Os quartos são grandes, ficam juntos muitos internos. Não é bom ficar sozinho, é deprimente. Gostava de ter companhia, de ficar com os outros. Logo me tornei amigo deles.

As colônias não são todas iguais. Tudo nelas é visando o bem-estar de seus abrigados. Mas em todas há lugares básicos, como nas cidades dos encarnados, que têm escolas, hospitais, praças, ruas etc. 

Nas colônias também, só que com mais conforto, bem-estruturados, grandes e bonitos. Visitando tempos depois hospitais em outras colônias, vi que todas são aconchegantes, diferenciando-se nas repartições, no tamanho e nos adornos.

“Você, Júlio, não é mais doente. É sadio! Tem de se sentir sadio! Vamos tentar?”, dizia para mim Suely, uma das “tias”, sorrindo encantadoramente.

A deficiência estava enraizada em mim, necessitei entender muitas coisas para sanar seus reflexos.

Quando comecei a falar, passei a escutar e a enxergar normalmente e logo a andar.

O quarto em que estava, como todos os outros, tem a porta grande, sempre aberta, que dá para um jardim-parque com muitas árvores, flores, brinquedos e animais dóceis e lindos.

Nesse jardim há sempre muita claridade e brincadeiras organizadas. Ali há um palco onde há danças, aulas de canto, música e teatro. Do outro lado dos quartos estão as salas de aula.

Gostei muito de ficar ali, naquela parte do hospital. Foi meu lar no período em que estive internado. Encantava-me com o jardim-parque e foi me divertindo sadiamente que me recuperei com certa facilidade. As brincadeiras fazem parte da recuperação. Não existem medicamentos como para os encarnados. Não senti mais dores nem desconforto.

O interno é transferido dali quando quer ou quando se sente apto. Sentindo-me bem, fui transferido, mudei para a ala jovem do Educandário, como já mencionei, onde estudei e passei a fazer tarefas.

Quando meu curso terminou, pedi para trabalhar na ala do hospital para recuperação de desencarnados que na carne foram viciados em tóxicos. Esse meu pedido tinha razão de ser. Fiquei contente por ter sido aceito e passei a trabalhar com toda a dedicação.

Na minha penúltima encarnação tive meu corpo físico perfeito. Que fiz dele? Recordei.

Quando estava me recuperando no hospital, as lembranças vieram normalmente. Como “tia” Suely explicou-me, recordar não acontece com todos. Muitos recuperados voltam a reencarnar sem lembrar de nada do passado.

Lembrei-me sozinho, sem forçar o meu passado, e “tia” Suely me ajudou a entendê-lo e não “encucar”, pois o passado ficou para trás e só podemos tirar lições para o presente.

Principalmente no meu caso, tentar acertar e não repetir os mesmos erros.


(Extraído do livro “Deficiente mental, porque fui um?”, de Vera Lúcia Marinzeck Carvalho -  Espíritos diversos- Ed. Petit)


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Fuga comprometedora


Sem dúvida, a mais trágica de todas as circunstâncias que envolvem a morte, de conseqüências devastadoras para o desencarnante, é o suicídio.

Longe de enquadrar-se como expiação ou provação, no cumprimento de desígnios divinos, o auto-aniquilamento situa-se por desastrada fuga, uma porta falsa em que o indivíduo, julgando libertar-se de seus males, precipita-se em situação muito pior.

"O maior sofrimento da Terra não se compara ao nosso" - dizem, invariavelmente, suicidas que se manifestam em reuniões mediúnicas.

Tormentos indescritíveis desabam sobre eles a partir da consumação do gesto lamentável.

Precipitados violentamente na Espiritualidade, em plena vitalidade física, revivem, ininterruptamente, por largo tempo, as dores e emoções dos últimos instantes, confinados em regiões tenebrosas onde, segundo a expressão evangélica, "há choro e ranger de dentes".

Um dos grandes problemas do suicida é o lesionamento do corpo perispiritual.

Aqueles que morrem de forma violenta, em circunstâncias alheias à sua vontade, registram no perispírito marcas e impressões relacionadas com o tipo de desencarne que sofreram.

São, entretanto, passageiras e tenderão a desaparecer tão logo ocorra sua plena reintegração na Vida Espiritual.

O mesmo não ocorre com o suicida, que exibe na organização perispiritual ferimentos
correspondentes à agressão cometida contra o corpo físico.

Se deu um tiro no cérebro terá grave lesão na região correspondente; se ingeriu soda cáustica experimentará extensa ulceração à altura do aparelho digestivo; se atirou-se diante de um trem exibirá traumas generalizados.

Tais efeitos, que contribuem em grande parte para os sofrimentos do suicida, exigem, geralmente, um contato com nova estrutura carnal, na experiência reencarnatória, para serem superados. E fatalmente se refletirão nela.

O tiro no cérebro originará dificuldades de raciocínio; a soda cáustica implicará em graves deficiências no aparelho digestivo; o impacto violento sob as rodas do trem ensejará complexos quadros neurológicos...

Como ocorre em todos os casos de morte violenta, o suicida experimentará inevitável agravamento de seus padecimentos na medida em que a família mergulhe no desespero e na inconformação, exacerbados, não raro, por complexos de culpa.

"Ah! Se tivéssemos agido diferente! Se lhe déssemos mais atenção! Se procurássemos compreendê-lo!"

Inútil conjecturar em torno de fato consumado.

Diante de um ferido, em grave e inesperado desastre, seria contraproducente estarmos a imaginar que poderia não ter acontecido se agíssemos diferente. Aconteceu! Não pode ser mudado! Imperioso manter o equilíbrio e cuidar do paciente.

O mesmo ocorre com o suicida. Ele precisa, urgentemente, de auxílio. Indispensável que reajamos ao desespero e cultivemos a oração. Este é o bálsamo confortador, o alento novo para seus padecimentos no Além, o grande recurso capaz de reerguê-lo.

E se nos parece desalentador atentar às prolongadas e penosas experiências do companheiro que partiu voluntariamente, consideremos que seus sofrimentos não serão inúteis.

Representarão para ele um severo aprendizado, amadurecendo-o e habilitando-o a respeitar a Vida e a voltar-se para Deus.


(Extraído do livro “Quem tem medo da morte”, de Richard Simonetti)


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Agora


Hoje é teu melhor tempo.

Sofres desrespeito por parte de companheiros.

Sofres perda financeira.

Sofres falta de afeto verdadeiro.

Sofres de solidão, mesmo entre teus familiares.

Sofres pelo falecimento de entes queridos.

Sofres deserção de amigos amados.

Sofres decepção com parentes em quem depositavas confiança.

No entanto, teu agora é a melhor chance que Deus te deu para fazeres nova avaliação de teu conceito de fidelidade, de amizade, de respeito, de amor, de finanças e de prosperidade, de morte física ou moral, de desilusão, de desapego.

Hoje é o tempo de mudança, agora é a melhor hora para mudar.

No "ranking da mudança", o tempo sempre introduz novidades; quer dizer, a cada instante traz algo que não era feito antes.

Ele ocupa a posição número um, sendo considerado o grande inovador no mundo.

A existência humana nada mais é do que uma "rede" tecida através do tempo pelos fios de hábitos. Essa "rede" é geralmente muito tênue para ser notada, e muitas vezes forte demais para ser rompida.

Reflete, reelabora e refaze teus ideais, idéias e crenças.

"Hoje, se lhe ouvirdes a voz, não endureçais os vossos corações".

Hoje é teu melhor momento para ouvires a voz da renovação.


(Hammed)