"Nós não somos seres humanos tendo uma experiência espiritual. Somos seres espirituais tendo uma experiência humana"

(Teillard de Chardin)

05 dezembro 2014

Mauricio de Sousa lança ‘Meu pequeno evangelho’, livro da Turma da Mônica sobre Espiritismo


Espírita, primo do pai de Cascão ensina aos personagens a doutrina de Allan Kardec.

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A Turma da Mônica agora vai difundir os ensinamentos do espiritismo, doutrina codificada no século XIX pelo francês Allan Kardec. 

Mauricio de Sousa está lançando "Meu pequeno evangelho" (Editora Boa Nova), livro em que Cebolinha, Cascão, Magali, Anjinho, Penadinho e companhia aprendem os ensinamentos de Jesus contido no "Evangelho segundo o espiritismo", principal obra do kardecismo.

Nas 64 páginas da história ilustrada por Mauricio, idealizada pelo designer peruano Luis Hu Rivas e pelo administrador baiano Alã Mitchell, ambos espíritas, a Turma da Mônica recebe a visita de André, um primo de Seu Antenor, pai do Cascão, que é seguidor da religião.

Em meio à curiosidade das crianças, André apresenta conceitos do evangelho que todos podem usar no dia a dia, independentemente da religião que praticam. 

São mensagens de amor, caridade e humildade, contadas de forma divertida com os personagens.

Ensinamentos sobre felicidade, humildade, pureza, paz, misericórdia, amor, perdão etc. são passados um a um, sempre baseados em situações vividas pelos personagens e que são contadas a André.

O lançamento oficial, com a presença de Mauricio de Sousa, será 13 de dezembro, na livraria Cultura, em São Paulo.





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03 dezembro 2014

Almas viajantes


Somos almas viajantes, cruzando o tempo e a distância
entre aquilo que desejamos ser e o que realmente somos.
Como na escola da vida, ainda no jardim da infância.

Representando papéis diferentes a cada nova jornada.
Etapas que vamos cumprindo com erros e acertos,
acumulando dívidas e bençãos em nossa caminhada.

As dívidas resgatamos com suor,
lágrimas e por vezes muita dor.
As bençãos são os lenitivos.
Fecha cicatrizes, cura feridas.
São decorrentes do amor que exercemos,
seja no amparo aos irmãos caídos,
seja no nosso próprio mover,
no caminhar em direção a Luz.

Alma querida!
Se a dor lhe visita constantemente, aprende que,
somente o amor incondicional pode libertar.
O abençoar o pão e o dia,
o resgatar do aflito,
o dividir do pão que por vezes já é tão pequeno.

O amor pede passagem na sua vida.
Abra as janelas do seu coração e se livre do ranço do tempo:
– perdoe,
– ampare,
– não julgue,
– não calunie,
– não atire a pedra que está na mão.

Antes, livre-se das velhas roupas,
como Francisco de Assis, dispa-se do mundo.

Fique com a simplicidade da vida,
que lhe sorri como quem abraça.
E Deus, Pai de infinita misericórdia,
cobrirá a sua vida com paz e Graça.
Fruto do seu esforço no caminho do bem,
ainda que sem acreditar em nada e em ninguém,
soube seguir no caminho da retidão,
soube estender a mão,
praticou o Evangelho Vivo,
sem nunca tê-lo lido.

Somos almas viajantes em busca de um porto seguro,
onde possamos ancorar nossos barcos envelhecidos,
remoçados pela certeza,
para vivermos a eternidade dos dias,
em harmonia com a Natureza,
fonte de toda a beleza.

Que assim seja.


(Paulo Roberto Gaefke)








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São chegados os tempos


Até o presente, a Humanidade tem realizado incontestáveis progressos.

Os homens chegaram com a sua inteligência a resultados que jamais haviam alcançado, sob o ponto de vista das ciências, das artes e do bem-estar material.

Resta a eles ainda um imenso progresso a realizar: o de fazerem que reinem entre si a caridade, a fraternidade, a solidariedade, que lhes assegurem o bem-estar moral.

Não poderiam conseguir isso nem com as suas crenças, nem com as suas instituições antiquadas – restos de outra idade –, boas para certa época, suficientes para um estado transitório, mas que, havendo dado tudo o que comportavam, seriam hoje um entrave.

O que os homens necessitam já não é somente desenvolver a inteligência, mas elevar o sentimento e para isso é preciso destruir tudo o que exalta o egoísmo e o orgulho neles.


(Allan Kardec, in A Gênese, Capitulo 18 Item 5)





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Nunca esqueçamos que...


Simples assim...


Oração da Presença


Que jamais, em tempo algum, o teu coração acalente o ódio.
Que o canto da maturidade jamais asfixie a tua criança interior.
Que o teu sorriso seja sempre verdadeiro.
Que as pedras do teu caminho sejam sempre encaradas como lições de vida.
Que a música seja tua companheira de momentos secretos contigo mesmo.
Que os teus momentos de amor contenham a magia de tua alma eterna em cada beijo.
Que os teus olhos sejam dois sóis olhando a luz da vida em cada amanhecer.
Que cada dia seja um novo recomeço, onde tua alma dance na luz.
Que em cada passo teu fiquem marcas luminosas de tua passagem em cada coração.
Que em cada amigo o teu coração faça festa e celebre o encanto da amizade profunda que liga as almas afins.
Que em teus momentos de solidão e cansaço esteja sempre presente em teu coração a lembrança 
de que tudo passa e se transforma, quando a alma é grande e generosa.
Que o teu coração voe contente nas asas da espiritualidade consciente, para que tu percebas a ternura invisível tocando o centro do teu ser eterno.
Que um suave vento te acompanhe, na terra ou no espaço, e por onde quer que a força invisível do amor leve o teu viver.
Que o teu coração sinta a presença secreta do inexplicável !
Que os teus pensamentos, os teus amores, o teu viver, e a tua passagem pela vida sejam sempre abençoados por aquele amor que ama sem nome.
Aquele amor que não se explica, só se sente.
Que esse amor seja o teu rumo secreto, viajando eternamente no centro do teu ser.
Que este amor transforme os teus dramas em luz, a tua tristeza em celebração, e os teus passos cansados em alegres passos de dança renovadora.
Que jamais, em tempo algum, tu esqueças da presença que está em ti e em todos os seres.
E que o teu viver seja pleno
de paz e de luz.

(Wagner Borges)

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Maurice Béjart - Boléro



“Eu só poderia crer num Deus que soubesse dançar.”

(Friedrich Nietzsche, em “Assim Falou Zaratustra”)


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Pelos frutos


"Por seus frutos os conhecereis." – Jesus. (Mateus, 7:16.)

Nem pelo tamanho;

nem pela configuração;

nem pelas ramagens;

nem pela imponência da copa;

nem pelos rebentos verdes;

nem pelas pontas ressequidas;

nem pelo aspecto brilhante;

nem pela apresentação desagradável;

nem pela vetustez do tronco;

nem pela fragilidade das folhas;

nem pela casca rústica ou delicada;

nem pelas flores perfumadas ou inodoras;

nem pelo aroma atraente;

nem pelas emanações repulsivas.

Árvore alguma será conhecida ou amada pelas aparências exteriores, mas sim pelos frutos, pela utilidade, pela produção.

Assim também nosso espírito em plena jornada...

Ninguém que se consagre realmente à verdade dará testemunho de nós pelo que parecemos, pela superficialidade de nossa vida, pela epiderme de nossas atitudes ou expressões individuais percebidas ou apreciadas de passagem, mas sim pela substância de nossa colaboração no progresso comum, pela importância de nosso concurso no bem geral.

"Pelos frutos os conhecereis” – disse o Mestre.

– “Pelas nossas ações seremos conhecidos” – repetiremos nós.




(in "Fonte Viva", Francisco C. Xavier, pelo Espírito Emmanuel)



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02 dezembro 2014

Deixe que vá...


Deixa partir o que não te pertence mais, deixa seguir o que não poderá voltar, deixa morrer o que a vida já despediu...
O que foi já não serve, é passado, e o futuro ainda está do outro lado.

(Caio Fernando Abreu)



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Dica de vídeo: Novela "A Viagem" - Mensagem final



Hoje, de algum lugar longe dessas terras
Há um doce olhar só pra você
Um olhar especial
De alguém especial, de distantes origens
Um olhar de um justo coração que pulsa só a vida
Que sorri porque ama plenamente
Sem julgamentos, preconceitos, nem prisões
Hoje, como ontem, longe desses céus
Há um encantado olhar só pra você
Nesse olhar vai para você a magia da luz
A simplicidade do perdão
A força para comungar com a vida
A esperança de dias mais radiantes de paz
Hoje, de algum lugar dentro de você,
Alguém que já o amou muito e ainda o ama
Diz para você que valeu a pena ter estado nessas terras...
Sob estes céus...
Falando de união, paz, amor e perdão
Poder sentir a força que faz você sorrir
E continuar o caminho
Que um dia aquele doce olhar iniciou pra você
Tudo isso, só para você saber que
A vida continua...
E a morte é apenas uma viagem.


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Mensagem final da novela "A Viagem", de Ivani Ribeiro, com colaboração de Solange Castro Neves.
Exibida de 11 de abril a 22 de outubro de 1994.
A primeira versão foi exibida entre 1974/75.


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