"Nós não somos seres humanos tendo uma experiência espiritual. Somos seres espirituais tendo uma experiência humana"

(Teillard de Chardin)

23 setembro 2011

A Espiritualidade e a Escola


Para ir direto ao assunto: onde está a espiritualidade na escola? 

Como essa espiritualidade pode ser explorada sem riscos e se reverter em auxílio às nossas atividades escolares?

A resposta é bem simples.

Se os espíritas freqüentam os centros espíritas porque acreditam que ali existe uma escola na qual são alunos e nela existem mentores que protegem, ensinam e educam, por que isso seria diferente nas escolas comuns? 

É só aplicar o método positivo de Allan Kardec:

* Nas escolas existem Espíritos desencarnados?

* Nas escolas podem ocorrer fenômenos espíritas?

* Esses fenômenos são regulares, podem ser observados, explicados e divulgados?

* Nas escolas surgem especulações filosóficas acerca desses fenômenos?

* Nas escolas podem ocorrer transformações morais e sociais decorrentes desses questionamentos filosóficos?

Concluindo: a mesma espiritualidade encontrada nos centros espíritas pode ser encontrada nas escolas ou em qualquer ambiente de trabalho. 

É só consultar os bons manuais de navegação espiritual e constatar que as circunstâncias são semelhantes, os problemas são iguais e as soluções podem ser idênticas.

Em O Livro dos Espíritos constam, entre tantas outras reflexões sobre espiritualidade e ética , algumas questões que versam diretamente sobre a relação entre matéria e espírito, estreitamente ligadas aos nossos propósitos educativos.

Mas foi num ensaio científico do Espírito André Luiz - Evolução em Dois Mundos - psicografado por Chico Xavier, que encontramos uma informação bem ilustrativa desse nosso tema.

Trata-se de um comentário sobre as nossas atividades mentais durante o sono e o desprendimento do corpo físico, através da mediunidade espontânea. Nesses casos certamente não ficariam de fora nós os professores, os alunos, os funcionários e os gestores das escolas.

 
"É assim que o lavrador, no repouso físico, retorna, em corpo espiritual, ao campo em que semeia, entrando em contacto com as entidades que amparam a Natureza; o caçador volta para a floresta; o escultor regressa, freqüentemente, no sono, ao bloco de mármore de que aspira a desentranhar a obra-prima; o seareiro do bem volve à leira de serviço em que se lhe desdobra a virtude, e o culpado torna ao local do crime, cada qual recebendo de Espíritos afins os estímulos elevados ou degradantes de que se fazem merecedores."


Mas esse nosso retorno mental à escola pode e deve ser desvinculado das características alienadas da mediunidade primitiva para práticas psíquicas mais arrojadas e conscientes.

É possível nos prepararmos para encontros treinados e produtivos, nos moldes dos desdobramentos, na qual se pratica o exercício da memorização e maior aproveitamento das informações obtidas no plano espiritual.

É sempre bom lembrar que todos nós somos Espíritos e médiuns, em maior ou menor grau, encarnados ou desencarnados, crianças ou jovens, adultos ou idosos, somos os mesmos, com virtudes e defeitos, hábitos e gostos, jeitos e trejeitos.

Estamos em toda parte, onde existir vida em sociedade, simples e ignorantes ou complexos e cultos, em constante interação de pensamentos, ações e sentimentos.


Às vezes mudamos de aparência, mas na essência continuamos sendo as mesmas criaturas; mudamos de ponto de vista sobre algumas coisas da vida, de opinião sobre alguns assuntos desse ou daquele contexto, mas continuamos os mesmos.

Só mudamos de fato quando transformamos os nossos sentimentos e atitudes sobre as coisas e as pessoas. Isso realmente nos transforma em outras pessoas, a ponto de não sermos reconhecidos por quem nos conheceu antes.

Quem te viu, quem te vê, heim? Não nos identificamos mais com aquela pessoa do passado, pois adquirimos uma nova identidade. Não são aparências ou máscaras, é mudança real mesmo.

No corpo carnal acontecem as mudanças biológicas, transitórias, pelos regimes alimentares, exercícios físicos, rejuvenescimento ou envelhecimento.

No corpo espiritual essa mudança é diferente e duradoura: ocorre uma iluminação natural, causada pela mudança nas estruturas do perispírito, através do brilho dos centros de força (chacras), que são uma espécie de glândulas etéricas de captação e distribuição de energias e que refletem em forma de luz e cores, formando também a nossa aura.

Nesse caso o espanto de quem nos vê modificado é redobrado.

O problema é que as mudanças reais só acontecem depois de grandes transtornos e perturbações,depois de dores causadas por choques de provas e expiações.

Todo Espírito encarnado sabe disso, pois traz essa informação guardada no inconsciente, entre a zona de conforto e a zona de perigo.

Temos conosco, cada qual com a sua marca, uma equação existencial para ser solucionada em algum momento da vida.

Todos nós sabemos que, mais cedo ou mais tarde, esse momento vai chegar, mesmo que não tenhamos uma lembrança consciente dos compromissos que assumimos antes de reencarnar. É para isso que servem as existências e é também por isso que nos matriculamos na Escola da Vida.

Quem vê ou percebe a presença de Espíritos têm dois tipos de sensação: medo e tristeza, quando estes estão estacionados em sofrimento; ou espanto e alegria, quando nos deparamos com entidades iluminadas, felizes, cuja superioridade natural nos causa emoção como o choro e entusiasmo.

Poucas pessoas percebem, mas quando recebemos a visita de Espíritos apagados, em crise e sofrimento, também temos predisposição em apagar a nossa luz.

Quando são Espíritos lucificados, inexplicavelmente ficamos imensamente alegres.

Até mesmo os animais que estão por perto têm esse tipo de percepção. São situações que não dependem de fórmulas ou amuletos e muito mais do nosso estado emocional. O pensamento atrai e inicia a ligação; e o sentimento consolida o contato.

A espiritualidade está em toda parte, seja como estado de espírito, seja como fenômeno natural.

A primeira é muito útil para manter a paz de espírito, a serenidade, a calma. É, enfim, é a meditação, a imagem e o imaginário da espiritualidade, a oração, a base da sintonia.

A segunda, nessa perspectiva do conflito exterior, também é muito útil, pois é a vigilância, a realidade e o contato direto com os Espíritos.

Muitos educadores são crentes naturais, mas uma grande maioria age como Tomé, precisando ver para crer. 

Daí a nossa idéia de buscar uma espiritualidade mais objetiva e inteligente, fugindo da superstição e do dogma.


Essa possibilidade acontece nas experiências de algumas escolas espiritualistas, ainda de forma subjetiva e nebulosa, mas no Espiritismo ela ocorre de forma clara, científica e sem o misticismo supersticioso e o véu do mistério.

Ao contrário das outras correntes, não falamos com os mortos e sim com os vivos, mais vivos do que nós. 

Espíritos são seres inteligentes e devem ser tratados como tal, sem as marcas obscuras da superstição e da atitude passiva oracular ou adivinhatória.


O apóstolo João recomendava aos seus alunos que verificassem se os Espíritos eram de Deus, ou seja, se eram bem ou mal intencionados. Isso prova que o contato com a espiritualidade é mais antiga e comum do normalmente se pensa.

Também alertava que a nossa relação com eles deve ser de igual para igual, em termos de racionalidade.

Espíritos superiores não se ofendem quando são questionados ou colocados em xeque. Pelo contrário, ficam contentes com a nossa espontaneidade e responsabilidade no trato com as coisas da vida.

Já os pseudo-sábios ficam ofendidos e deslizam dos questionamentos utilizando expedientes que mexem com as nossas fraquezas: divagações poéticas de mau gosto, profecias absurdas, afirmações incoerentes e, principalmente, as posturas de incentivo ao medo e à superstição, aos rituais e fórmulas mágicas.

[...] 


As escolas são lugares tidos como neutros, locais públicos de muitas possibilidades, mas também, por isso mesmo, de muitas proibições.



Numa escola, onde naturalmente se estabelece um jogo de poder entre quem educa e quem vai ser educado, quem vai ensinar e quem vai aprender, entre quem vai avançar e quem vai recuar, acaba predominando a lei do mais forte, ideologicamente falando.

Numa escola, ambiente supostamente neutro e público, mesmo que seja escola particular, quem tem conhecimento realmente tem poder. Por isso, nesse ambiente nem tudo que é público deve ser notório; nem tudo que é possível deve ser realizado.



Esse é o paradigma dominante; esse é o paradigma que atualmente não deve ser desafiado, mas que pode ser mudado. O paradigma dominante é o da matéria; e o novo a ser implantado é o do espírito.



Tocar no assunto espiritualidade em ambientes neutros talvez seja mais tabu do que em lugares assumidamente contrários ao assunto. Nessas situações a timidez rapidamente se transforma em receio e este deságua fatalmente na omissão.



Pronto: lá se foi mais uma oportunidade de falar sobre as coisas que habitualmente não podem ser ditas, mas que a gente tanto gostaria de falar.

Como na música de Fátima Guedes, trilha sonora na primeira versão do Sítio do Pica-Pau Amarelo, falando de fadas, gnomos e duendes, "São segredos nossos, quisera falar das coisas que não posso...".



( Textos extraídos do livro "Espíritos nas Escolas - Encarnados e desencarnados no cotidiano escolar" - de Dalmo Duque dos Santos)

O Perigo dos Pequenos Pensamentos Negativos


Como é verdadeiro o fato de que basta seguirmos um ínfimo pensamento negativo para desencadearmos uma série de dúvidas e frustrações!

Nossos pequenos pensamentos negativos são como um vírus, que rapidamente se multiplica e cresce, causando-nos febre e mal-estar.

É preciso manter nossa mente sob uma lente de aumento de microscópio.

Como são tantos os pensamentos que fluem em nossa mente, na maioria das vezes não nos damos conta do quanto somos invadidos por atitudes mentais destrutivas.

É como a gripe: na maioria das vezes, só percebemos que estamos gripados quando começamos a nos sentir mal.

Mas assim como é possível reverter um processo gripal se soubermos identificar seus menores sintomas, podemos reverter a mente negativa ao aprender a identificá-la assim que ela surgir.

Lama Gangchen Rinpoche nos ensina a reconhecer os menores sinais de mudança de nossa mente nas diversas expressões de rosto: elas refletem as nuanças de cada forma-pensamento. Para tanto, ele nos estimula a usar nossa capacidade de manter a atenção como um espelho.

Isto é, se estivéssemos vendo nossa imagem 24 horas refletida num espelho, ficaríamos surpresos ao ver quantas de nossas expressões faciais não são tão belas quanto aquelas que tentamos fazer quando nos olhamos no espelho rapidamente para nos arrumar.

Se não queremos mais ter faces feias, temos que começar por admitir que costumamos fazê-las, alertou Lama Gangchen Rinpoche em seus ensinamentos.

Mas, por que fazemos faces feias?

Rinpoche nos lembra que estas faces expressam nossa fome e sede interior que se agravam à medida que não fazemos nada para saciá-las!

Costumamos perder mais tempo nos lamentando da fome do que gerando recursos para supri-la.

Isso ocorre porque conhecemos pouco os alimentos da alma.

E o que torna nossa mente sutil satisfeita?

São atitudes que nutrem nosso corpo e mente sutil: orar, recitar mantras, fazer visualizações criativas, assim como mover o corpo com gestos pacíficos.

Temos que admitir que nossas atitudes habituais não nos nutrem verdadeiramente, pois são o resultado de uma mente pequena que quer apenas se proteger, se defender. Mas possuímos também uma mente grande, que busca naturalmente por evolução.

Thomas Moore, em seu livro “O que são almas gêmeas” (Ed. Ediouro), comenta que por mais verdadeiros que sejam os problemas da vida prática, eles nunca são idênticos às preocupações da alma. 

Por isso, escreve: Para nos devotarmos à alma, talvez seja preciso soltar outros vínculos, e para permitir que a alma expresse sua própria intencionalidade e propósitos, talvez tenhamos que abrir mão de antigos valores e expectativas.

De fato, as exigências da alma podem nos parecer paradoxais.

Por exemplo, quem não conhece o desejo de querer se libertar das atitudes baseadas no apego, como o ciúme? Apesar da alma não querer viver sob a tensão do controle, nossa mente pequena encontra apenas segurança quando controla tudo e todos...

Por isso, sentir a satisfação interior é uma tarefa difícil demais para uma mente pequena!

Lama Gangchen nos ensina a diferenciar as atitudes mentais entre uma pequena e uma grande mente.

Quanto estamos sob os ditames da mente pequena, dizemo-nos: Eu não sei... eu não quero... eu não posso...

Mas quando atuamos com nossa mente grande, proclamamos sem dificuldade: OK, eu posso lidar com esta situação, seja ela agradável ou não.

A mente grande não rejeita nenhuma experiência da vida. Afinal, ela não está contaminada por atitudes covardes ou indulgentes. Se passarmos a observar honestamente quantas situações podemos enfrentar se não seguirmos nossa mente pequena, ficaremos surpresos e felizes em notar que podemos fazer muito mais do que estamos habituados.

Temos que admitir que as atitudes mentais de uma mente pequena não nos nutrem verdadeiramente, pois são o resultado da insegurança.

Uma mente pequena diz que não sabe, mesmo antes de se questionar. Diz que não quer, sem ter consultado seus desejo mais profundos. Baseadas na carência, são atitudes que buscam se defender sem até mesmo terem sido atacadas. Uma mente pequena é tendencialmente competitiva. Apesar de ser uma mente baseada na crença de ser excluída e solitária, não busca por união.

Já a mente grande busca naturalmente evoluir, unir, comungar.

A mente pequena nutre o sofrimento, enquanto que a mente grande sabe como absorvê-lo.

O sofrimento perde sua força ao passo que é reconhecido pela mente grande.

Por isso, os mestres budistas nos incentivam a dialogar com o nosso sofrimento. Lama Gangchen nos fala: deixe a sua sabedoria conversar com a sua ignorância. Dê tempo e espaço para sua sabedoria de expressar. Ela não deve ficar oprimida pela ignorância.

A agitação interior é um reflexo do movimento de uma mente pequena.

Se nos determinarmos a não segui-la e, cultivarmos uma atitude de calma e a atenção, já estaremos manifestando naturalmente nossa mente grande!


(Bel Cesar*)

*é psicóloga e pratica a psicoterapia sob a perspectiva do Budismo Tibetano.



 


Medicina reconhece obsessão espiritual


Ouvir vozes e ver espíritos não é motivo para tomar remédio de faixa preta pelo resto da vida...

O Código Internacional de Doenças (OMS) inclui influência dos Espíritos.

Até que enfim as mentes materialistas estão se abrindo para a Nova Era; para aqueles que queiram acordar, boa viagem, para os que preferem ainda não mudar de opinião, boa viagem também...

Uma nova postura da medicina frente aos desafios da espiritualidade.

Vejam que interessante a palestra sobre a glândula pineal do Dr. Sérgio Felipe de Oliveira* , médico psiquiatra que coordena a cadeira de Medicina e Espiritualidade na USP:

* * *

A obsessão espiritual como doença da alma, já é reconhecida pela Medicina.

Em artigos anteriores, escrevi que a obsessão espiritual, na qualidade de doença da alma, ainda não era catalogada nos compêndios da Medicina, por esta se estruturar numa visão cartesiana, puramente organicista do Ser e, com isso, não levava em consideração a existência da alma, do espírito.

No entanto, quero retificar, atualizar os leitores de meus artigos com essa informação, pois desde 1998, a Organização Mundial da Saúde (OMS) incluiu o bem-estar espiritual como uma das definições de saúde, ao lado do aspecto físico, mental e social.

Antes, a OMS definia saúde como o estado de completo bem-estar biológico, psicológico e social do indivíduo e desconsiderava o bem estar espiritual, isto é, o sofrimento da alma; tinha, portanto, uma visão reducionista, organicista da natureza humana, não a vendo em sua totalidade: mente, corpo e espírito.

Mas, após a data mencionada acima, ela passou a definir saúde como o estado de completo bem-estar do ser humano integral: biológico, psicológico e espiritual.

Desta forma, a obsessão espiritual oficialmente passou a ser conhecida na Medicina como possessão e estado_de_transe, que é um item do CID - Código Internacional de Doenças - que permite o diagnóstico da interferência espiritual Obsessora.

O CID 10, item F.44.3 - define estado de transe e possessão como a perda transitória da identidade com manutenção de consciência do meio-ambiente, fazendo a distinção entre os normais, ou seja, os que acontecem por incorporação ou atuação dos espíritos, dos que são patológicos, provocados por doença.

Os casos, por exemplo, em que a pessoa entra em transe durante os cultos religiosos e sessões mediúnicas não são considerados doença.

Neste aspecto, a alucinação é um sintoma que pode surgir tanto nos transtornos mentais psiquiátricos - nesse caso, seria uma doença, um transtorno dissociativo psicótico ou o que popularmente se chama de loucura bem como na interferência de um ser desencarnado, a Obsessão espiritual..

Portanto, a Psiquiatria já faz a distinção entre o estado de transe normal e o dos psicóticos que seriam anormais ou doentios.

O manual de estatística de desordens mentais da Associação Americana de Psiquiatria - DSM IV - alerta que o médico deve tomar cuidado para não diagnosticar de forma equivocada como alucinação ou psicose, casos de pessoas de determinadas comunidades religiosas que dizem ver ou ouvir espíritos de pessoas mortas, porque isso pode não significar uma alucinação ou loucura.

Na Faculdade de Medicina DA USP, Dr. Sérgio Felipe de Oliveira, médico, coordena a cadeira (hoje obrigatória) de Medicina e Espiritualidade.

Na Psicologia, Carl Gustav Jung, discípulo de Freud, estudou o caso de uma médium que recebia espíritos por incorporação nas sessões espíritas.

Na prática, embora o Código Internacional de Doenças (CID) seja conhecido no mundo todo, lamentavelmente o que se percebe ainda é muitos médicos rotularem todas as pessoas que dizem ouvir vozes ou ver espíritos como psicóticas e tratam-nas com medicamentos pesados pelo resto de suas vidas.

Em minha prática clínica (também praticada por Ian Stevenson), a grande maioria dos pacientes, rotulados pelos psiquiatras de "psicóticos" por ouvirem vozes (clariaudiência) ou verem espíritos (clarividência), na verdade, são médiuns com desequilíbrio mediúnico e não com um desequilíbrio mental, psiquiátrico. (Muitos desses pacientes poderiam se curar a partir do momento que tivermos uma Medicina que leva em consideração o Ser Integral).

Portanto, a obsessão espiritual como uma enfermidade da alma, merece ser estudada de forma séria e aprofundada para que possamos melhorar a qualidade de vida do enfermo.




(texto de Osvaldo Shimoda)

(Colaboração de CEECAL - Centro de Estudos Espírita Caminho da Luz)

*Sérgio Felipe de Oliveira é um psiquiatra brasileiro, doutor em Neurociências, mestre em Ciências pela USP (Universidade de São Paulo) e destacado pesquisador na área da Psicobiofísica.

A sua pesquisa reúne conceitos de Psicologia, de Física, de Biologia e de Espiritismo. Desenvolve estudos sobre a glândula pineal, estabelecendo relações com atividades psíquicas e recepção de sinais do mundo espiritual por meio de ondas eletromagnéticas. Realiza um trabalho junto à Associação Médico-Espírita de São Paulo AMESP e possui a clínica Pineal Mind, onde faz seus atendimentos e aplica suas pesquisas.

Segundo o mesmo, a pineal forma os cristais de apatite que, em indivíduos adultos, facilita a captura do campo magnético que chega e repele outros cristais. 

Esses cristais são apontados através de exames de tomografia em pacientes com facilidade no fenomeno da incorporação. Já em outros pacientes, em que os exames não apontam tais cristais, foi observado que o desdobramento fora facilmente apontado.

Há mais de dois mil anos, a glândula pineal é considerada como a sede da alma.

Para os praticantes da ioga, a pineal é o ajna chakra, ou o “terceiro olho”, que leva ao autoconhecimento.

O filósofo e matemático francês René Descartes, em Carta a Mersenne, de 1640, afirma que “existiria no cérebro uma glândula que seria o local onde a alma se fixaria mais intensamente”.

Sérgio Felipe de Oliveira tem feito palestras sobre o tema em várias universidades do Brasil e do exterior, inclusive na Universidade de Londres.

Numa apresentação na Universidade de Caxias do Sul, o pesquisador afirmou ter recebido vários estímulos para estudar a glândula pineal quando ainda estava concentrado em pesquisas na área de física e matemática.

Um desses estímulos foi uma visão em que lhe apareceu o professor Zerbini, renomado médico cardiologista e pioneiro dos transplantes de coração no Brasil.

Zerbini, a quem Sérgio teria substituído em seus dois últimos compromissos acadêmicos, sugeriu a Sérgio insistentemente (durante a visão) que estudasse a glândula pineal, conforme o relato do pesquisador.




20 setembro 2011

Homofobia, Religião e Suicídio

Dica de livro: “Espíritos nas Escolas” - Dalmo Duque dos Santos


A Editora do Conhecimento acaba de lançar o texto Espíritos nas Escolas em formato de livro.

A iniciativa vem dar uma grande contribuição ao esforço que hoje fazem os educadores no sentido de preservar os valores da educação fundamentada no amor ao próximo, na solidariedade e na fraternidade, ensinada pelas maioria das religiões e filosofias espiritualistas.

Este ensaio é dedicado especialmente aos professores, colaboração simples de um colega de sala de aula, falando de coisas que experimentam no trabalho cotidiano nas escolas; já que, faz algum tempo, descobriu-se que os melhores e verdadeiros conselheiros são os próprios alunos...

Sumário

1. Onde estão os Espíritos?

2. A cultura espiritual na escola

3. Professor transversor

4. Renascer e ressurgir na escola

5. Professor, médium e mentor

6. Nosso planeta, nossa escola

7. A escola como espaço mental

8. Ser, o verbo espiritual


Conteúdos abordados neste ensaio:

-As interfaces da dicotomia espírito-matéria na sala de aula e no cotidiano escolar;

-A exploração do novo paradigma do Espírito e a demonstração da influência natural e constante do universo espiritual no mundo escolar;

-A utilização desse conhecimento para a melhoria das atividades escolares como o desempenho dos educadores e educandos;

-A harmonia das relações entre os membros da comunidade escolar e finalmente a integração entre a escola o entorno social;

-Conteúdos específicos: Espiritismo, Espiritualidade, Educação, Religiosidade;

-Conteúdos genéricos: o novo universo escolar, a pós-modernidade e a globalização, mediunidade, reencarnação, sexualidade, choque cultural e de gerações.

* * *

Recomendo!!



Dica de livro: “Doutor, Eu Ouço Vozes! - Doença Mental ou Mediunidade?” - Mauro Kwitko


Este livro tem a finalidade de levar à comunidade científica responsável pela saúde mental das pessoas, aos psicólogos e aos psiquiatras, um alerta quanto à possibilidade de que os seres que algumas pessoas afirmam enxergar e as vozes que afirmam escutar, possam advir de fontes reais, ou seja, de pessoas "invisíveis", que as Religiões chamam de espíritos e não significar, necessariamente, um sintoma psiquiátrico, característico da Esquizofrenia.

Hoje, uma nova Psicologia e uma nova Psiquiatria começam a ser elaboradas em todo o mundo, lidando com a reencarnação e as ressonâncias de nossas encarnações passadas escondidas no interior do Inconsciente e pretendendo pesquisar a atuação dos Espíritos desencarnados sobre os encarnados na busca da compreensão e da cura da doença mental.

Além de narrar alguns casos de pessoas que descobriram através da TVP (Terapia de Vidas Passadas) a origem e a cura de seus casos, traz um capítulo dedicado aos efeitos colaterais dos psicotrópicos com a descrição dos cerca de 200 paraefeitos dos medicamentos químicos, alguns irremediáveis, outros fatais.



19 setembro 2011

Tua Mensagem


Tua mensagem não se constitui apenas do discurso ou do título de cerimônia com que te apresentas em plano convencional; é a essência de tuas próprias ações, a exteriorizar-se de ti, alcançando os outros.

Sem que percebas, quando te diriges aos companheiros para simples opiniões, em torno de sucessos triviais do cotidiano, está colocando o teu modo de ser no que dizes.

Ao traçares ligeira frase, num bilhete aparentemente sem importância, derramas o conteúdo moral de teu coração naquilo que escreves, articulando referência determinada, posto que breve, apontas o rumo de tuas inclinações; em adquirindo isso ou aquilo, entremostras o próprio senso de escolha; elegendo distrações, patenteias por elas os interesses que te regem a vida íntima...

Reflete na mensagem que expedes, diariamente, na direção da comunidade.

As tuas idéias e comentários, atos e diretrizes voam de ti, ao encontro do próximo, à feição das sementes que são transportadas para longe das árvores que as produzam.

Cultivemos amor e justiça, compreensão e bondade, no campo do espírito.

Guarda a certeza de que tudo quanto sintas e penses, fales e realizes é substância real de tua mensagem às criaturas e é claramente pelo que fazes às criaturas que a lei de causa e efeito, na Terra ou noutros mundos, te responde, em zelando por ti.

(Emmanuel)

Desfrute o que a vida pode lhe dar


Proponho a você um feng shui interior.

Mas será que isso é necessário? Vamos ver.

Você tem tido falhas de memória? Acorda cansada? O sofá é mais convidativo do que o sexo, por exemplo? Seu magnetismo pessoal não anda lá essas coisas? Tem sentido medo constante de que o outro a prejudique?

Quem respondeu sim a pelos menos três das perguntas acima precisa dar uma paradinha.

Provavelmente, você tem tido atitudes erradas que esgotam suas energias que, consequentemente, a impedem de atrair a prosperidade em sua vida. Listei algumas para você ler com atenção e tentar se livrar delas. Você vai se surpreender!

- Descaso com o corpo: descanso, boa alimentação, exercícios físicos e lazer são deixados de lado. E sua saúde energética, como fica?

- Pensamentos obsessivos: remoer um problema cansa mais do que trabalhar o dia todo; já pensamentos positivos recarregam as energias.

- Sentimentos tóxicos: choques emocionais, raiva e mágoas sugam a energia. Por outro lado, emoções positivas como amor e alegria recarregam a pilha e dão força para superar obstáculos.

- Fuga do presente: as pessoas tendem a achar que no passado tudo era mais fácil: “bons tempos!”, costumam dizer. Ou então, depositam a felicidade no futuro, mas deixam pouca energia no agora. E esquecem que só no presente construímos a vida.

- Falta de perdão: perdoar é libertar o passado e seguir em frente. Quem não perdoa o outro e a si mesmo, fica “energeticamente obeso”, carregando fardos passados.

- Mentiras: somos educados para desempenhar papéis sociais. A moça boazinha, a vítima, a mãe dedicada… Mas só quando somos nós mesmos a vida flui sem esforço.

- Viver a vida do outro: evoluímos com os relacionamentos, mas é preciso amadurecer individualmente. Quem cuida da vida do outro, interferindo mais do que deve, acaba sem energia para construir a própria vida.

- Ficar na bagunça: ela provoca confusão emocional e mental. Arrume a casa, os armários, tudo! E ponha em ordem a mente e o coração!

- Fugir da natureza: o homem vive quase sem contato com ela. E o estresse das grandes cidades favorece o vampirismo energético: todos sugam energias de outras pessoas – e são sugados.

(Luiz Antonio Gasparetto)







A bruxa e o lobisomem – relato de caso


A Idade Média era denominada há algum tempo atrás de "idade das trevas", e embora não concordemos com essa alcunha, pois houve vários avanços em várias áreas do conhecimento humano nesse período, inclusive as primeiras universidades foram criadas nessa época, ele realmente foi fértil em algumas atividades "trevosas".

Muitos magos, bruxas e feiticeiros floresceram nessa época e muitos deles realmente ligados às trevas.

Vamos relatar aqui um caso interessante, pois traz uma luz a uma antiga lenda, a do lobisomem.

Num pequeno povoado no interior da Europa, distante das cidades com maior contingente populacional, havia no imaginário popular, vividamente, a lenda do lobisomem.

Próximo a esse povoado vivia uma velha senhora, dedicada inteiramente aos estudos ocultos sobre magia negra, uma bruxa.

Essa bruxa realizava diversos rituais de magia negra e satanismo, inclusive com rituais de sacrifício humano, e também experiências com fetos e crianças.

Muitos aldeões a procuravam quando ocorria uma gravidez indesejada, quando queriam que alguém morresse, ou atrás de poções para o amor ou feitiços para obter ouro.

Através das jovens quase donzelas e também das esposas e maridos infiéis que a procuravam, ela incutia e reforçava na mente das pessoas da aldeia as histórias de lobisomens, pois era um meio que ela tinha para que não desconfiassem que animais que apareciam mortos dilacerados, ou pessoas que sumiam, poderiam alguma coisa a ver com as atividades dela.

Um dos clientes, um aldeão solitário que eventualmente prestava alguns serviços à velha bruxa, acabou sendo enganado por ela, que veio a enfeitiçá-lo de tal modo que ele pensava realmente ser um lobisomem.

Ela o mantinha preso, acorrentado, como se ele fosse realmente um animal selvagem.

Através de feitiços, ela criou no astral um artificial, uma forma-pensamento, com a aparência exata do lobisomem que ela descrevia para suas crédulas clientes, e que estas repetiam para todos na aldeia.

Esse artificial foi "acoplado" ao homem que ela enfeitiçou e os poucos aldeões que o viram e sobreviveram acreditavam mesmo ter visto um lobisomem, devido ao efeito psicológico provocado pela crendice popular, à ferocidade dos ataques e ao efeito também do feitiço da bruxa.

Esse lobisomem agia como se fosse mesmo uma fera e dezenas de crianças, mulheres e homens foram mortos por ele, que as ataca totalmente ensandecido.

Alguns séculos mais tarde, na atualidade, encontramos a velha bruxa reencarnada, é uma criança ainda, com cerca de 8 anos, que eventualmente tem ataques de ferocidade incompatíveis para uma menina de sua idade, chegando a arranhar e morder familiares próximos, como mãe e tia.

Ao tratarmos do caso logo percebemos a presença do espírito do lobisomem, bradando que ela lhe pertence, enfurecido.

Ao entrar na frequência deste obsessor, a médium foi transportada para uma região do astral inferior onde estava plasmada ainda a velha aldeia, a floresta e a casa da bruxa, com todas as vítimas ainda aprisionadas lá, algumas desencarnadas, outras encarnadas em desdobramento inconsciente, como a própria bruxa, ainda fazendo feitiços e rituais.

Efetuamos o resgate dos espíritos presos nessa frequência, inclusive do lobisomem, que também era encarnado e, pasmem, é o próprio pai da menina na vida atual.

Um interessante caso de obsessão inter-vivos, onde as relações pretéritas conseguem suplantar as atuais, pois mesmo sendo pai biológico da menina, o lobisomem queria se vingar dela por ela o ter aprisionado naquela existência.

Por um lado eles estavam os dois vivendo numa frequência do astral onde ela o mantinha acorrentado, e por outro lado, ele sentia a presença dela próxima a ele no plano físico e se desdobrava para atacá-la.

A energia dos espíritos aprisionados naquela frequência reforçava em ambos a ressonância com aquela vida passada, bem como o fato da mãe da menina, que é a médium que fez o atendimento, ter sido uma das vítimas do lobisomem naquela vida.

Nestes casos o tratamento consiste em apagar a lembrança daquela vida passada da mente inconsciente ativa dos encarnados envolvidos, resgatar os desencarnados envolvidos e destruir o local na dimensão astral, pois poderia atrair algum outro espírito para aquela frequência.

Séculos após, a Lei do Karma reúne novamente os personagens daquela história de terror, agora em papéis diferentes, oportunizando a todos a chance de atuar novamente no palco da vida e refazer, pelo menos em parte, os roteiros do passado, quiçá desta vez com mais amor e compreensão.


(Gelson Celistre)