"Nós não somos seres humanos tendo uma experiência espiritual. Somos seres espirituais tendo uma experiência humana"

(Teillard de Chardin)

18 março 2014

Para o que fomos feitos?




Para isso fomos feitos:
Para lembrar e ser lembrados
Para chorar e fazer chorar
Para enterrar os nossos mortos —
Por isso temos braços longos para os adeuses
Mãos para colher o que foi dado
Dedos para cavar a terra.
Assim será nossa vida:
Uma tarde sempre a esquecer
Uma estrela a se apagar na treva
Um caminho entre dois túmulos —
Por isso precisamos velar
Falar baixo, pisar leve, ver
A noite dormir em silêncio.
Não há muito o que dizer:
Uma canção sobre um berço
Um verso, talvez de amor
Uma prece por quem se vai —
Mas que essa hora não esqueça
E por ela os nossos corações
Se deixem, graves e simples.
Pois para isso fomos feitos:
Para a esperança no milagre
Para a participação da poesia
Para ver a face da morte —
De repente nunca mais esperaremos...
Hoje a noite é jovem; da morte, apenas
Nascemos, imensamente.

(Vinícius de Moraes)


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Em silêncio acompanhamos a agonia de famílias cujos seres amados estão à mercê da violência em suas várias formas. 

Rezando pelos passageiros à bordo do Boeing 777 da Malaysia Airlines.


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12 março 2014

Afinal, onde está a felicidade?...


Um grupo de 500 pessoas participavam de um seminário, quando de repente, o palestrante parou e decidiu fazer uma atividade em grupo. Foram então distribuídos um balão a cada pessoa.

Cada integrante foi convidado a escrever o seu nome em seu balão com uma caneta. Em seguida, todos os balões foram recolhidos e colocados em uma outra sala.

O palestrante instruiu as pessoas, para que entrassem na sala onde estavam os balões e que cada um achasse o balão com o seu respectivo nome. Esta tarefa deveria ser feita em 5 minutos.

Todos procuravam desesperadamente o balão com o seu nome, empurrando e batendo-se uns nos outros, um caos total, sem concluírem a tarefa.

O orador então pediu que cada pessoa pegasse um balão aleatoriamente e desse para a pessoa cujo nome estava escrito. 

Em poucos minutos, todos estavam com o seu próprio balão.

Em seguida o orador falou: 
“Isso está acontecendo em suas vidas. Todos estão desesperadamente procurando a felicidade ao redor, sem saber onde ela está. 
Nossa felicidade está na felicidade das outras pessoas. 
Dê-lhes a sua felicidade e você vai ter a sua própria.”

E este é o propósito da vida humana ... a busca da felicidade!!


(Autor desconhecido)


Fonte: www.amagiadomundodosnegocios.com.br


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10 março 2014

Livrai-nos do medo


Deus, 

Pai de Infinito Amor,

Queremos pedir, neste momento, que nos livre do medo, esse sentimento que entorpece o ânimo e enregela o sangue nas veias espirituais, neutralizando todas as idealizações construtivas pela perspectiva do fracasso e da infelicidade.

Em contrapartida, Pai, nos ensine a vivenciar o aqui e agora, o qual lança nossas vistas para o momento que estamos vivendo, seja ele aparentemente dificultoso ou declaradamente favorável.

Não temos condições ainda de uma total desvinculação emocional do passado e do futuro, mas pretendemos ir conseguindo olhar para longe num sentido e no outro sem sofrer as vertigens das emoções atordoantes.

Estamos aprendendo a viver o aqui e agora nas cores da vida atual, seja ela como encarnados ou desencarnados, considerando o Universo como a nossa Família, porque o parentesco é universal e não pode se restringir à consanguinidade do momento.

Cada ser, seja ela mineral, vegetal, animal, humano ou angelical, é nosso irmão de verdade e assim devemos considerá-lo para todos os efeitos, exercitando junto a ele as virtudes do respeito, da tolerância, da veracidade, do Amor incondicional, em suma.

Que, em nós, não haja medo de nada nem de ninguém, mas sim a certeza de que tudo que acontece e que muitas vezes nos surpreende é por Sua Vontade, visando a evolução do Universo.

Que possamos ver no aqui o local mais adequado para o nosso aprendizado e no agora o momento de aprender as lições que nossos olhos abertos e nossa mente desperta possa captar.

Queremos, Pai, começar a entender a Grande Família Universal e integrar-nos nela cada vez mais.

Que assim seja.


(in “O Intercâmbio Interplanetário para valorização da Natureza” - psicografia Luiz Guilherme Marques – espíritos diversos)




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Gravity - Steven Price (Ending music)


Filme e trilha sonora lindíssimos.
Uma metáfora sobre escolhas, renascimento e a transformação de um ser humano.
Recomendadíssimo!

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Duas críticas interessantes que merecem ser lidas em:

http://criticamecanica.blogspot.com.br/2013/12/gravidade-2013.html

/http://socialistamorena.cartacapital.com.br/gravidade-uma-metafora-espacial/


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Tudo o que acontecer à terra, acontecerá aos filhos da Terra


Como é que se pode comprar ou vender o céu, o calor da Terra?

Essa idéia nos parece estranha.

Se não não possuímos o frescor do ar e o brilho da água, como é possível comprá-los?

Cada pedaço desta terra é sagrado para meu povo.

Cada ramo brilhante de um pinheiro, cada punhado de areia das praias, a penumbra na floresta densa, cada clareira e inseto a zumbir são sagrados na memória e experiência de meu povo.

A seiva que percorre o corpo das árvores carrega consigo as lembranças do homem vermelho.

Os mortos do homem branco esquecem sua terra de origem quando vão caminhar entre as estrelas.

Nossos mortos jamais esquecem esta bela Terra, pois ela é a mãe do homem vermelho. Somos parte da Terra e ela faz parte de nós.

As flores perfumadas são nossas irmãs; o cervo, o cavalo, a grande águia são nossos irmãos. Os picos rochosos, os sulcos úmidos nas campinas, o calor do corpo do potro, e o homem – todos pertencem à mesma família.

Portanto, quando o Grande Chefe de Washington manda dizer que deseja comprar nossa terra, pede muito de nós. O Grande Chefe diz que nos reservará um lugar onde possamos viver satisfeitos.

Ele será nosso pai e nós seremos seus filhos. Portanto, nós vamos considerar sua oferta de comprar nossa terra. Mas isso não será fácil. Esta terra é sagrada para nós.

Essa água brilhante que escorre nos riachos e rios não é apenas água, mas o sangue de nossos antepassados.

Se lhes vendermos a terra, vocês devem lembrar-se de que ela é sagrada, e devem ensinar as suas crianças que ela é sagrada e que cada reflexo nas águas límpidas dos lagos fala de acontecimentos e lembranças da vida do meu povo.

O murmúrio das águas é a voz de meus ancestrais.

Os rios são nossos irmãos, saciam nossa sede. Os rios carregam nossas canoas e alimentam nossas crianças. Se lhes vendermos nossa terra, vocês devem lembrar e ensinar a seus filhos que os rios são nossos irmãos e seus também. E, portanto, vocês devem dar aos rios a bondade que dedicaram a qualquer irmão.

Sabemos que o homem branco não compreende nossos costumes.

Uma porção da terra, para ele, tem o mesmo significado que qualquer outra, pois é forasteiro que vem à noite e extrai da terra aquilo de que necessita.

A terra não é sua irmã, mas sua inimiga, e quando ele a conquista, prossegue seu caminho. Deixa para trás os túmulos de seus antepassados e não se incomoda.

Rapta da terra aquilo que seria de seus filhos e não se importa.

A sepultura de seu pai e os direitos de seus filhos são esquecidos. Trata sua mãe, a terra, e seu irmão, o céu, como coisas que possam ser compradas, saqueadas, vendidas como carneiros ou enfeites coloridos.

Seu apetite devorará a terra, deixando somente um deserto.

Eu não sei, nossos costumes são diferentes dos seus. A visão de suas cidades fere os olhos do homem vermelho. Talvez seja porque o homem vermelho é um selvagem e não compreenda.

Não há um lugar quieto nas cidades do homem branco. Nenhum lugar onde se possa ouvir o desabrochar de folhas na primavera ou o bater das asas de um inseto. Mas talvez seja porque sou um selvagem e não compreendo.

O ruído parece somente insultar os ouvidos.

E o que resta da vida se um homem não pode ouvir o choro solitário de uma ave ou o debate dos sapos ao redor de uma lagoa, à noite? Eu sou um homem vermelho e não compreendo. O índio prefere o suave murmúrio do vento encrespando a face do lago, e o próprio vento, limpo por uma chuva diurna ou perfumado pelos pinheiros.

O ar é precioso para o homem vermelho, pois todas as coisas compartilham o mesmo sopro – o animal, a árvore, o homem, todos compartilham o mesmo sopro.

Parece que o homem branco não sente o ar que respira. Como um homem agonizante há vários dias, é insensível ao mau cheiro.

Mas se vendermos nossa terra ao homem branco, ele deve lembrar que o ar é precioso para nós, que o ar compartilha seu espírito com toda a vida que mantém. O vento que deu a nosso avô seu primeiro inspirar também recebe seu último suspiro.

Se lhe vendermos nossa terra, vocês devem mantê-la intacta e sagrada, como um lugar onde até mesmo o homem branco possa ir saborear o vento açucarado pelas flores dos prados.

Portanto, vamos meditar sobre sua oferta de comprar nossa terra. Se decidirmos aceitar, imporei uma condição: o homem branco debe tratar os animais desta terra como seus irmãos.

Sou um selvagem e não compreendo nenhuma outra forma de agir. Vi um milhar de búfalos apodrecendo na planície, abandonados pelo homem branco que os alvejou de um trem ao passar. Eu sou um selvagem e não compreendo como é que o fumegante cavalo de ferro pode ser mais importante que o búfalo, que sacrificamos somente para permanecer vivos.

O que é o homem sem os animais? Se todos os animais se fossem, o homem morreria de uma grande solidão de espírito. Pois o que ocorre com os animais, breve acontecerá com o homem. Há uma ligação em tudo.

Vocês devem ensinar as suas crianças que o solo a seus pés é a cinza de nossos avós.

Para que respeitem a terra, digam a seus filhos que ela foi enriquecida com as vidas de nosso povo. Ensinem as suas crianças o que ensinamos às nossas: que a terra é nossa mãe. Tudo o que acontecer à terra, acontecerá aos filhos da Terra.

Se os homens cospem no solo, estão cuspindo em si mesmos.

Isto sabemos: a Terra não pertence ao homem; o homem pertence à Terra.

Isto sabemos: todas as coisas estão ligadas como o sangue que une uma família. Há uma ligação em tudo. O que ocorrer com a Terra recairá sobre os filhos da Terra.

O homem não tramou o tecido da vida; ele é simplesmente um de seus fios. Tudo o que fizer ao tecido, fará a si mesmo.

Mesmo o homem branco, cujo Deus caminha e fala com ele de amigo para amigo, não pode estar isento do destino comum. É possível que sejamos irmãos, apesar de tudo. Veremos. De uma coisa estamos certos – e o homem branco poderá vir a descobrir um dia: nosso Deus é o mesmo Deus.

Vocês podem pensar que O possuem, como desejam possuir nossa terra; mas não é possível.

Ele é o Deus do homem, e Sua compaixão é igual para o homem vermelho e para o homem branco. A Terra lhe é preciosa, e feri-la é desprezar seu criador. Os brancos também passarão; talvez mais cedo que todas as outras tribos. Contaminem suas camas, e uma noite serão sufocados pelos próprios dejetos.

Mas quando de sua desaparição, vocês brilharão intensamente iluminados pela força de Deus que os trouxe a esta terra e por alguma razão especial lhes deu domínio sobre a terra e sobre o homem vermelho.

Esse destino é um mistério para nós, pois não compreendemos que todos os búfalos sejam exterminados, os cavalos bravios sejam domados, os recantos secretos da floresta densa impregnados do cheiro de muitos homens, e a visão dos morros obstruída por fios que falam.

Onde está o arvoredo? Desapareceu. Onda está á águia? Desapareceu. É o final da vida e o início da sobrevivência.


(Palavras do chefe indígena Seattle, 1850. Os povos indígenas têm um vínculo de amor muito forte com a terra. Ele escreveu esta carta ao presidente dos EUA, quando o governo norte-americano propôs comprar as terras de seu povo.)


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Enxergando a verdadeira beleza...


O erotismo está expulsando do mundo a poesia. 
A violência está destruindo a ternura.
A sensualidade grosseira está vencendo a capacidade de gozar o sutil. Isso causa dores e desequilíbrios.
Despertemos.
Comecemos a reagir.
Aprendamos a cultivar poesia, ternura e gozo espiritual.
Sutilizemos, refinemos nossa sensibilidade. 
Espiritualizemos nosso sentir. 
Tornemo-nos capazes para os prazeres não compráveis, invulgares, indescritíveis - os sublimes; e para as perfeitas vivências no Espírito Onipresente da Beleza Absoluta.
Harmonizemo-nos esteticamente.
Harmonizemo-nos capazes de sintonia com a Suprema Beleza, que o Divino Artista nunca deixou de nos oferecer.
Abramos nossos olhos para beleza de Deus.

(Hermógenes)




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