"Nós não somos seres humanos tendo uma experiência espiritual. Somos seres espirituais tendo uma experiência humana"

(Teillard de Chardin)

30 julho 2011

Dica de Livro: "Mediunidade - Homens e fatos que fizeram história" - Luiz Gonzaga Pinheiro


Escrever sobre homens e mulheres que fizeram história é, sobretudo, escrever sobre a relação existente entre encarnados e desencarnados ligados à Terra. 

Todavia, o plano espiritual, em sua generosidade, não se cansa de enviar heróis da caridade, mestres da sabedoria, que se vestem de roupagem humilde para melhor servir aos objetivos que perseguem, o progresso da raça humana. 

Um livro interessante, onde acompanhamos a evolução histórica da mediunidade, com uma linguagem fácil e que nos prende a cada capítulo.

Abaixo um pequeno trecho inicial desta obra.

* * *
Quem realmente iniciou a era da mediunidade sobre a Terra não sabemos. Todavia, a época deve remontar aos primeiros habitantes do planeta.

Diante desse fato é impossível afirmar com segurança o quanto do progresso que já atingimos deriva exclusivamente das idéias dos encarnados, uma vez que somos todos, em maior ou menor grau, antenas vivas a captar pensamentos e a convertê-los em ações e obras.

A descoberta da roda, do fogo, da agricultura, dos milhares de instrumentos que auxiliaram o homem na sua faina diária de domar a natureza e de extrair dela a sua sobrevivência foi exclusivamente uma batalha dele ou teve a ajuda de outros já despidos da vestimenta carnal? [...]

A Terra não é habitada apenas por encarnados.

Visitam-nos e convivem conosco vasta população de desencarnados a interagir através de conselhos, ensinamentos, advertências, bênçãos, agressões, e mil maneiras outras de comunicação até mesmo desconhecidas por nós.

Nesse contexto aparentemente caótico em que vivemos, destacam-se regras simples enfatizadas pelo Espiritismo para uma vida mais saudável: nossas companhias espirituais são escolhidas pelo nosso pensamento e nossa casa tem os hóspedes que convidamos pelo nosso proceder.

Desconhecemos o número exato dessa população que não consta nos registros do censo nem tem por base os obituários.

A maneira natural de promover qualquer intercâmbio com essa parcela aparentemente inexistente é, como foi dito, o pensamento.

Se alguém procura uma conversa mais íntima com um habitante do mundo oculto pode recorrer à mediunidade como quem utiliza um telefone para dialogar; caso queira liberar-se de uma
companhia indesejável que o importune, deve recorrer à desobsessão. Tudo, naturalmente, dentro da moral e da ética cristã.

Kardec expôs tudo com clareza, sem mistérios ou iniciação obrigatória.

É verdade que toda essa fenomenologia já existia antes dele e dos seus mais remotos ancestrais.

Todavia, é igualmente verdade que ele codificou, sintetizou e retirou do espontaneísmo com o qual eram praticados, os fenômenos mediúnicos.



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