"Nós não somos seres humanos tendo uma experiência espiritual. Somos seres espirituais tendo uma experiência humana"

(Teillard de Chardin)

28 julho 2012

Seguir adiante



Amados!

Inúmeros são os que, ao se desfazerem das vestes físicas, permanecem perambulando entre dois mundos, que dirá pelas mesmas redondezas de outrora, querendo manter os mesmos costumes e afazeres, enraizados a seus supostos bens terrenos.

Ficam para trás por não virar a página da vida, pensando serem capazes de poder assim sustentar uma situação que só vive em suas mentes doentias. 

É certo que alguns passam muito tempo sem a real noção do que ocorreu, mas mesmo após a compreensão dos fatos, resistem e se negam a aceitar que seus corpos já não mais lhes servem e que devem seguir adiante, numa nova forma de vida.

Raro, pois, uma família que não carregue ao menos uma entidade a assombrar seus membros. 

Curioso muitas vezes é se aproximar e identificar que a entidade que fica às voltas com os "vivos" da casa buscando "ajudar" ou "interferir", embora pertença a mesma linhagem familiar, muitas vezes já deixou o corpo há tanto tempo que nem mais pertence àquele núcleo atualmente encarnado.

Menos raro, porém, é verificar que estas "assombrações" se demoram tanto tempo presas entre os dois mundos que acabam por ficar imantadas na infeliz realidade de alguns lares, onde a falta de amor e o desvio moral criam forças negativas tão devastadoras a ponto de escravizar estas almas nos dois planos.

Junte-se a nós, portanto, nesta luta por um Planeta de Luz! 

Trabalhamos sem descanso para que todas as almas sigam o seu caminho e reencontrem suas oportunidades de redenção, aprendizado e evolução.

Mantenham, pois, suas mentes abertas e seus corações elevados. 

Sintonizem seus pensamentos em situações construtivas e amem com desprendimento.

Em suas orações, mentalizem seus entes queridos nestas condições. 

Liberte-os e libertem-se. 

A vida deve seguir seu curso e quem se ama verdadeiramente nunca estará definitivamente afastado. 

Confiem em Deus.



Eu Sou Michael.


(Psicografado por: Cleber P. Campos)




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Não se combate o mal com o mal...


O médico não cura doenças injetando nos enfermos micróbios ou vírus letais.

O bombeiro não apaga labaredas com líquidos inflamáveis. Nem impõe barreiras às águas com materiais absorventes.

Somente a ignorância combate o mal com o mal.

Perante os milênios de história só registramos guerras sangrentas e quase todas originárias de retaliações.

Até mesmo entre os seguidores de Cristo perpetua esse clamoroso erro do revide em sua caminhada evolutiva.

Enquanto a humanidade não se conscientizar que o mal só se extingue com o bem, o sofrimento nunca se erradicará da Terra.

Quem segue o Bem por amor à Verdade e a Cristo, nunca revida ofensas, prejuízos e difamações.

Aconselhou o nosso Divino Mestre que perdoemos sempre e que retribuamos o mal com o bem.


(Miryã Kali/ MLucia)


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A inteligência é um atributo



A inteligência é um atributo do espírito.

Ela existe na alma desde seus primórdios, obedecendo a uma escala descendente, para depois ascender nesta mesma ordem, desabrochando todas as suas qualidades inerentes aos poderes do
espírito.

A faculdade de pensar e de raciocinar dos seres humanos foi o mesmo instinto do animal que desabrochou pela força dos evos e pelas bênçãos do Criador.

Esse mesmo instinto esteve antes na vida da árvore, como presença divina estabelecedora da harmonia vegetal.

E, descendo mais, vamos encontrá-la na pedra, coordenadora da sintonia atômica, na mais perfeita agregação de elementos, ramificada na inteligência divina.

Esse atributo do espírito, no anjo, livre dos embaraços terrenos, passa a chamar-se intuição, faculdade esta conhecida pelos santos e sábios.

É bom que meditemos sobre esta frase: “O homem começa a entrar na senda da felicidade, quando esquece o raciocínio”, por alcançar outro estágio desse atributo divino, no coração que ama, no amor dos anjos.

O espírito reencarna para despertar certas qualidades no centro da sua consciência. 

Preso na carne, as condições são mais favoráveis e, na mesma oportunidade, sensibiliza a matéria, que também tem sua ascensão marcada no progresso de todas as coisas criadas por Deus.

Não devemos ignorar as leis estabelecidas pelo Soberano Arquiteto do Universo, nem julgá-lo, quando não ocorre no nosso raciocínio o porquê das coisas. 

Ele nada fez nem faz errado. 

O Universo está em plena harmonia, desde a matéria primitiva, muito distante da ciência perceber, até os ninhos cósmicos, em viagens vertiginosas no espaço infinito da criação.

O espírito encarnado está muito longe de conhecer os dons que possui.

Todos os aparelhos descobertos pelos homens, de grande utilidade na Terra, são pálidas imagens dos tesouros espirituais, que dormem dentro destes mesmos homens. 

É por isso que sempre falamos que o corpo é um universo em miniatura e o espírito, um pequeno deus em ascensão, com todas as qualidades de perfeição em estado latente, como faculdades da alma.

A inteligência não é o espírito, é um dos seus atributos em expansão, sujeito a variadas metamorfoses, porém sempre ascendendo.

E é nesse ascender e crescer que a Doutrina dos Espíritos aparece nos nossos caminhos, nos propondo meios e facultando métodos mais racionais, no condicionamento da verdade, visando à nossa libertação.

Certamente que a inteligência só pode manifestar-se por meio dos órgãos materiais, mas, para os que estão na matéria; é lógico, de espírito para espírito, que a inteligência é patrimônio espiritual, manifestada por recursos que a alma alcançou.

O espírito encarnado somente pode demonstrar a sua inteligência pelos órgãos materiais, sensibilizados pela força vital, qual a eletricidade sensibiliza o aparelho de rádio e televisão, para se ouvir a transmissão e ver as imagens.

A vida é, pois, muito linda. Podemos chegar ao êxtase quando aprendemos a senti-la, porque Deus está em nós, esperando que acordemos para vê-lo, sensibilizando todos os nossos dons para ouvi-lo e entendê-lO, como Amor e Luz que nos dá a vida.




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23 julho 2012

A violência interior de todos nós



A violência do mundo se combate com as armas do bem apontadas em nossa própria direção.

A palavra violência exprime todo pensamento, complementado ou não por palavras e ações, que exteriorize um sentimento contrário à lei do amor e da caridade.

No mundo atual acompanhamos muitas vezes com o requinte de detalhes, as notícias e reportagens sobre os atos mais violentos da humanidade. 

Esse contato diário com os atos extremados do ser humano torna as pessoas mais insensíveis, levando-as a desconsiderar suas pequenas atitudes de violência, esquecendo de colocá-las no rol daquelas que devem sofrer o esforço de transformação no trabalho constante de auto-aprimoramento.

A propensão à violência é característica dos Espíritos vinculados ao planeta Terra, variando apenas quanto a intensidade e aos estímulos necessários para desencadear a ação violenta.

Daí o "não julgueis", induzindo-nos pelo raciocínio, a buscarmos maior prudência ao julgar o próximo, porque não sabemos se guardamos em nosso íntimo o mesmo grau de violência que condenamos, esperando apenas as condições propícias para despertar.

Segundo o Espírito Verdade (perg. 785), o maior obstáculo ao progresso moral é o orgulho e o egoísmo. Ambos caracterizam o sentimento ainda muito imperfeito que aliado à ignorância das leis naturais e seus mecanismos de atuação, originam as ações contrárias a essas mesmas leis constituindo a violência. 
Essa ignorância, no entanto, não nos exime de culpa e responsabilidade pelos nossos atos uma vez que a lei de Deus está escrita na consciência de cada um (perg. 621), permitindo ao homem discernir sobre o bem e o mal. 
As imprudências cometidas sem intenção negativa ou consciência perfeita da situação estariam livres de culpa (perg. 954), embora o Espírito mais adiantado se sinta naturalmente compelido a auxiliar àqueles envolvidos pela sua imprudência. 
(Consultar "O Livro dos Espíritos ")

Devemos combater a nossa violência interior em todas as suas formas e intensidades, porque, com ela e através da Lei de Sintonia contribuímos para a sua manutenção entre nós.

Muitas vezes achamos que não fazemos mal a ninguém (pelo menos diretamente), apesar de fazermos mal a nós próprios diariamente, agredindo nosso corpo com fumo, bebidas, remédios e alimentos inadequados ou exagerados, agredindo nosso campo emocional e psíquico com impaciência, irritação e pensamentos infelizes.

Parece lógico supor que os pequenos atos de violência sejam mais fáceis de eliminar e que o conjunto desses atos favorecem perigosamente o aumento gradativo da tendência de agir com violência.

Logo, convém priorizar a eliminação das pequenas atitudes inconvenientes, bem como evitar que elas se transformem em hábitos, o que dificultaria sua constatação e eliminação pelo seu portador.

O conhecimento espírita oferece diversas medidas preventivas imprescindíveis para evitar que o sofrimento surja em conseqüência da lei de ação e reação.

Eis alguns deles: fixar objetivos de aperfeiçoamento moral, conhecer melhor a si mesmo, enriquecer dia-a-dia o seu conhecimento espiritual, estimular continuamente o bem interior, trabalhar pelo seu auto-aprimoramento, fazer o bem, evitar o mal, orar.

Estando a evolução do homem subordinada ao relacionamento com outros seres, pode-se concluir que os atos de violência surgem do conflito entre pessoas. 

O remédio auxiliar para prevenir conflitos maiores é a busca da compreensão pela prática da empatia, procurando sentir o que sentiria se estivesse na situação e circunstâncias experimentadas por outra pessoa.

Este exercício proporciona ótimos resultados, mas requer muita boa vontade para desempenhar o papel de advogado de defesa, inclusive especulando sobre os possíveis componentes espirituais que possam estar influenciando o contexto analisado.

A consciência das dificuldades do processo de melhoria interior não deve ser causa de desânimo e sim de desafio a ser vencido.

O fato de se possuir algum conhecimento das leis naturais não assegura a ninguém manter um comportamento equilibrado.

É preciso entender, aceitar, enfrentar situações difíceis utilizando o conhecimento, para reavaliar os resultados num ciclo que se repete indefinidamente. No início nem nos lembramos do conhecimento ao começarmos uma ação violenta, mas temos a chance de identificá-lo e analisá-lo depois.

A prática dessa conduta leva a um estágio mais adiantado, em que a exata consciência de estar procedendo mal surge no meio da ação, possibilitando algum reparo antes de sua finalização.

O estágio seguinte permite detectar a tendência para agir negativamente antes de tomar qualquer atitude. No último estágio conseguimos responder automaticamente com boas ações e pensamentos, aos estímulos recebidos.

Existe a influência das ondas de pensamentos com as quais nos sintonizamos segundo o princípio que o semelhante atrai o semelhante, fortalecendo os pensamentos e sentimentos próprios da faixa vibratória em que nos situamos.

O Espiritismo oferece os meios para aceleração do sistema natural de evolução, exigindo, porém, vontade firme, melhoria contínua do conhecimento e prática incessante do bem. Ao absorver e procurar adotar o conhecimento espírita, o homem acerta as bases racionais do seu intelecto facilitando o trabalho de transformação dos seus impulsos emotivos inferiores.

O exame de consciência periódico é instrumento útil, não só de identificação dos erros cometidos, mas também como registro dos acertos e sucessos obtidos visando alimentar a motivação necessária para a continuidade da tarefa de melhoria interior.

Tudo isso o homem pode fazer com o governo consciente de sua vida.

Nada melhor do que poder conduzir com segurança a própria trajetória rumo à realização plena.

É hora de agradecer a oportunidade e trabalhar pela própria felicidade.



(Ivan René Franzolim - in “Violências, Pena de Morte e outros Dramas”)





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21 julho 2012

Dica de filme: “Como Estrelas na Terra - Toda Criança é Especial”


Uma bela e comovente história sobre uma criança, Ishaan Awasthi, de 9 anos, que sofre com dislexia e custa a ser compreendida.

Um professor substituto de Artes entra em cena e logo percebe que algo de errado estava pairando sobre Ishaan. Não demorou para que o diagnóstico de dislexia ficasse claro para ele, o que o leva a por em prática um ambicioso plano para resgatar aquele garoto, que havia perdido sua réstia de luz e a vontade de viver.

O filme é traz uma mensagem sobre o verdadeiro papel do educador/professor e sobre a importância do respeito às diferenças.

Título original: Taare Zameen Par – Every Child is Special

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Apressando a vida



O avião em que viajo finalmente pousa.

Cautelosa, espero que a aeronave pare totalmente para relaxar por saber que cheguei sã e salva.

Estou sentada numa poltrona do corredor e prefiro esperar as portas se abrirem para levantar. Não consigo: sou atropelada por um senhor, com terno de corte fino, que estava sentado ao lado da janela e tem pressa.

Ele nem sequer pede licença para passar ou espera que eu me levante: simplesmente passa por cima de minhas pernas.

Aguardo um pouco e, quando a fila caminha em direção à saída, tento sair. Dura empreitada essa: ninguém está disposto a dar passagem porque isso significa chegar atrás, mais tarde. Segundos apenas, mas mais tarde. Encontro-me com quase todos os companheiros de viagem no ônibus que nos leva até o saguão do aeroporto e enfrento a mesma dificuldade para dele descer e chegar à esteira onde pegarei minha bagagem.

Estão lá, os apressados, e vão esperar comigo a mala chegar.

A pressa tomou conta de nossas vidas.

Corremos desde que acordamos. O banho é rápido - além de tudo, é preciso economizar água e energia -, o café da manhã é tomado com a leitura do jornal ou outra atividade qualquer, os filhos são empurrados para o carro e, com toda a velocidade, enfrentamos o trânsito emperrado para chegar ao nosso destino.

É no trânsito, principalmente, que constatamos a pressa de quase todos: é difícil sair da garagem, já que poucos se dispõem a esperar alguns segundos para dar passagem. Passar de uma pista para outra é tarefa para piloto de Fórmula 1: poucos deixam ser ultrapassados.

As crianças percebem desde cedo a nossa correria e a adotam.

Quando bebês, os primeiros passos são dados apressadamente para garantir um equilíbrio ainda em desenvolvimento. Daí em diante, é difícil ver crianças andando: correm sem motivo nenhum. E nós, em nossa pressa, achamos natural que corram dentro de casa, na escola, onde as levamos.

Incentivamos a corrida sem fim dos mais novos: queremos que aprendam tudo rapidamente e cedo, de preferência sem exigir muito de nossa parte para que não atrapalhem a nossa própria corrida.

É no futuro deles que pensamos?

A justificativa que assumimos foi essa. Mas, pensando bem, ela pode ser uma desculpa que construímos para adequar o papel educativo ao estilo de vida corrido que adotamos. Afinal, estimulando e empurrando os mais novos para essa corrida, tantas vezes desrespeitamos etapas de suas vidas, ritmos pessoais etc.

Aonde precisamos chegar com tanta pressa?

Ao pensar nessas questões, ocorre-me o personagem do filme "Forrest Gump", que, em determinado momento de sua vida, decide correr. Ele simplesmente corre: sem motivo, sem destino.

Para que não façamos o mesmo, precisamos nos perguntar diariamente: "Por que estou correndo? Será que poderia realizar a mesma coisa com mais calma e melhor?".

Desse modo, certamente poderíamos diminuir nosso alto grau de estresse, dedicar mais tempo aos filhos e, assim, ter uma vida melhor com e para eles.


(Rosely Sayão)




20 julho 2012


Não quero olhar para trás, lá na frente, e descobrir quilômetros de terreno baldio que eu não soube cultivar. 
Calhamaços de páginas em branco à espera de uma história que se parecesse comigo. 
Não quero perceber que, embora desejasse grande, amei pequeno.

(Ana Jácomo)

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Canção do Mar - Dulce Pontes

Canção belíssima...
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18 julho 2012

A equação de cada um...



Temos conosco, cada qual com a sua marca, uma equação existencial para ser solucionada em algum momento da vida.
Todos nós sabemos que, mais cedo ou mais tarde, esse momento vai chegar, mesmo que não tenhamos uma lembrança consciente dos compromissos que assumimos antes de reencarnar.
É para isso que servem as existências e é também por isso que nos matriculamos na escola da vida.


(Extraído do livro "Espíritos nas Escolas", de Dalmo Duque dos Santos, Editora do Conhecimento)


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Fila Indiana


Os homens caminham pela face da Terra em fila indiana.

Cada um carregando uma sacola na frente e outra atrás.

Na sacola da frente, nós colocamos as nossas qualidades.

Na sacola de trás guardamos os nossos defeitos.

Por isso durante a jornada pela vida, mantemos os olhos fixos nas virtudes que possuímos, presas em nosso peito.

Ao mesmo tempo, reparamos impiedosamente nas costas do companheiro que está adiante, todos os defeitos que ele possui.

E nos julgamos melhores que ele, sem perceber que a pessoa andando atrás de nós, está pensando a mesma coisa a nosso respeito...

(Gilberto de Nucci)

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15 julho 2012

Dica de livro: “Nunca partimos”, de Shyrlene Soares Campos/Espíritos diversos/Luiz Ricardo Jardim Guabiroba


Emocionante...

Esta é a primeira palavra que me vem à mente ao escrever sobre este livro.

Um livro que veio até mim ao acaso. Um acaso que sei que na realidade não existe...

Além de ser uma coletânea de psicografias da médium Shyrlene Soares Campos, médium que atua em Uberlândia-MG, o livro também nos mostra um pouco da vida dos Espíritos comunicantes quando ainda no seio familiar, dando a eles um rosto, uma voz e tentando explicar, segundo a Espiritualidade, o modo como ocorreu o seu desencarne.

Assim viajamos no tempo e acompanhamos um pouco daqueles que, através da benção da comunicação espiritual, confirmam que a vida continua depois da morte.

São histórias de pessoas comuns, mas com a grandiosidade que cada um de nós traz, ao tentar saldar nossas dívidas espirituais em cada vida que vivemos.

Leitura recomendadíssima.


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14 julho 2012

Cuidado com a memória de sua casa


O padrão vibratório de uma casa tem relação direta com a energia e o estado de espírito de seus moradores. 

Tudo o que pensamos e fazemos, as escolhas, os sentimentos, sejam bons ou ruins, são energias. O resultado reflete nos ambientes, pessoas e situações.

O corpo é nossa primeira morada e nossa casa, sua extensão.

É ela que nos acolhe, protege e guarda nossa história. Da mesma forma que limpamos, nutrimos e cuidamos da vibração de nosso corpo, devemos estender esses cuidados e carinhos ao lar.

Mais que escolher o imóvel e enfeitá-lo com móveis e objetos - muitas vezes guiados apenas por modismos ou pura praticidade -, a elaboração da atmosfera de um ambiente é importante porque reflete a personalidade de seu dono, dando pistas sobre seus gostos, estilo de vida, história e sonhos.

Há quem acredite que, colocando cristais, sinos de vento, fontes, espelhos, instrumentos do feng  shui, é possível atrair bons fluídos e equilíbrio para dentro de casa. Mas, é muito pouco, pois a personalidade de um ambiente vai além. Ela é conseguida dia após dia, não apenas com técnicas, mas com pequenos atos de carinho e com muita energia boa.

Além de atrair bons fluídos para nosso lar, temos todas as condições de criá-los no interior do próprio ambiente. O conjunto de pensamentos, sentimentos, estado de espírito, condições físicas, anseios e intenções dos moradores fica impregnado no ambiente, criando o que se chama de egrégora.

Você, com certeza, já esteve em uma residência ou ambiente onde sentiu um profundo bem-estar e sensação de acolhimento, independe da beleza, luxo ou qualquer outro fator externo. Essa atmosfera gostosa, sem dúvida, era dada principalmente pelo estado de espírito positivo de seus moradores.

Infelizmente, hoje em dia, é muito mais corriqueiro entrarmos em ambientes que nos oprimem ou nos dão a sensação de falta de paz e, às vezes, até de sujeira, mesmo que a casa esteja limpa. A vontade é ir embora rapidamente, ainda que sejamos bem tratados.

O que poucos sabem é que as paredes, objetos e a atmosfera da casa têm memória e registram as energias de todos os acontecimentos e do estado de espírito de seus moradores. 


Por isso, quando pensar na saúde energética de sua casa, tome a iniciativa básica e vital de impregnar sua atmosfera apenas com bons pensamentos e muita fé. Evite brigas e discussões desnecessárias.

Observe seu tom de voz: nada de gritos e formas agressivas de expressão. Não bata portas e tente assumir gestos harmoniosos, cuidando de seus objetos e entes queridos com carinho.Não pense mal dos outros. Pragas, nem pensar!

Selecione muito bem as pessoas que vão frequentar sua casa. Festas, brindes e comemorações alegres são bem-vindas porque trazem alegria e muita energia, mas cuidado com os excessos. Nada de bebedeiras e muito menos uso de drogas, que atraem más energias.

Se você nutre uma mágoa profunda ou mesmo um ódio forte por alguém, procure ajuda para limpar essas energias densas de seu coração. Lembre-se que sua casa também pode estar contaminada.

Aprenda a fazer escolhas e determine o que quer para sua vida e ambiente onde mora. Alegria, amor, paz, prosperidade, saúde, amizades, beleza já estão bons para começar, não é mesmo?

Reflita sobre como você vive em sua casa, no que pensa, como anda seu humor e reclamações do seu dia-a-dia. Tudo isto interfere no seu astral.


(Franco Guizzetti)





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13 julho 2012


A coisa mais bela que o homem pode experimentar é o mistério.
É esta a emoção fundamental que está na raiz de toda ciência e arte.
O homem que desconhece esse encanto, incapaz de sentir admiração e estupefação, esse já está, por assim dizer, morto e tem os olhos extintos.

(Albert Einstein)

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A Thousand Miles - Vanessa Carlton

Seis escritores consagrados que não enxergavam direito


1) Homero

O autor grego dos poemas épicos Ilíada e Odisseia é muito controverso. Nem mesmo o século de seu nascimento é muito preciso. 

O século 8 a.C. é conhecido como a “data de Homero”, a época em que supostamente os poemas foram escritos. Isso significaria que Homero viveu 4 séculos após a Guerra de Troia, que ele narra com tantos detalhes na Ilíada. Confuso?

Se não sabemos sequer quando e onde nasceu (ou mesmo SE nasceu – existem teóricos que duvidam de sua existência), como saber se ele era cego? 

O que temos são teorias, mas mesmo assim ele não poderia faltar nessa lista. 

O nome Homero deriva de “homerus”, que significa “refém”, palavra muitas vezes usada como sinônimo para “cego” em grego. Ainda que existam documentos se referindo ao autor como “bardo cego”, pode ser que seu nome também significasse “aquele que guia os que não veem”, através da poesia. 

Esperamos a criação de uma máquina do tempo e/ou o Doctor Who para confirmar o que se diz sobre o escritor.


2) Luís de Camões

Nascido em 1524 em Portugal, Camões, um dos grandes poetas da Língua Portuguesa, perdeu um dos olhos em um campo de batalha na África. 

Felizmente, isso não impediu o escritor de escrever “Os Lusíadas”, epopeia nacionalista que conta a história do descobrimento da rota marítma para a Índia por Vasco da Gama. 

Publicada em 1572, a obra foi escrita durante algumas viagens do autor pelo Oriente – conta-se, inclusive, que Camões naufragou em uma jornada de volta a Goa e que os únicos sobreviventes do desastre foram o poeta e o manuscrito de sua obra-prima.

Ainda que não tivesse uma visão perfeita (a percepção da profundidade é mais prejudicada pela falta de um olho), Camões não deixou de viver loucamente: foi preso várias vezes, lutou em diversas batalhas ao redor do mundo, amou mulheres que o rejeitaram e, no fim, voltou a Portugal – mas não como heroi. 

Faleceu em 1580 com pouco dinheiro no bolso e sem o devido reconhecimento por sua obra.


3) John Milton

O poeta, nascido em 1608, ditou o épico “O Paraíso Perdido” da prisão, entre 1658 e 1664 e publicou-o em 1667. 

O autor foi preso por apoiar Oliver Cromwell durante o curto período republicano da Inglaterra e teria ficado cego enquanto cumpria sua pena, vítima de glaucoma.

“O Paraíso Perdido” conta a história da criação de Adão e Eva, a queda de Lúcifer e a sua expulsão do paraíso. A obra mistura paganismo, mitologia clássica e cristianismo no mesmo caldeirão. 

Em 1771, Milton publicou uma sequência do poema: “O Paraíso Recuperado”, que conta a história de Jesus. 

O poeta ficou consagrado por escrever em “versos brancos”, que possuem métrica, mas não rimam.


4) James Joyce

Nascido em 1882, o escritor irlandês é considerado um dos autores mais influentes do século XX. 

Entre seus trabalhos mais famosos estão “Dublinenses”, “Ulisses” e “Finnegans Wake”, sendo o último a sua obra mais experimental (e díficil de entender). 

Joyce sofreu com vários problemas nos olhos e teve que se submeter a diversas cirurgias, sem conseguir jamais recuperar totalmente sua visão. Sylvia Beach, editora de algumas das obras do escritor, conta em seu livro “Shakespeare and Company” que as provas gráficas de Ulisses eram aumentadas diversas vezes para que o escritor pudesse revisá-las. 

Para escrever “Finnegan’s Wake”, Joyce contou com a ajuda de diversos assistentes que escreviam o que ele ditava. Um deles era o dramaturgo e novelista Samuel Beckett (mais conhecido pela peça “Esperando Godot”).


5) Aldous Huxley

Autor de “Admirável Mundo Novo”, Huxley teve uma doença chamada queratite pontuada que o deixou praticamente cego em 1911, quando tinha 17 anos. A limitação da visão impediu o inglês de servir o exército durante a Primeira Guerra Mundial.

Alguns acreditam que essa quase completa cegueira que durou quase três anos foi o que salvou o autor dos horrores da guerra e possiblitou que ele se tornasse um professor na universidade de Oxford. Sua visão foi melhorando com o tempo – em 1940, ele precisava apenas de lentes de aumento para ler. 

Huxley publicou seu primeiro livro aos 20 anos e “Admirável Mundo Novo” aos 38, antes de se mudar para os Estados Unidos em 1937.


6) Jorge Luis Borges

Um dos grandes romancistas e ensaístas argentinos do século XX –talvez o maior deles – sofreu com uma cegueira hereditária progressiva que o deixou completamente cego em 1955 quando Borges tinha 56 anos. 

A falta de visão não impediu o autor de “Ficções” e “O Aleph” de continuar produzindo, inclusive ironizando sobre sua própria limitação.

Teimoso, Borges nunca aprendeu Braille. Assim que sua visão o tornou mais dependente, mudou-se para a casa da mãe, que atuou como sua assistente pessoal até morrer, aos 99 anos, em 1975. 

Depois da morte dela, Borges viajou muito pelo mundo na companhia da secretária com a qual casaria em 1986, no Paraguai, poucos meses antes de morrer de câncer no fígado.

Para vocês verem que quando se ama e temos prazer em realizar algo, não há obstáculo que nos tire do caminho.

Belos exemplos de força de vontade e persistência..

(Lívia Aguiar)

Fonte: Revista Superinteressante 



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Sempre haverá alguém...


Sempre haverá alguém, em algum lugar deste planeta azul, cujo coração sofre pela perda de um ente querido, a ter sua dor amenizada pelas cartas que nos vem do outro lado.
Mesmo quando não nos são endereçadas, elas são um testemunho vivo de a vida continua...


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Papai.

Recebi de Deus a bênção de poder estar aqui para escrever uma pequena mensagem a você.

Sei que a dor em seu peito é muito forte, que a saudade parece insuportável. Mas é preciso continuar!

Por você e por nós, que pela vontade de Deus, encontramo-nos agora no mundo espiritual.

Peço-lhe por tudo que há de mais sagrado, que pare de se culpar. 

Encare a situação com outros olhos. Foi a estrada que nos levou e não o fato de você estar dirigindo. Pense bem, o que você poderia ter feito melhor? nenhuma manobra sua nos livraria daquele acidente.

Como já disse, foi a estrada que nos levou. A estrada é apenas mais um dos instrumentos usados para cumprir os desígnios do Plano Superior.

Quero que saiba que já estou plenamente recuperada, tanto que estou aqui. Nossos amigos do plano espiritual me ajudaram e me trouxeram até aqui, pois todos nós entendemos que você precisa reerguer-se antes que seu desgosto afete sua saúde.

A mamãe ainda não está completamente adaptada, pois ainda escuta seus chamados e sente a sua dor.

A vovó Nair está cuidando dela, mas todos precisamos entender e aceitar a situação, para que possamos nos reencontrar um dia.

Você sempre foi um homem equilibrado e forte. Seja assim agora!

Não perca sua fé, pois se olhar em volta verá que tem muitas boas razões para prosseguir.

Estarei sempre por perto e tenha certeza que eu e a mamãe amamos muito você e o Leandro.

Beijos.

Com carinho,


Lídia.


(Psicografado por Cleber P. Campos)


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10 julho 2012

Corrigindo ditados populares...


Deus escreve direito por linhas tortas.

Deus escreve direito por linhas certas. São nossos olhos imperfeitos  que enxergam torto.


Quem dá aos pobres empresta a Deus.

Quem dá aos pobres paga o que deve a Deus. O homem é mais devedor do que credor  do Criador.


A voz do povo é a voz de Deus.

Foi a voz do povo que condenou Jesus à morte. A voz de um povo imperfeito nunca traduziu a vontade Divina.


Deus ajuda a quem cedo madruga

Ajuda também àqueles que não madrugam, pois há os que levantam cedo  para a  ociosidade e muitos que varam a noite em vigília, atendendo doentes e  necessitados e não conseguem madrugar.

(Miryã Kali/ MLucia)

                    


O radicalismo religioso


"O fanatismo é o procedimento, a qualidade e o caráter intolerante e cego do religioso.
Entusiasmado e apaixonado pelas idéias que aceitou, é incapaz de examinar qualquer pensamento, princípio, ou ideal que não estejam estritamente contidos na sua doutrina.
Sua vida de relação se faz extremamente difícil, em face da sua presunção de superioridade com referência a tudo que o cerca."

(Juvanir Borges de Souza)


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Texto completo abaixo que vale a pena conferir...


O radicalismo religioso

As religiões, entendidas como crenças na existência de seres superiores ou forças criadoras do Universo, e que devem ser adorados e obedecidos, criaram suas doutrinas, cada qual com seus preceitos ético-morais e reverências às coisas sagradas.

As religiões geram, em seus seguidores, sistemas de pensamentos que levam a posicionamentos filosóficos, éticos e metafísicos, influindo poderosamente na maneira individual e coletiva de agir.

Assim, quanto mais próximas estiverem as doutrinas religiosas da Verdade e da realidade, melhores serão suas influências sobre seus adeptos.

Hoje, à luz da Revelação Espírita, sabemos que todas as grandes religiões do mundo, desde as mais remotas eras, tiveram, em seus fundadores, os missionários encarregados de orientar e ajudar parcelas da Humanidade a progredir em conhecimentos e sentimentos.

Mas o auxílio do Alto nunca ultrapassou a capacidade de entendimento e absorção dos ensinos por parte daqueles aos quais era dirigido. Esse fato explica a linguagem figurada, sujeita a interpretações e estudos mais aprofundados a respeito dos textos religiosos antigos.

Moisés, Maomé, Buda, Lao-Tsé e todos os demais enviados por Jesus, o Cristo – Governador da Terra – utilizaram linguagem inteligível à época em que cumpriram suas missões.

Entretanto, transformadas as condições do mundo em que atuaram e deixaram suas mensagens e ensinos, pelo progresso natural, pelas modificações dos usos, costumes e leis humanas, pelos descobrimentos científicos e pela evolução geral do Planeta e de seus habitantes, é necessário que se interpretem os textos antigos dos livros sagrados das religiões em suas significações legítimas.

As interpretações literais de textos escritos há milênios, sem os cuidados naturais para se buscar a significação real, levam a enganos e erros como decorrências normais.

Há que se considerar também a evolução natural das línguas em que foram expressos os textos, entre as quais algumas estão extintas.

Outra dificuldade ocorrente é a das traduções dos textos originais para as línguas atuais, muito mais ricas que as antigas, nas quais um vocábulo tem hoje significações diversas. Daí a diversidade das traduções.

Essas considerações visam focalizar verdadeiros paradoxos que se observam no seio de determinadas religiões, os quais se tornam incompreensíveis ou inexplicáveis perante a finalidade visada pelos princípios religiosos, que é o da elevação dos sentimentos e dos conhecimentos da criatura humana.

Referimo-nos ao fanatismo, ao radicalismo e ao fundamentalismo que se observam em determinados movimentos religiosos, gerando consequências negativas e diversificadas no seio de grande parte da Humanidade.

O fanatismo é o procedimento, a qualidade e o caráter intolerante e cego do religioso.
Entusiasmado e apaixonado pelas ideias que aceitou, é incapaz de examinar qualquer pensamento, princípio, ou ideal que não estejam estritamente contidos na sua doutrina.
Sua vida de relação se faz extremamente difícil, em face da sua presunção de superioridade com referência a tudo que o cerca.

Próximo do fanatismo encontra-se o radicalismo daqueles cuja opinião ou comportamento os tornam inflexíveis, mesmo diante de evidências e provas contrárias ao ponto de vista que aceitaram.

Fanatismo e radicalismo são males que se enraízam nos movimentos religiosos, com graves prejuízos para os invigilantes que os aceitam e para aqueles que com eles se relacionam.

Aos prejuízos das interpretações literais do Velho e do Novo Testamentos somaram-se os equívocos das igrejas denominadas cristãs, com suas estruturas e hierarquias tradicionais, criando as organizações religiosas que se desviaram do Cristianismo autêntico, resultante dos ensinos do Cristo de Deus.

Os dogmas impróprios criados pelos diversos Concílios, desde os primeiros séculos do Cristianismo, desfiguraram a mensagem do Cristo de tal forma que se torna difícil identificá-la, na sua pureza, com as práticas e cultos exteriores das igrejas.

Não se ajustam os ensinos do Mestre Incomparável, resumidos por Ele mesmo no “amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”, com as ideias e as práticas resultantes da interpretação literal dos Evangelhos e do Velho Testamento.


A interpretação que se deu às palavras céu, inferno, anjos, demônios, penitência, dia do juízo e tantas outras constantes dos Evangelhos, na sua letra, sem se considerar que Jesus se dirigia a pessoas de parco entendimento e que sua linguagem tinha, tantas vezes, sentido figurado para ser entendida, levou as doutrinas católica e protestante a erros e enganos evidentes.

Céu e inferno, por exemplo, não podem ser considerados lugares determinados ao gozo eterno ou ao sofrimento eterno das almas, como entendem as igrejas, mas sim estados de alma, resultantes de seus pensamentos e ações no bem ou no mal.

Penitência não deve ter o sentido de simples castigo pelo mal feito, mas sim o de arrependimento, sem prejuízo da retificação necessária.

Anjos são Espíritos que já se encontram em avançados estágios evolutivos, mas que iniciaram sua trajetória como seres simples e ignorantes e não como criaturas especiais do Criador.

Demônios são Espíritos que se desviaram, comprazem-se no mal, mas que terão oportunidade de se redimir, dentro da lei de Deus, que é justa e equitativa para com toda a Criação.

O juízo não é um julgamento especial em um tempo indefinido dentro da eternidade, mas sim as consequências dos atos e pensamentos de cada ser pelo automatismo das leis divinas, às quais todas as criaturas estão sujeitas.

Essas noções retificadoras das doutrinas baseadas na literalidade das escrituras antigas foram trazidas pelo Consolador, prometido por Jesus, que sabia da necessidade futura do correto entendimento de seus ensinos, que se ajustam perfeitamente ao Amor, ao Poder e à Justiça de Deus.

A interpretação radical dos fundamentos, assim considerada a letra das escrituras, corresponde ao imobilismo de ideias superadas pelo progresso normal do mundo que habitamos, resultante de novos conhecimentos oriundos das ciências e novas revelações.

O fundamentalismo resultante da interpretação literal, quando se junta à força do poder temporário, conduz povos, raças e nações à violência e às guerras, como ocorreu no passado e ainda acontece no presente.
Fundamentalismo tornou-se sinônimo de radicalismo. 

Suas consequências são incompatíveis com os objetivos das religiões, que visam o progresso moral e intelectual do homem, na busca da felicidade das criaturas de Deus.

O fundamentalismo não ficou adstrito a determinados movimentos religiosos denominados cristãos.

Fenômeno semelhante ocorre no movimento islâmico, com base na interpretação literal e radical de seu livro sagrado. Como o Alcorão foi escrito no século VII da Era Cristã, quando o mundo era ainda muito mais atrasado que na atualidade, torna-se evidente a necessidade do ajustamento de suas normas e regras às novas condições de conhecimentos e de sentimentos alcançados pelo gênero humano, que conduzem ao Bem.

Também no islamismo ou em qualquer outro movimento religioso não se justificam os fundamentos interpretados literalmente.

Devem ser considerados os mandamentos, a letra, à luz da razão, da justiça e do entendimento superior, sem o que os resultados interpretativos levam a verdadeiros absurdos, como é exemplo a condição da mulher, colocada em posição de inferioridade injustificada, atendendo a costumes de um passado superado.

Apesar do progresso alcançado pela Humanidade, em pleno século XXI subsistem tendências relativistas, utilitaristas e subjetivistas difundidas nas sociedades atuais, com pretensões de legitimidade social, cultural e religiosa.

O Espiritismo, a Terceira Revelação nos tempos modernos, oriundo da Espiritualidade superior, vem mostrar, aos homens que despertam, a realidade da vida e sua continuidade infinita, procurando retificar tendências e erros provenientes do passado milenar.

Não se justifica o relativismo diante da lei moral superior do Amor, que provém do Criador do Universo e foi ensinada pelo Cristo.

O fundamentalismo, o utilitarismo, o subjetivismo e o materialismo são desvios perigosos de vivência e de interpretações infelizes, com consequências sérias para quem os aceita, contra os quais estão sempre presentes a mensagem do Cristo e a Doutrina Consoladora por Ele prometida e enviada.

Não é fácil para os que se encontram reencarnados em um mundo material como a Terra, com inúmeras obrigações perante a vida física, lembrarem-se permanentemente de que são, antes de tudo, seres espirituais em trânsito por este mundo.

Essa é a condição de toda a população terrena: Espíritos eternos, ligados a corpos materiais perecíveis, em busca do aperfeiçoamento.

As religiões auxiliam esse entendimento lembrando-nos do que somos em essência.

Mas as religiões não dispõem de todo o conhecimento, estando sujeitas a desvios, como os fatos o comprovam. 

Daí o auxílio do Alto, que se manifestou em todas as épocas, através de emissários e missionários do Cristo, com o objetivo de esclarecer parcelas da Humanidade e anular as influências inferiores.

A vida em mundos de expiações e provas, como o nosso, apresenta as dificuldades naturais do campo material, reclamando esforço de aprendizagem, trabalho e dedicação, na vasta lavoura terrena, além dos serviços necessários à aquisição dos valores espirituais que representam o verdadeiro progresso da alma. [...]

É nessa esfera de provas e expiações que os espíritas, pequena minoria da população global, são chamados a atuar numa tarefa ingente, difícil, mas não impossível.

É a luta por um ideal superior na difusão da Verdade para toda a Humanidade.

Se o progresso é lei divina para todas as criaturas, o conhecimento de nós mesmos impõe-nos deveres diversos, inclusive o de auxiliar nossos semelhantes.

(Juvanir Borges de Souza)

Fonte: O Reformador- mar/2010





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