"Nós não somos seres humanos tendo uma experiência espiritual. Somos seres espirituais tendo uma experiência humana"

(Teillard de Chardin)

31 outubro 2014

A honra também se ensina


É comum, em nossos dias, ouvirmos reclamações por parte de pessoas que se sentiram desrespeitadas em seus direitos.

É o médico que marca uma hora com o paciente e o deixa esperando por longo tempo, sem dar satisfação.

É o advogado que assume uma causa e depois não lhe dá o encaminhamento necessário, deixando o cliente em situação difícil.

É o contador que se compromete perante a empresa em providenciar todos os documentos exigidos por lei e, passados alguns meses, a empresa é autuada por irregularidades que este diz desconhecer.

É o engenheiro que toma a responsabilidade de uma obra, que mais tarde começa a ruir, sem que este assuma a parte que lhe diz respeito.

É o político que promete mundos e fundos e, depois de eleito, ignora a palavra empenhada juntos aos seus eleitores.

Esses e outros tantos casos acontecem com freqüência nos dias atuais.

É natural que as pessoas envolvidas em tais situações, exponham a sua indignação junto à sociedade, e reclamem os seus direitos perante a justiça.

Todavia, vale a pena refletirmos um pouco sobre a origem dessa falta de honradez por parte de alguns cidadãos.

Temos de convir que todos eles passaram pela infância e, em tese, podemos dizer que não receberam as primeiras lições de honra como deveriam.

Quando os filhos são pequenos, não damos a devida atenção às suas más inclinações ou, o que é pior, as incentivamos com o próprio exemplo.

Se nosso filho desrespeita os horários estabelecidos, não costumamos cobrar dele uma mudança de comportamento.

Se prometem alguma coisa e não cumprem, não lhes falamos sobre a importância da palavra de honra.

Assim, a palavra empenhada não é cumprida, e nós não fazemos nada para que seja.

Ademais, há pais que são os próprios exemplos de desonra. 

Prometem e não cumprem. Dizem que vão fazer e não fazem. 

Falam, mas a sua palavra não tem o peso que deveria.

É importante que pensemos a respeito das causas antes de reclamar dos efeitos.

É imprescindível que passemos aos filhos lições de honradez.

Ensinar aos meninos que as irmãs dos outros devem ser respeitadas tanto quando suas próprias irmãs.

Que a palavra sempre deve ser honrada por aquele que a empenha.

Ensinar o respeito aos semelhantes, não os fazendo esperar horas e horas para só depois atender como que estivéssemos fazendo um grande favor.

Enfim, ensinar-lhes a fazer aos outros o que gostariam que os outros lhes fizessem, conforme orientou Jesus.

Não há efeito sem causa. Todo efeito negativo, tem uma causa igualmente negativa.

Por essa razão, antes de reclamar dos efeitos, devemos pensar se não estamos contribuindo com as causas, direta ou indiretamente.

Pensemos nisso!


(Momento Espírita)






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Halloween - e por que não?







 














Voltando a ser criança com minhas crianças...

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Dica de livro: "O Primeiro Telefonema do Céu", de Mitch Albom


Como você se sentiria se um dia recebesse uma ligação de alguém que ama muito e que já se foi?

*

Sinopse:

Numa sexta-feira comum, o telefone de Tess Rafferty toca.
É sua mãe, Ruth, que morreu quatro anos antes.
Em seguida, Jack Sellers e Katherine Yellin recebem ligações semelhantes, do filho e da irmã, também já falecidos.
Nas semanas seguintes, outros habitantes de Coldwater afirmam que estão em contato direto com o além, e que seus interlocutores lhes pediram para espalhar a boa-nova ao maior número possível de pessoas.
A mensagem é simples: o céu existe, e é um lugar onde todos são iguais.
Em pouco tempo, correspondentes de diversos meios de comunicação aportam na cidade para transmitir os desdobramentos do fenômeno que pode ser o maior milagre da atualidade.
Visitantes do país inteiro começam a surgir, as vendas de telefone disparam e as igrejas se enchem de fiéis.
Apenas uma pessoa desconfia da história: Sully Harding, ex-piloto das Forças Armadas.
Após quase morrer num desastre aéreo, perder a mulher e cumprir pena por um crime que não cometeu, ele não acredita num mundo melhor, muito menos após a morte.
E quando seu filho pequeno começa a esperar uma ligação da mãe morta, ele decide provar que estão todos sendo enganados

*

O primeiro telefonema do céu é uma história de mistério e, ao mesmo tempo, uma reflexão sobre o poder da conexão humana.
Em uma narrativa que vai tocar sua alma, Mitch Albom prova mais uma vez por que é um dos autores mais queridos da atualidade.

Editora Arqueiro.


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Pra ler todo dia...



Amém.





29 outubro 2014



Confia no teu coração se os mares pegarem fogo.
E viva pelo amor, mesmo que as estrelas caminhem em direção oposta.

(A Morte e Vida de Charlie)



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Depende de nós - Turma do balão mágico



Chorei...


Chorei pelas gentes perdidas de loucura e orgulho. 
Depois por minhas visões, por meus gestos.
E, finalmente, por nós dois.

(Cecília Meireles)



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Pra ler com os olhos da Alma...


Quando o sangue das tuas veias regressar ao mar
e a rocha dos teus ossos regressar ao solo,
talvez então te lembres que esta terra não te pertence,
e és tu que pertence a esta terra.

(Provérbio Nativo Americano)



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Tempo Certo


De uma coisa podemos ter certeza:
de nada adianta querer apressar as coisas;
tudo vem ao seu tempo,
dentro do prazo que lhe foi previsto.
Mas a natureza humana não é muito paciente.
Temos pressa em tudo e aí acontecem
os atropelos do destino,
aquela situação que você mesmo provoca,
por pura ansiedade de não aguardar o tempo certo. Mas alguém poderia dizer:
Qual é esse tempo certo?

Bom, basta observar os sinais.
Quando alguma coisa está para acontecer
ou chegar até sua vida,
pequenas manifestações do cotidiano
enviarão sinais indicando o caminho certo.
Pode ser a palavra de um amigo,
um texto lido, uma observação qualquer.
Mas, com certeza, o sincronismo se encarregará
de colocar você no lugar certo,
na hora certa, no momento certo,
diante da situação ou da pessoa certa.

Basta você acreditar que nada acontece por acaso.
Talvez seja por isso que você esteja
agora lendo estas linhas.
Tente observar melhor o que está a sua volta.
Com certeza alguns desses sinais
já estão por perto e você nem os notou ainda.
Lembre-se, que o universo sempre
conspira a seu favor quando você possui um
objetivo claro e uma disponibilidade de crescimento.


(Paulo Coelho)



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Simples assim...


Porque meia-dúzia de gafanhotos sob uma samambaia faz o campo tinir com seu inoportuno zumbido, ao passo que milhares de cabeças de gado repousando à sombra do carvalho inglês ruminam em silêncio, por favor, não vá imaginar que aqueles que fazem barulho são os únicos habitantes do campo; ou que logicamente são maiores em número; ou, ainda, que signifiquem mais do que um pequeno grupo de insetos efêmeros, secos, magros, saltitantes, espalhafatosos e inoportunos.


(Edmund Burke)




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23 outubro 2014

Os semelhantes se atraem, inclusive no voto...


Eu voto em pessoas, não em pesquisas. Elas não afetam minhas decisões. 
Verifico propostas e currículo político.
Mas observo, infelizmente, que o mal está ainda tão enraizado neste país, nas instituições em geral, que levaremos no mínimo 30 anos para limpar toda esta sujeira que o contaminou.
Seguirei o que aprendi com minha mãe e ensinei a meus filhos: que roubar e mentir são coisas erradas.
Quem escolhe conviver com ladrões e mentirosos se assemelha a eles.

Simples assim...


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Aos corações sem esperança...



Eu desejo que você consiga perceber a sua força, por causa e apesar de.
Que saiba que é grandioso demais para achar que não é, mas que, às vezes, têm limitações que precisam ser trabalhadas.
Eu desejo que você, antes de me contar seus defeitos, que fale para se escutar sobre as suas qualidades, as essenciais, porque o material não te faz mais bonito ou menos interessante, seu coração é a sua nobreza.
Eu desejo que no mundo haja mais pessoas com a sua generosidade, mas que sua percepção disso seja convertida para o seu bem também.
Desejo que você não apenas ajude, mas aprenda a pedir ajuda: se humildando na sua capacidade de dar e se permitindo receber o que é justo.
Desejo que, no auge do seu cansaço, você não fuja, que simplesmente consiga chorar por um profundo respeito a si mesmo.
E que deixe que o Universo te afague, que a Vida te acaricie, que um Poder Superior te ouça e dê o colo que você precisa.
Eu desejo que você possa dormir quando sentir sono.
E que possa acordar com a boa notícia que espera. 
Porque você merece comemorar mais uma vitória.
Você merece sorrir com seu coração.


(Marla de Queiroz)



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21 outubro 2014

O político corrupto e a Espiritualidade...



"Eu continuo sendo apenas um palhaço, o que já me coloca em nível bem mais elevado do que qualquer político".
(Charles Chaplin)

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Devedores que somos diante das leis naturais, temos no livre-arbítrio a liberdade das escolhas, sejam elas boas ou más. 

Portanto, nós mesmos dirigimos as nossas vidas conforme o que decidimos sem a interferência de tais leis.

No entanto, através das sucessivas reencarnações do espírito, a mente de traço perverso, faz da trajetória vital uma oportunidade de praticar a violência implícita ou explícita. 

E o poder é o meio ideal para a prática de atos ilícitos que favoreçam a si mesmo ou a terceiros.

A política observada como poder, revela em seus bastidores uma gama muito variada de corruptos que não têm o menor escrúpulo na criação de esquemas que desviam a verba pública para a satisfação de interesses particulares ou de pequeno, médio e grande grupo de pessoas.

À medida que o indivíduo corrupto sente satisfação na sua prática, a corrupção torna-se um vício onde os atos ilícitos repetem-se de uma forma obsessivo-compulsiva.

A política atual, herança do poder conquistado a sangue, ferro e fogo, nas violentas batalhas campais da Idade Média, é reflexo de um passado selvagem, onde a honra, a justiça e a verdade eram valores manipulados pelos vitoriosos que estabeleciam as suas "regras" sobre os derrotados.

Quantos destes políticos corruptos que hoje desfilam no cenário político, são "velhos conhecidos" uns dos outros? 

Quantas oportunidades reencarnatórias eles tiveram para regenerarem-se, no entanto, reincidiram diversas vezes no mesmo erro?

Geralmente, o "corrupto de carteirinha" não constrói o seu currículo em uma única vivência. 

Essa experiência ele traz de outras vidas onde exerceu o mando e praticou formas de violência que prejudicaram pessoas.

O ciclo reencarnatório do indivíduo corrupto, do estelionatário e de outros comportamentos doentios, onde a perversidade está presente, representa para a maioria destes indivíduos, o aprisionamento em si mesmo, ou seja, o envolvimento na energia da obsessão que cega e condiciona o livre-arbítrio.

A sedução e a tentação são características humanas associadas ao poder. 

Quando o espírito encarnado traz em sua bagagem (currículo) um padrão comportamental compatível à corrupção, a tendência é que ele continue praticando, ao assumir um cargo público, o que já vinha praticando em outras vidas. 

Nesse sentido, somente o amor e a educação equilibrada transmitida pelos pais - ou substitutos - poderá alterar essa "tendência".

Aprendemos pela dor ou pelo amor. 

As escolhas são nossas. 

Somos o que escolhemos para as nossa vidas. 

Porém, diante das leis espirituais nada passa despercebido. 

Podemos enganar milhões de pessoas através de esquemas sigilosos, mas não podemos enganar a nós mesmos diante do "tribunal" da própria consciência.

"A verdade vos libertará", disse Jesus Cristo à multidão. 

A mentira, os perversos mecanismos mentais e espirituais associados à corrupção, escravizam o indivíduo a ponto dele perder qualquer referência que o ligue a valores eternos.

Nesse alvorecer de milênio, os corruptos estão tendo as últimas oportunidades reencarnatórias de regenerarem-se. Aquele que reincidir no erro, será no futuro próximo, transferido para uma realidade interdimensional compatível com o seu grau de adiantamento espiritual.

O nosso mundo, ao entrar no processo de regeneração espiritual, começa a depurar a sua energia. 

As próximas gerações de humanos virão cada vez mais lúcidas e adequadas às transformações que representam uma nova fase de transição do planeta Terra.

Uma realidade em que a seleção natural dos espíritos que aqui viverão, será baseada nas leis naturais que regem o universo. 

Aqueles que não se adequarem a essa nova realidade, serão, compulsoriamente, forçados a reencarnar em mundos onde as sombras predominam.

As chances são iguais para todos. O que muda são as escolhas pelo livre-arbítrio. 

Muitos preferem plasmar aqui o seu vale de lágrimas. 

Outros, o seu iluminado caminho.



(O político corrupto - por Flávio Bastos)







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Não esqueçamos nunca que...


Quando morremos, deixamos atrás de nós tudo o que possuímos
 e levamos tudo o que somos.

(Autor Desconhecido)


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Acreditar ou não...


Não acreditem em nada só porque lhes foi dito.
Não acreditem na tradição apenas porque foi passada de geração em geração.
Não acreditem em nada só porque está escrito nos seus livros sagrados.
Não acreditem em nada apenas por respeito à autoridade de seus mestres.
Mas qualquer coisa que, depois do devido exame e análise, vocês acreditarem que leva ao bem, ao benefício e ao bem-estar de todos os seres - nesta doutrina creiam e aferrem-se a ela e a tomem como guia.

(Buda)


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A verdadeira Lei da Atração...


A lei da atração funciona assim: você não atrai o que você quer,
você atrai o que você É.

(autor desconhecido)


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19 outubro 2014

O Bom e o Mau Político...


O bom político governa em prol dos cidadãos, protegendo e valorizando o patrimônio cultural do seu povo.

O bom político, convencido de que as soluções que pretende implementar são as mais válidas, tenta comunicá-las usando para isso todos os meios ao seu alcance, buscando obter apoios e colocando a debate a solução que apresenta. 

Assim, pode auscultar as opiniões que a sua abertura ao diálogo promove. Resulta daí que o bom político encontra soluções de consenso que serão mais justas e adequadas.

O bom político colabora com os meios de comunicação, pois sabe que estes são seus parceiros privilegiados para informar, ele sabe que ao informar soluções que pretende implementar estes farão chegar a sua mensagem ao destino, contribuindo assim para convencer os cidadãos das suas melhores idéias.


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O mau político governa em prol de si próprio e dos seus "puxa sacos", pouco lhe interessando o patrimônio cultural do seu povo.

O mau político sabe que as medidas que pretende implementar são contra os interesses dos cidadãos, por isso tenta esconde-las ou adulterar a verdade, usando para isso todos os meios ao seu alcance, tentando calar as vozes dissonantes.

Resulta daí que o Mau político aplica soluções inadequadas e provocadoras de discórdia e injustiças, que apenas são caladas muitas vezes à custa de perseguições e intimidações.

O mau político boicota os meios de comunicação independentes e utiliza os meios de comunicação por si controlados para ocultar a verdade aos cidadãos, divulgando notícias que tem em vista enganar os cidadãos ocultando a verdade, promovendo e protegendo os seus lacaios, mesmo que não haja mérito pois são eles que lhes dão suporte.

Partindo deste raciocínio, será que pelo modo como um político se relaciona, podemos perceber quais são os bons e os maus políticos?


(Rodrigo Veloso)








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“O mau político é aquela pessoa que busca novos votos com a mesma velocidade em que perde os que já eram seus.”

(Ary Veira)



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Dica de vídeo: "Crianças Indigo, Cristal e Diamante", com Prof. Laércio Fonseca


Mais uma excelente palestra do Prof. Laércio Fonseca, esclarecendo nossas dúvidas sobre essas almas especiais que já estão entre nós...

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É preciso apaixonar-se...


É preciso apaixonar-se: renove a vida dentro de você

Quem nunca se apaixonou não experimentou o sabor de viver. 

Por isso afirmo que precisamos urgentemente de nos apaixonar, entrar numa relação íntima de permuta de sentimentos com algo, uma ideia ou um ideal.

Não nos apaixonamos apenas pelo semelhante, isto é, por um ser humano.

Contudo, numa relação em que uma das partes não se envolve, não se deixa impregnar pelo outro e não respira o clima do outro, não há compartilhar nem palmilhar.

Muitos passam pela vida sem experimentar o viver ou, então, a vida passa por eles, que permanecem à margem do caminho, como árvores ressequidas.

É imprescindível nos entregarmos a um amor ou ao amor. Quem ama e se apaixona também se envolve, se deixa excitar mentalmente com o objeto do seu amor.

É preciso apaixonar-se É preciso apaixonar-se por uma ideia ou um objetivo; o ser humano necessita respirar na atmosfera saudável de um ideal elevado.

Sem metas e sem se entregar a algo que dê sentido maior à existência, o indivíduo passa a viver entediado e, ao fim de sua experiência física, encontra a frustração.

Quando você elege algo a que se dedicar, seja uma filosofia de vida, uma religião ou ainda a defesa de qualquer projeto que enobreça e auxilie a humanidade, coloca-se automaticamente ao abrigo do tédio, e sua vida deixa de ser uma rotina.

[…]




(in “Os dois lados do espelho”, de Robson Pinheiro, pelo Esp. de sua mãe Everilda Batista)  



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Sobre o destino da Alma Humana...


O homem é produto das estrelas e para as estrelas retornará um dia, quando puder alçar voo rumo ao país da eternidade.

Lá é onde moram os sonhos, onde vivem os Imortais, onde as luzes se fazem gente e onde os seres são feitos de pura luz.

É onde fica a cidade habitada pelas consciências que despertaram para a vida além dos limites demarcados por fronteiras, estandartes ou bandeiras; onde cessam os partidarismos políticos, ideológicos ou religiosos.

Esse é o mundo onde não há medo, nem culpa, nem cobrança. Essa é a Amanda de todos os povos, de todas as gentes, a cidade dos espíritos.

O país das estrelas pode ser cantado em prosa, em verso, ao som de atabaques ou entre melodias refinadas de instrumentos mil.

A cidade dos espíritos ou, simplesmente, Aruanda é o céu, o orum, o paraíso, para muitos.

Pode ser também o fulgor das estrelas, o cantar dos pássaros ou, então, a habitação de pais-velhos, a terra de caboclos, de brancos e negros, asiáticos, índios, de peles vermelhas, pretas ou amarelas; afinal, essa metrópole é a pátria daqueles que não se sujeitam mais aos acanhados comportamentos exclusivistas e sectários das sociedades humanas.

Ali, entre as estrelas, é onde o espírito se retempera, onde é capaz de haurir forças para as tarefas de redenção, auxílio ou intervenção no mundo dos homens.

Cidade dos agentes da justiça divina — essa é a realidade da Aruanda. Onde a justiça e a equidade se aliam para estabelecer o Reino nos corações humanos e na Terra, em todas as dimensões.

Dela partem guardiões, caravanas que interferem no mundo em nome da divina justiça.

É onde me encontrei, aonde fui conduzido pela espada flamejante de um guerreiro que descortinou, ante minha visão estreita, as luzes e os caminhos de Aruanda, também conhecida por alguns como Ilha Sagrada, por outros, como Shamballa; para mim, somente Aruanda, a cidade dos Imortais.

Um estilo de vida, um conceito de paz, uma filosofia, uma política divina — tudo isso faz da cidade dos espíritos um lugar mítico, uma escola onde se preparam espíritos, forjam-se heróis anônimos, que lutam pelo progresso da humanidade.

Onde residem encantos e encantados, onde lendas encontram sua explicação e onde o tipo encontra o antítipo.

Da Amanda, onde me encontrei depois de abertos os portais da morte e onde até hoje me inspiro e respiro, quando posso, a fim de retornar à Terra dos meus encantos e dos meus antigos amores, é de onde trago, na bagagem da alma, a poesia da imensidade.



(in “Cidade dos Espíritos”, de Robson Pinheiro, pelo Esp. Ângelo Inácio)


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A geração que desaparece levará consigo seus erros e prejuízos; a geração que surge, retemperada em fonte mais pura, imbuída de ideias mais sãs, imprimirá ao mundo ascensional movimento, no sentido do progresso moral que assinalará a nova fase da evolução humana.

(Allan Kardec)


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Quando você atinge a iluminação não se torna uma nova pessoa. Na verdade, você não ganha nada, apenas perde algo: se desprende de suas correntes, de suas amarras, deixa para trás seu sofrimento. A iluminação é um processo de perda.


(Osho)


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17 outubro 2014

O amor de um avô


Nunca me esquecerei da primeira vez em que me dei conta de que existiam outros seres de um mundo diferente.

Eu era bem pequeno e estava no berço quando ouvi o som de risadas de adultos vindo de outro cômodo. Pensei que fossem meus pais e chorei para chamar a atenção deles. 

Minha mãe entrou no quarto, me pegou no colo, me ninou por algum tempo e me deixou sozinho de novo.

A partir daí, noite após noite, eu ficava acordado ouvindo o som das risadas.

Depois de algum tempo, comecei a perceber que havia luzinhas brilhantes dançando no meu quarto e formando um desenho na parede e em torno do meu berço. 

Essas luzes me fascinavam.

Vi a sombra de um homem de pé no canto do quarto, seus olhos azuis brilhando na escuridão. 

Havia uma luz em torno dele que parecia vir do seu interior. Senti o amor que emanava de sua presença e me acalmei.

Ao se aproximar do meu berço, o homem sorriu. Não havia nada a temer, e ele me parecia familiar.

Não disse nada, mas captei seus pensamentos. Esse espírito passou a me visitar de vez em quando e a me enviar pensamentos telepáticos de pôneis pintados trotando ao redor de um anel de formas coloridas. Seus pensamentos chegavam em forma de imagens, e eu sentia muito amor e luz vindo dele.

À medida que fui crescendo, ele deixou de me visitar.

Na época em que entrei no jardim-de-infância, eu passava freqüentemente os fins de semana na casa de minha avó, com quem eu tinha uma forte ligação afetiva.

Em uma dessas visitas, vimos juntos um álbum de fotos de família. Ao ver a foto de um homem de olhos azuis brilhantes, perguntei quem era.

- É seu avô - respondeu vovó. - Ele morreu antes de você nascer. Ele veio da Inglaterra e foi
trabalhar no rodeio, com pôneis e cavalos.

- Eu conheço esse homem, vovó. Ele me visitava quando eu era bebê e me contava histórias sobre os cavalos.

Minha avó sorriu. Percebi que ela não acreditava em mim, mas acrescentou:
- Ele adorava contar histórias sobre caubóis e índios.

Anos mais tarde, quando comecei meu trabalho como médium, ao terminar uma sessão, ouvi um espírito dizer, do canto da sala:
- Você é um bom menino, James. Estou orgulhoso de você!

Aquele tom carinhoso reavivou a lembrança do homem de olhos azuis brilhantes. Eu sabia que era meu avô.

Fiquei feliz ao pensar que ele ainda estava por perto e que me protegia.


(in “Espíritos entre nós”, de James Van Praagh)



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