"Nós não somos seres humanos tendo uma experiência espiritual. Somos seres espirituais tendo uma experiência humana"

(Teillard de Chardin)

27 abril 2018



Chegou ao meio da vida e sentou-se para tomar um pouco de ar.

Não sabia explicar.

Não era cansaço, nem estava perdida. Notou-se inteira pela primeira vez em todos esses anos.

Parou ali, entre os dois lados da estrada e ficou observando as margens da sua história, a estrada da vida ficando fininha, calando-se de tão longe que ia.

Estava em paz observando a menina que foi graciosa, cheia de vida.

Estava olhando para si mesma e nem notou.

Ali, naquele instante estava recebendo um presente.

Desembrulhava silenciosamente a sabedoria que tanto pediu para ter mais.

Quando a mulher chega à metade da estrada da vida, começa lentamente a ralentar o passo.

Já notou como tem gente que adora conturbar a própria rotina, alimentar o próprio caos? Ela não.
Não mais.

Deixa que passem, deixa que corram, a vida é curta demais para acelerar qualquer coisa.

Ela quer sentir tudo com as pontas dos dedos, ela quer notar o que não viu da primeira vez. Senhora do seu próprio tempo.

Percebeu, à metade da vida, que caminhou com elegância, que viveu com verdade, que guiou a própria sombra na estrada em direção ao amor.

E como amou! Amor por si, pelos outros, amou em dobro, amou sozinha, amou amar.

A mulher ao centro da vida traz a leveza que os anos teceram, pacientemente.

Escuta bem mais, coloca a doçura à frente das palavras, guarda as pessoas com preciosismo.

Aquela mulher já perdeu pessoas demais.

Ao meio da estrada, ela já não dorme tanto, mas sonha bem mais.

Sonha pelo simples exercício de sonhar.

Sonha porque notou que é o sonho que tempera a vida.

Aprendeu a parar de ficar encarando as linhas do corpo.

Seu espírito teso, seu riso aberto, sua fé gigante não têm rugas, nem celulite, sem encanação.

Descobriu que o segredo é prestar atenção no melhor das coisas, nas qualidades das pessoas, nas belas costas que tem e deixá-las ao alcance da vista dos outros.

Sentada ali, ao centro da própria vida, decidiu seguir um pouco mais.

Há mais estrada para caminhar, mais certezas para perder, mais paixão para trilhar.

Não há dádiva maior do que compreender-se, que encontrar conforto para morar em si mesmo, que perdoar-se de dentro pra fora. Ao centro da vida ela descobriu que a gente não se acaba, a gente vai mesmo é se cabendo, a cada ano um pouco mais.


(Diego Engenho Novo)



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20 abril 2018

A vida é uma dança



Quando uma porta se fecha, outra se abre; quando um caminho termina, outro começa, nada é estático no Universo, tudo se move se, parar e tudo se transforma sempre para melhor.

Habitue-se a pensar desta forma: tudo que chega é bom, tudo que parte também.

É a dança da vida...dance-a da forma como ela se apresentar, sem apego ou resistência.

Não se apavore com as doenças, elas são despertadores, têm a missão de nos acordar.

De outra forma permaneceríamos distraídos com as seduções do mundo material, esquecidos do que viemos fazer neste planeta.

O Universo nos mandou aqui para coisas mais importantes do que comer, dormir e pagar contas.

Viemos para realizar o Divino em nós.

Toda inércia é um desserviço à obra divina.

Há um mundo a ser transformado, seu papel é contribuir para deixa-lo melhor do que você o encontrou.

Recursos para isso você tem, só falta a vontade de servir a Deus, servindo os homens.

Não diga que as pessoas são difíceis e que a convivência entre seres humanos é impossível.

Todos estão se esforçando para cumprir bem a missão que lhes foi confiada.

Se você já anda firme, tenha paciência com seus companheiros de jornada.

Embora os caminhos sejam diferentes, estamos todos seguindo na mesma direção, em busca da mesma Luz.

E sempre que a impaciência ameaçar a sua boa vontade com o caminhar de um semelhante, faça o exercício da compaixão.

Ele vai ajudá-lo a perceber que na verdade ninguém está atrapalhando o seu caminho nem querendo lhe fazer nenhum mal, está apenas tentando ser feliz, assim como você.

Quando nos colocamos no lugar do outro, algo muito mágico acontece dentro de nós: o coração se abre, a generosidade se instala dentro dele e nasce a partir daí uma enorme compreensão acerca do propósito maior da existência, que é a prática do AMOR.

Quando olhamos uma pessoa com os olhos do coração, percebemos o parentesco de nossas almas.

Somos uma só energia, juntos formamos um imenso tecido de Luz.
Não existem distâncias físicas.

A Física Quântica já provou que é tudo ilusão.

Estamos interligados por fios invisíveis que nos conectam ao Criador da Vida.

A minha tristeza contamina o bem-estar do meu vizinho, assim como a minha alegria entusiasma alguém do outro lado do mundo.

É impossível ferir alguém sem ser ferido também, lembre-se disso.

O exercício diário da compaixão faz de nós seres humanos de primeira classe.



André Luiz


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19 abril 2018

A Nova Terra e a Terra Cruz - Dra. Mônica de Medeiros



Vamos conversar sobre a Nova Terra e sobre a Terra-Cruz.

Vocês já ouviram, certamente, falar sobre universos paralelos a partir da teoria das supercordas. 

É um estudo que vale a pena fazer.

Ambas são possibilidades alimentadas por cada hominal existente no planeta Terra.

Qual prevalecerá neste universo, ainda não sei dizer, embora minha fé na força do Bem Maior me leve a crer que será a Nova Terra.

Nova Terra e Terra-Cruz são banhadas pelo mesmo sol e possuem a mesma lua. O resto difere muito.

O clima na Nova Terra é mais ameno e as estações bem definidas.

Existem abelhas, flores por todo canto, as matas e as florestas estão revividas, animais selvagens são livres e tranquilos.

Não temem o homem.

Há espécies novas, vegetais e animais.

A atmosfera é leve, não tem poluição, nem a cacofonia de hoje.

Outro dado importante é que a confusão de ondas eletromagnéticas inexiste.

As comunicações mais importantes são pessoais, mas os novos aparelhos de comunicação e registro de dados emitem ondas seguras para os cérebros.

Ainda tem tv mas em nada semelhante ao baixo nível de hoje.

O lazer é altamente recomendado e a convivência familiar considerada um bem precioso.

Afinal, as perdas foram tão intensas que os laços passaram a ser cultivados com carinho e zelo.

As pessoas preferem jornadas ao ar livre, no modo simples de viver que atingiram, após décadas de reconstrução.

Muitos já conseguem viver de prana mas a maioria ainda se alimenta de vegetais.

Nada químico entra mais nos corpos. A água é, rotineiramente, magnetizada.

Os médiuns de cura são muito frequentes, agora. 

Existem medicamentos ainda, mas de modo geral, as doenças são menos graves.

O que mais impressiona é a alegria nos olhos das pessoas.

Sem rostos franzidos, sem preocupações.

O homem aprendeu, a duras penas, viver o hoje de modo ético e fazer da fraternidade um ato institucional.

A maioria, pelo menos.

Existem os borderlines, mas como a competição é pequena, o tempo lhes dá a oportunidade de crescer.

Se não conseguem, migram ou são migrados.

A única coisa que não se pode dizer da Nova Terra é que seja monótona.

Basta entrar numa escola e deparar com antarianos, insetóides e outras raças entre os professores e alunos.

A Nova Terra é confederada e amistosa e progressista.

Mas a paz, tão dolorosamente atingida, é a bandeira deste planeta de regeneração.

Amanhã, escrevo sobre Terra-Cruz.


O o O o O


Amigos!

Ontem, escrevi sobre a Nova Terra.

Hoje, falo de seu oposto: Terra-Cruz.

Nela existe um governo único mundial.

As grandes cidades são lindas, com prédios envidraçados, carros velozes, vida noturna abundante.

As drogas, finalmente, foram liberadas, em doses controladas pelo Ministério da Saúde.

A indústria farmacêutica está mais rica que nunca, já que todos querem viver mais de 100 anos. Afinal, nada existe além da 3D.

Existem os milionários, os ricos e os pobres. Estes vivem em periferias, comem mal, não têm lazer porque sobreviver é caro.

As bebidas são a diversão ao lado dos reality shows.

Claro, não vamos nos esquecer dos jogos eletrônicos, agora, com vencedores que ganham prêmios em dinheiro.

Não se vêem animais.

A caça esportiva há muito os exterminou e os que sobraram estão em zoos e laboratórios.

E, naturalmente, há os de abate.

As escolas ensinam a história da Terra-Cruz enaltecendo o grande avanço trazido pelos draconianos que se mostram como loiros de olhos claros.

Não existem Jesus, Buda, Gandhi, Platão, Kardec, Tereza de Calcutá, Chico Xavier.

Aliás, a única religião que existe é disciplinadora, castradora e cobra doações que saem do salário de todos, diretamente.

Mas o deus deles é bastante vingativo e severo. Impera o medo.

A cultura é feita de músicas de rápido consumo, sem qualquer risco de mensagens que façam as pessoas pensar.

Os jovens têm liberdade para nada fazer. Afinal, todos sabem o que deverão seguir, dentro de suas classes sociais.

É uma população doente que consome muitos medicamentos e lota locais de atendimento.

Stress, medo, preocupação se impõe, num mundo onde não existe esperança.

Mas, mesmo aqui, existem rebeldes.

Homens e mulheres que ainda acreditam num futuro melhor.

Sua luta está longe de acabar.

Para cada membro morto ou preso, surge outro.

A rebelião quer acordar as pessoas. 

Eles acreditam que existe o Bem.

São o cupim na grande árvore da vida.



O o O o O



Amigos,

A pequena amostra da Nova Terra e da Terra-Cruz que foram dadas não visavam causar fascinação ou terror, respectivamente, como algumas pessoas superficiais acharam.

Precisamos perceber como já existem por aqui, ambas as vibrações e como nós estamos inseridos em ambas ou em apenas uma delas.

Nós criamos nossa realidade. Somos, de fato, deuses.

Claro que queremos a Nova Terra.

Mas o que estamos fazendo para que ela se concretize?

Os construtores da Terra-Cruz agem com incrível disciplina. 

São totalmente voltados para atingir seu objetivo. 

Manipulam a massa inerte com mensagens subliminares através de músicas, internet, jogos eletrônicos, mídia, palestras de asseclas conscientes ou não a que deus servem.

Mas o que estamos fazendo para evitar que eles vençam.

Essa é a questão.

Quando os extraterrestres me pediram para falar sobre as duas Terras, visavam despertar o instinto básico de sobrevivência de cada um para que sobreviva a Terra e os demais seres aqui manifestos.

Então, pergunto a vocês: de que maneira podemos construir a Nova Terra?

Na prática e não mais na teoria.

Jesus no leme!



Dra. Mônica de Medeiros – médica, médium, fundadora da Casa do Consolador.









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Karma



Ele não conhece nem a cólera nem o perdão;
suas medidas são de uma precisão absoluta 
e sua balança é infalível; 
o tempo não existe para ele;
Ele julgará amanhã ou muito depois.
Graças a ele, o assassino se fere com sua própria arma,
o juiz injusto perde seu defensor, 
a língua falaz condena sua própria mentira, 
o ladrão sorrateiro e o assaltante roubam para entregar o produto de suas rapinas.
Essa é a Lei que leva à Justiça.
que ninguém pode anular ou deter;
seu cerne é o Amor; 
sua finalidade a Paz,
a Perfeição última. 
Obedecei!

(Da Luz da Ásia, de Sir Edwin Arnold -  Publicado pela Editora Pensamento, São Paulo.)


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Mais Uma Vez - Legião Urbana




Uma canção pra iluminar o caminho quando perdemos a esperança...linda...

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13 abril 2018

Simples assim




E mais tarde, surgiram novas vidas em outros planetas.

E eles descobririam que os homens que viveram na terra haviam morrido de uma doença estranha chamada de 'falta de sentir'.

Eles descobriram que a vida da humanidade que habitava a terra havia se tornado fria e seca demais para que sobrevivessem.

Contudo, ao contrário do que todos cogitavam, não foi frieza por falta do brilho do sol ou a secura da falta da água.

O fim chegou porque o mundo havia se tornado sem valores, os homens se matavam e se isolavam para proteger seu dinheiro, tudo porque haviam perdido o sentido da felicidade e em busca do dinheiro não tinham tempo para quase nada que era essencial.

Foi a maior guerra fria e silenciosa de todos os tempos.

Muitos foram morrendo e pouco se percebia.

Assim, a vida havia se tornado tecnológica e automática demais no planeta terra.

As pessoas já não sabiam o que era felicidade.

Não se falavam mais, não tinham tempo para sentar-se à mesa, mal faziam as refeições com os filhos, faltava tempo para apreciar as paisagens, para olhar nos olhos, para o diálogo, não havia tempo para estar uns com os outros e muito menos tempo para Deus.

Tudo havia ficado tão automático que as pessoas foram perdendo a capacidade de sentir e, assim, não tiveram a capacidade de sentir a sua própria infelicidade, tendo que procurar pessoas que lhe explicassem o que era aquela sensação estranha que tanto lhes afligia.

Acredita-se que a maioria começou a tomar remédios para aliviar o que tinham sem saber que aquilo era causado pela necessidade de reaprender a sentir...de reaprender a falar, de reaprender a viver, de recomeçar e assim de novo serem felizes.

Mas não havia mais tempo.



(Dinamar Fonseca)



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