"Nós não somos seres humanos tendo uma experiência espiritual. Somos seres espirituais tendo uma experiência humana"
(Teillard de Chardin)
28 agosto 2010
O luto e suas fases
"Não existe regra ou prazo de duração para o luto, mas com certeza ele é necessario.
É um processo que ocorre em quatro fases, descritas por Alice Lanalice...
1. Entorpecimento
Choque, descrença. A pessoa se sente perdida.
2. Raiva ou protesto
Fase de emoções fortes, com muito sofrimento e agitação física. Revolta ao pensar que não poderia ter acontecido com você.
3. Desespero
É o auge do sofrimento. A ficha cai e a dor é tão grande que a pessoa fica isolada, deprimida.
4. Recuperação e restituição
Começa a elaboração do sentimento. A dor vai continuar ali, mas, agora, guardada em algum lugar dentro de você para que possa dar seguimento à vida de forma diferente de antes, mas com esperança.
Atitudes que são comuns:
- Achar que ninguém nunca sentiu uma dor desse tamanho. Procure conversar com quem já viveu o problema.
- Pensar na pessoa amada de uma forma presente, falar com ela.
- Cobrar demais uma superação. Não tenha pressa, chore o tempo que for, respeite o seu momento e saiba que uma hora, tudo passa.
- Querer que a vida volte a ser como antes. Não dá. Algo de diferente vai ficar para sempre com a falta daquela pessoa, o que não quer dizer que você não será mais feliz.
- Sentir-se culpada por sorrir. É comum achar que, passando por isso, não pode achar graça numa piada, no neto etc. Não só pode, como se deve fazer isso.
Como tentar amenizar a dor:
- Fale com amigos.
- Não se culpe por nada.
- Perdoe-se pelo que fez ou deixou de fazer.
- Cuide da própria saúde.
- Procure uma instituição ou grupo de autoajuda.
- Volte ao trabalho.
- Aceite a dor.
- Cultive a fé.
- Faça exercícios físicos, que vão lhe ajudar a dormir melhor.
-Transforme a dor em ajuda
Alice Lanalice fundou a Associação CASULO um ano depois da morte da filha Eliana, aos 27 anos. "Escrevi um ano num caderno. Quando fui passar a limpo, nasceu o livro Perfume de Eliana e a associação", conta.
A vontade de fundar a associação - que já tem dez anos - veio da necessidade de conversar com quem tivesse passado pela mesma dor. "Mostramos que temos que aprender a conviver com a dor", explica. De onde tirar essa força? "Tenho um neto de dois anos que me fez renascer. Ajudar as pessoas também me fez sentir melhor", resume Alice."
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