Nos filmes da Sessão da Tarde, Jesus quase sempre é interpretado por um ator de pele branca, cabelo longo, barba castanha, olhos claros, enfim, alguém mais parecido com um hippie saído de uma universidade da Califórnia do que com um homem que nasceu na Palestina do século 1.
Mas, se o problema dos pesquisadores fosse apenas tentar reconstituir a fisionomia de Jesus, tudo ser ia mais fácil – até porque, segundo os arqueólogos, ele deveria se parecer mais com um árabe do que com os atores de filmes de Hollywood.
A questão que sempre intrigou os arqueólogos é a busca do chamado Jesus histórico, ou seja, a figura histórica de Jesus sem os constrangimentos da teologia ou da fé.
Para esses pesquisadores, os Evangelhos não podem ser tomados como registros da história, e sim como testemunhos de fé, escritos décadas depois da morte de Jesus.
Sem levar a sério os Evangelhos como registros documentais – e sim interpretativos –, o que os arqueólogos sabem, enfim, sobre o judeu que morreu crucificado em Israel há quase 2 000 anos?
Muito pouco.
Do ponto de vista documental, a única referência direta a Jesus feita por um não cristão no século em que ele viveu está na obra do historiador judeu Flávio Josefo, escrita entre as décadas de 70 e 90, que faz uma menção discreta a “um homem sábio” que viveu no tempo de Pilatos.
Em outro trecho, o escritor faz referência a Tiago, irmão de Jesus, “cognominado de Messias”, que teria sido entregue para ser apedrejado.
Irmão de Jesus?
Isso mesmo: para os pesquisadores, é provável que Jesus, de fato, tenha tido vários irmãos, teria nascido em Nazaré – e não em Belém – e sua morte passara praticamente despercebida pelos romanos na época.
Veja no quadro as diferenças entre a versão tradicional e a versão dos arqueólogos e historiadores sobre a vida do homem que inspira fé em mais de 2 bilhões de pessoas.
Discordo, pois geneticamente ele seria parecido com a mulher, e não o homem, pois teria apenas o DNA da mãe.
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