"Nós não somos seres humanos tendo uma experiência espiritual. Somos seres espirituais tendo uma experiência humana"
(Teillard de Chardin)
21 janeiro 2012
Sobre a Desilusão...
Eu estava noiva, casamento marcado. Meu noivo envolveu-se com outra mulher e desmanchou o compromisso. Estou desiludida e infeliz. Como enfrentar o problema?
Considere que a desilusão tem um aspecto altamente positivo. Significa que você estava iludida quanto aos sentimentos de seu noivo. Melhor acontecer agora. Depois, com o casamento, filhos, vida em comum, seria bem pior.
Mas sinto que ele é o homem de minha vida...
Esteja certa de que o «homem de sua vida” não a deixaria por outra. Afinal, com seu gesto ele deixou evidente que você não é a mulher da vida dele.
E como explicar o extremado amor que lhe devoto?
Amor extremado é paixão, péssima conselheira que sustenta rancores e mágoas que infernizam nossa existência.
Não consigo imaginá-lo com outra. Tenho ganas de matá-lo.
Isso demonstra que efetivamente não o ama. Amar é querer o bem de alguém. Se o amasse de verdade respeitaria sua decisão, seu direito de decidir o próprio destino.
Os criminosos não devem ser punidos?
A justiça é da competência de Deus. O que você pretende é vingança, algo fora de moda para aqueles que compreendem, com Jesus, que o perdão é o bálsamo divino para todas as mágoas.
Melhor seria morrer...
Realmente, a vida espiritual é mais agradável, segundo nos informam os Espíritos, mas apenas para aqueles que partem convocados por Deus, após uma existência em plenitude de trabalho e dedicação ao Bem. Você está apenas começando a jornada humana.
Por três vezes tentei o suicídio. Não tive competência nem para me matar...
Agradeça a Deus não ter consumado o suicídio. Trata-se de frustrante gesto de fuga. O suicida logo descobre que a morte não existe e colhe sofrimentos incomparavelmente maiores do que aqueles dos quais pretendeu fugir.
Mas pesa-me a desilusão. Como conviver com ela?
Não conviva. A desilusão é o cadáver da ilusão. Logo cheira mal, odor de perturbação e desequilíbrio.
Sepulte-o.
Renove suas motivações existenciais, envolvendo profissão, estudo, amigos, religião.
Experimente ajudar pessoas.
Conhecendo as misérias humanas saberá que seu problema é bem menor do que supõe.
(extraído do livro "Não pise na bola" - Richard Simonetti - cap. Uma jovem desiludida)
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