"Nós não somos seres humanos tendo uma experiência espiritual. Somos seres espirituais tendo uma experiência humana"

(Teillard de Chardin)

13 janeiro 2014

Filho, onde está você?...




E seu filho, filha, ou outra pessoa que você ama, simplesmente não voltasse para casa?
Fosse na padaria, ou no supermercado, até a esquina...e nunca mais fosse visto?
Ou aquele velho pensamento “Comigo não acontece!...Só acontece com os outros....” está passando pela sua cabeça neste momento?
Pois devemos conhecer e divulgar o trabalho de uma das importantes instituições, que lutam diariamente na busca de seus desaparecidos: Mães da Sé
Rezar e evoluir espiritualmente também é isso: agir quando se tem chance, sem esmorecer, com os poucos recursos de que dispomos perante a dor...

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Mães da Sé


Fundada em 31 de março de 1996, a Associação Brasileira de Busca e Defesa a Crianças Desaparecidas (ABCD) nasceu da iniciativa de duas mães de crianças desaparecidas, Ivanise Esperidião da Silva e Vera Lúcia Gonçalves.

Elas quiseram criar em São Paulo uma entidade que atuasse em busca de soluções para um problema que atinge milhares de famílias no país, mas que nem sempre chega ao conhecimento da maioria da população: o desaparecimento de crianças.

Ivanise e Vera, que hoje ocupam cargos de presidente e vice-presidente da ABCD, respectivamente, conheceram-se em janeiro de 1996 quando estavam num grupo de mães de crianças desaparecidas de São Paulo, que foi convidado a participar das gravações da novela “Explode Coração”.


Para quem não se lembra, a novela, de autoria de Glória Perez, levou para o horário nobre da TV Globo o drama de familiares de pessoas desaparecidas, dando origem a uma campanha nacional que resultou na localização de 113 pessoas desaparecidas, entre crianças, adolescentes e adultos.

Durante as gravações de Explode Coração, no Rio de Janeiro, Ivanise e Vera tiveram a oportunidade de conhecer dois grupos que atuavam na elucidação de casos de desaparecimento de pessoas em outras regiões do país, as Mães da Cinelândia (RJ) e o Movimento Nacional em Defesa das Crianças Desaparecidas (PR).

Estimuladas pelo trabalho desenvolvido por esses grupos, decidiram, então, criar em São Paulo uma organização semelhante.


Pouco meses depois de criada, a ABCD começou a ganhar visibilidade na mídia e o apoio de algumas empresas que, impulsionadas pela novela, passaram a apoiar a causa da associação.

Paralelamente, a ABCD iniciou um movimento de mães que se tornou permanente.

Sempre aos segundos domingos de cada mês, na Praça da Sé, no centro de São Paulo, um grupo delas leva em próprio punho cartazes com fotos de seus filhos desaparecidos na esperança de que alguém que esteja de passagem pela região possa ajudá-las com notícias sobre o paradeiro de seus entes queridos.


Foi por conta desses encontros, que não deixam de ser um protesto silencioso diante da ineficiência do Estado em solucionar o problema do desaparecimento de pessoas, que a entidade passou a ser conhecida pelo nome de Mães da Sé (numa alusão às Mães da Praça de Maio, na Argentina).

Com a articulação de Ivanise e Vera, a associação aos poucos começou a contar com o apoio de voluntários.

No início do ano 2000, por exemplo, conseguiu estruturar dois núcleos importantes: coordenadoria jurídica e a divisão de apoio psicológico, passando a oferecer serviços nestas áreas para seus associados.



Expansão

A ABCD, que surgiu para atender a uma demanda restrita a crianças desaparecidas em São Paulo, ampliou seu foco de atuação ao longo de sua existência. Atualmente, atende a demanda de familiares e amigos de pessoas desaparecidas em todo o país, independentemente da faixa etária.

Em pouco mais de 7 anos de existência, a ABCD já cadastrou mais de 5.000 casos de pessoas desaparecidas em todo o Brasil. Desse montante, cerca de 15%, ou 762 casos, foram solucionados.

"Tínhamos um sonho que era o de criar uma entidade que tivesse o reconhecimento do poder público e de toda a sociedade civil. Graças ao nosso trabalho, estamos transformando esse sonho em realidade e, de certa forma, amenizando a dor que sentimos em nossos corações", conclui Ivanise.

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Divulgue.

Conheça mais em http://www.maesdase.org.br/


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