As pessoas geralmente
se preocupam com a aparência física e se esmeram para mostrar certa
elegância, de acordo com suas possibilidades. 
Isso é natural do ser
humano. Tanto que muitos buscam escolas que ensinam boas maneiras. 
No entanto, existe uma
coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja cada
vez mais rara: a elegância do comportamento. 
É um dom que vai muito
além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer
um simples obrigado diante de uma gentileza. 
É a elegância que nos
acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se
manifesta nas situações mais corriqueiras, quando não há festa
alguma nem fotógrafos por perto: é uma elegância desobrigada. 
É possível detectá-la
nas pessoas que elogiam mais do que criticam. 
Nas pessoas que escutam
mais do que falam. E quando falam, passam longe da fofoca, das
maldades ampliadas de boca em boca. 
É possível detectá-la
também nas pessoas que não usam um tom superior de voz. Nas pessoas
que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em
humilhar os outros. 
É uma elegância que
se pode observar em pessoas pontuais, que respeitam o tempo dos
outros e seu próprio tempo. 
Elegante é quem
demonstra interesse por assuntos que desconhece. É quem cumpre o que
promete e, ao receber uma ligação, não recomenda à secretária
que pergunte antes quem está falando e só depois manda dizer se
está ou não. 
É elegante não ficar
espaçoso demais. Não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao de
outro. 
É muito elegante não
falar de dinheiro em bate-papos informais. 
É elegante retribuir
carinho e solidariedade. 
Sobrenome, cargo e
jóias não substituem a elegância do gesto. Não há livro de
etiqueta que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo e a
viver nele sem arrogância. 
Pode-se tentar capturar
esta delicadeza natural através da observação, mas tentar imitá-la
é improdutivo. 
A pessoa de
comportamento elegante fala no mesmo tom de voz com todos os
indivíduos, indistintamente. 
Ter comportamento
elegante é ser gentil sem afetação. 
É ser amigo sem
conivência negativa. 
Ser sincero sem
agressividade. 
É ser humilde sem
relaxamento. 
Ser cordial sem
fingimento. 
É ser simples com
sobriedade. 
É ter capacidade de
perdoar sem fazer alarde. 
É superar dificuldades
com fé e coragem. 
É saber desarmar a
violência com mansuetude e alcançar a vitória sem se vangloriar. 
Enfim, elegância de
comportamento não é algo que se tem, é algo que se é. 
* * * 
Mais do que decorar
regras de etiqueta e elaborar gestos ensaiados, é preciso
desenvolver a verdadeira elegância de comportamento. 
Importante que cada
gesto seja sincero, que cada atitude tenha sobriedade. A verdadeira
elegância é a do caráter, porque procede da essência do ser.
(Equipe de Redação do
Momento Espírita)
*  *  *

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