"É uma construção mental que engloba todas as crenças, os preconceitos, os tabus, tudo que se acredita que é a verdade, as ilusões, a visão romântica da vida, o não querer ver a verdade, o não compreender, o não aceitar, o não agir, o paradigma vigente, a dissonância cognitiva, a visão superficial de tudo, etc.
Esse conjunto de crenças e atitudes cria e mantém a Matrix intocada há milhares de anos. Desde que a civilização começou neste planeta. A visão de mundo da Matrix é tão forte que aparentemente nada consegue abala-la.
Um exemplo perfeito é o livro “1984” de George Orwell.
Ele enxergou perfeitamente como a Matrix é construída com perfeição. E mantida também com perfeição.
Para enxergar a Matrix é preciso entrar na toca do coelho. E isso não é nada fácil de fazer.
Para enxergar a Matrix é preciso tomar a decisão pela pílula vermelha. Essa decisão antecede tudo.
Sem essa
decisão não há como descortinar o véu da ilusão. O véu de Maya. Depois desta
decisão vem o longo trabalho de expandir a consciência para poder enxergar.
Como disse Neo: “Meus olhos doem! Morpheus: “Porque você nunca os usou!”
É doloroso enxergar a Matrix? É. Porque todas as ilusões caem por terra. Tudo em que se acreditava não é mais verdade.
É preciso rever
tudo, repensar tudo, expandir a consciência sem parar, nunca mais ter zona de
conforto. Morpheus é o deus dos sonhos, filho de Hypnos. Ele é a pessoa certa
para acordar quem está sonhando ou hipnotizado. Ele propõe a escolha vital:
viver na ilusão ou conhecer a verdade. “Conhecereis a verdade e ela vos
libertará”.
Depois que se tomou a pílula vermelha não há volta atrás. Só
existe o futuro desconhecido, mas um futuro liberto, onde se poderá trabalhar
para acordar os demais. E se cada um que acordar ajudar a acordar a outros, a
Matrix desaparece completamente.
Quando Neo vai conhecer o Oráculo qual frase ele vê:
“Conhece-te a ti mesmo”. Este é o maior conhecimento que se pode ter. Pense: o
que existe dentro de ti mesmo?"
Hélio Couto
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