"Nós não somos seres humanos tendo uma experiência espiritual. Somos seres espirituais tendo uma experiência humana"

(Teillard de Chardin)

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11 outubro 2010

Como ouvir as gravações de Transcomunicação Instrumental ?


As vozes dos espíritos gravadas por meios eletrônicos, método denominado como Transcomunicação Instrumental, têm, geralmente, qualidade inferior, o que dificulta a compreensão do que ouvimos. Os próprios espíritos dizem, insistentemente, que é muito difícil, para eles, falarem conosco.

O mundo espiritual não é um lugar restrito, como um planeta qualquer perdido no cosmos, mas uma dimensão diferente da nossa, com “matéria” própria e invisível aos nossos olhos, apesar de ocupar os espaços infinitos do Universo, inclusive o mesmo espaço que ocupamos agora.

Podemos comparar a coexistência do mundo de matéria bruta, onde vivemos no momento, e o mundo quintessenciado dos espíritos, com a existência mútua de um gás qualquer, dentro de uma garrafa de vidro transparente, e a luz que atravessa este gás. A luz interage com o gás, mas não o desloca nem ocupa espaço no interior da garrafa e se a frequência das ondas luminosas for maior do que a frequência que configura a luz de cor violeta, este feixe luminoso se torna invisível a olho nu, mas perceptível por meio de aparelhos adequados.

Essa diferença dimensional torna indispensável a existência de um meio que possibilite aos espíritos falarem, escreverem ou se mostrarem para nós. As entidades desencarnadas denominam este meio condutor entre os dois planos, de lá para cá, de ectoplasma. O ectoplasma é uma, digamos, substância sutil que permeia todos os seres vivos e pode ser exteriorizada com maior ou menor dificuldade pelos mesmos. Alguns médiuns conseguem eliminar grandes quantidades de ectoplasma e são, por isso, chamados de médiuns de efeitos físicos, já que servem de facilitadores às materializações, aos transportes, ao movimento de objetos e às vozes diretas dos espíritos.

Embora não seja habitualmente visível a olho nu, o ectoplasma pode ser fotografado, em filmes comuns, apresentando-se qual uma substância esbranquiçada exonerada pela boca, narinas, ouvidos e poros de médiuns em transe, principalmente, como dissemos, dos médiuns de efeitos físicos, conforme evidencia a fotografia abaixo, onde se vê o ectoplasma sendo eliminado pelas narinas de um médium.


Uma vez que a liberação de quantidades apreciáveis de ectoplasma, necessárias à ponte entre o mundo espiritual e o nosso mundo, envolve perda temporária de vitalidade dos médiuns, não se pode, salvo condições especialíssimas, ou não se deve, por este e por outros motivos, promover, amiúde, reuniões de materialização ou mais efeitos físicos fora de ambientes muito bem preparados para este fim.

Entretanto, com o uso de aparelhos eletrônicos, aparentemente está sendo possível aos espíritos falarem conosco com um consumo muitíssimo menor de ectoplasma, por mecanismos que nossa Ciência ainda desconhece. Mesmo assim, em grande parte das gravações e também por motivos que desconhecemos, ora as vozes paranormais estão mais claras e com maior volume, ora não passam de sussurros.


O pesquisador em Transcomunicação, pela frequência com que ouve as gravações paranormais, educa seus ouvidos para escutar melhor as vozes pouco audíveis e, apesar disso, algumas palavras se tornam indecifráveis nas frases sussurradas e mal articuladas. Seria como o músico cujo cérebro identifica cada instrumento atuando em uma grande orquestra, porém, não consegue perceber um acorde de certa guitarra situada no meio de violinos vibrantes. Se é assim com os ouvidos treinados, imaginem com aqueles pouco afeitos à música.

Outra interferência à boa qualidade das vozes dos espíritos é o quase sempre indispensável ruído de fundo, seja ele qual for, o qual o Dr. Bezerra de Menezes define com "muito importante" para a TCI As vozes surgem mescladas ao ruído de fundo, o que torna, ora mais, ora menos, difícil distingui-las. Assemelha-se a ouvir uma conversa telefônica ao lado de um motor barulhento. Complicado, não?

Uma terceira dificuldade, embora menos comum, é aquela que um dos espíritos comunicantes no NUBEM definiu como “o conflito do tempo”. Parece que o tempo, no mundo espiritual, passa de maneira diversa à do nosso “lado” e, umas tantas vezes, a locução dos espíritos é tão rápida que só nos é possível entender algo quando desaceleramos bastante esses registros, através de programas específicos de computador.

Vê-se, portanto, que não são poucos os empecilhos no campo da Transcomunicação Instrumental, mas, apesar disto, é gratificante estudá-la porque, entre outros benefícios, lança uma luz sobre a temida e mal-entendida morte, comprovando, cientificamente, que apenas o corpo morre, nossa consciência sobrevive à sepultura e passa a viver em outra dimensão, que está em torno de nós e mais além, nos espaços imensuráveis.

Além disso, joga por terra a propalada incomunicabilidade dos espíritos, pois são eles que falam conosco e assim se apresentam através dos aparelhos ou de médiuns. Li no sítio do pesquisador espanhol de transcomunicação, José Ignacio Carmona Sánchez, que determinado espírito lhe disse:
“Sou uma pessoa! Por que nos chama de vozes?”.

Perfeita definição. Essa entidade não diz: “Sou um espectro”, ou: “Sou um fantasma”. Identifica-se como um ser humano, vivendo em outra dimensão.



Tudo o que escrevemos acima tem, por objetivo, preparar os ouvintes neófitos para mais facilmente entenderem o que é falado nas gravações aqui veiculadas. As orientações são as seguintes:

1º Usem, se possível, fones de ouvidos, de preferência esses bi-auriculares, que cobrem toda a orelha, ou caixas de som de melhor qualidade, pois as mais simples têm um som distorcido demais.

2º Leiam a frase antes de escutá-la. Assim, fica muito mais simples perceber o conteúdo de cada gravação.

3º Ouçam as gravações mais de uma vez e com o volume melhor adequado à sensibilidade auditiva de cada um. Quanto mais se escuta, mais fácil se torna compreendê-la.

4º Procurem ouvir o som que está “atrás” do ruído de fundo. É lá que estão as vozes dos espíritos.

Como o ruído de fundo é, às vezes, mais exuberante do que as vozes, há uma tendência em se concentrar a atenção nele, perdendo-se o que realmente interessa – come-se a casca e joga-se fora o fruto.
Esta é a parte mais difícil da ausculta – habituar o cérebro a separar o joio do trigo. Depois de criado o hábito, tudo fica mais simples.

Entretanto, por favor, lembrem-se sempre:

O pesquisador em Transcomunicação Experimental tem pouca participação na qualidade das gravações, ele pode melhorar apenas algumas variáveis nas mesmas. A maior parte do trabalho é dos espíritos e eles estão até mais interessados do que nós em divulgar suas mensagens, apenas também são tolhidos por dificuldades técnicas que nem sequer imaginamos.

Todos nós gostaríamos de obter vozes paranormais de altíssima qualidade, como aquelas que escutamos nos CDs profissionais. Entretanto, gravamos o que recebemos da espiritualidade, nada mais, nada menos.

Portanto, não se irritem e nem nos achem alucinados quando não conseguirem ouvir alguma voz mesclada ao ruído de fundo. Garantimos que ela está lá e basta um pequeno esforço a mais para percebê-la.
(texto de Luiz Augusto Bonacossa Caldas)

50 Anos de Transcomunicação Instrumental: Onde estamos e onde queremos chegar


Comemorou-se em Junho de 2009 o aniversário de 50 anos da moderna Transcomunicação Instrumental (TCI). O marco da era moderna aconteceu em 12 de Junho de 1959, quando Friedrich Jurgenson, artista sueco, gravou as primeiras vozes na sua casa de campo, utilizando seu gravador de rolo. Desde então, a TCI tem evoluído para diversas modalidades de comunicação e em crescente número de pessoas interessadas. Apesar de 50 anos de história, ainda não chegamos a um consenso plenamente aceitável: Essas vozes e imagens são realmente de pessoas falecidas que outrora viveram no planeta Terra? Essa pergunta pode parecer antiquada para alguns, que já aceitaram a TCI como uma comunicação irrevogavelmente comprovada de seres espirituais.

Mas, não é bem assim. Já faz muitas décadas que o leque de possibilidades se abriu. A aceitabilidade que a comunicação seja apenas de espíritos se estendeu para outras categorias. Não mais seriam apenas espíritos. Englobar-se-ia, também, seres espirituais que nunca habitaram o planeta Terra (seres extraterrestres, por definição) e altas entidades de profundo saber e conhecimento, não humanas (também seres extraterrestres, por definição).

Isto tudo é ainda uma grande incógnita e, para falar a verdade, ainda se conhece muito pouco sobre a verdadeira natureza desse fenômeno. É certo que o debate sobre outros mundos ou outros universos paralelos não é mais nenhuma heresia nos dias atuais. E não digo que essa aceitação ao tema se restrinja aos campos da fronteira da ciência ou de filosofias mirabolantes.


A discussão de universos paralelos ou realidades coexistentes com a nossa, é plenamente bem discutida dentro do mundo científico, principalmente no campo da física teórica. Se existe um universo paralelo ao nosso – que, sob nosso ponto de vista, é não físico - o óbvio pensamento é sabermos se nessa realidade existem seres pensantes e inteligentes e, caso existam, haverá a possibilidade de uma comunicação conosco?

Para outros pensadores, a comunicação pela TCI nada mais seria do que uma ação parapsicológica sobre os aparelhos, ou seja, o produto das vozes, imagens e textos - atribuídos a um mundo espiritual - nada mais seria do que nossa própria natureza em ação. As vozes seriam nada mais do que uma criação produzida por nossa mente. É o que a Parapsicologia chama de psicocinese, a ação da mente sobre a matéria. Também não há explicação concreta e resultados experimentais satisfatórios para que aceitemos completamente essa hipótese como elucidação última do fenômeno da TCI.

Passados 50 anos, em se tratando de aparelhagem usada, ainda utilizamos largamente aparelhos que não foram projetados especificamente para este tipo de pesquisa. Os pesquisadores e experimentadores, em geral, costumeiramente ainda usam aparelhos comuns, como gravadores de fita cassete ou digitais, computadores, microfones, câmaras de vídeo e televisores.

Entretanto, ao longo dos anos, muitos aparelhos ou sistemas de aparelhos foram desenvolvidos para fins específicos, como o Psicofone. Mas, eles ficaram abandonados no tempo, por não oferecerem maiores resultados expressivos como antigamente. Além disso, alguns sistemas deram resultados para alguns, mas ao serem replicados por outros, tornaram-se um retumbante fracasso. A parcela humana de contribuição para o êxito das gravações parece estar mais do que clara em alguns casos de maior expressão do fenômeno.

O computador é um forte aliado nas pesquisas de TCI.
A era do computador chegou e tem auxiliado as pesquisas de TCI de modo indispensável. Softwares foram criados com o objetivo específico de melhorar as gravações de “vozes”. O pós-processamento do áudio gravado, nos experimentos, tem clareado substancialmente as amostras, e funcionam hoje como “lapidadores de diamantes”.

Fazendo uma analogia, uma amostra de voz gravada em uma sessão de TCI, muitas vezes é como um diamante em estado bruto e que só depois de vários processamentos (filtros diversos), brilha e mostra toda sua clareza e beleza. Softwares têm sido usados também para estudar a arquitetura da construção das vozes e demonstrá-las que, de fato, elas contêm um componente de mistério em sua formação. Contém anomalias na estrutura do sinal de voz, que até o momento segue sem explicação.


Quais serão os próximos caminhos da TCI? Aonde queremos chegar? Como tornar o fenômeno mais evidente, claro e concreto e não um amontoado de ruídos dúbios ou de imagens abstratas? Não me refiro a que todas as gravações de áudio ou imagens, hoje, sejam dúbias e nebulosas, já que houve avanço em sua qualidade. Mas, uma fração ainda o é.

Em minha opinião, certamente um dos caminhos para se obter um grande êxito nesta área é a busca de se criar hardwares específicos para tal pesquisa. Já na parte de software, trará a validação necessária e, certamente, também, será útil com a criação de aplicativos específicos para tal objetivo. Aparelhagens construídas para tal fim serão um dos pilares para o avanço na área. Notadamente, pela observação nos experimentos, o fenômeno envolve algum tipo de energia ainda desconhecida. A busca pelo avanço na área certamente também encontrará essa incógnita a ser decifrada.

A área de áudios só se tornará um fenômeno inegável quando chegarmos no dia em que, após a realização de um experimento, não mais precisarmos voltar a gravação ao início, para se procurar a voz paranormal incrustada em algum trecho. Ela terá que ser clara, inteligível, audível no ambiente (por todos), e que possibilite um diálogo em tempo real. Isso já foi obtido por alguns pesquisadores no passado e hoje poucos o conseguem. Para esses casos em particular, que ocorreram no passado e ocorrem atualmente, parece haver o fator humano como facilitador.

Chamamos hoje tais pessoas de médiuns de efeitos físicos ou psíquicos. Entretanto, a Transcomunicação Instrumental é um fenômeno de massa e não um privilégio restrito a um grupo que detém um conhecimento secreto ou que possua supostos dons extragalácticos. Está claro que o fenômeno, em alto nível de qualidade, terá que ocorrer com todos e não apenas com segmentos restritos de pessoas privilegiadas.

Dito isso, observamos que continuar usando hoje um gravador de fita cassete, nos experimentos, nunca trará um resultado desse nível citado, simplesmente porque ele não foi projetado para tal finalidade. Além do mais, a fita cassete é uma tecnologia ultrapassada e já sepultada faz tempo. Na verdade, tecnologias ultrapassadas ainda funcionam com a TCI, mas seus procedimentos operacionais têm sido mais trabalhosos. Então, porque se agarrar ao passado? Provavelmente, a maioria das “vozes” que são gravadas hoje, já poderia estar em um nível de qualidade altíssima.

Refiro-me a “vozes” audíveis em tempo real e de clareza unânime. Provavelmente, o problema está no impasse de que o mecanismo de formação das “vozes” não encontrou suporte necessário no nível de um sistema, em nossas aparelhagens, que pudesse possibilitar isso. Seria como se o fenômeno já estivesse completamente disponível e acessível por aí, bastando apenas que disponibilizássemos um captador específico ou realizássemos uma transdução do sinal (transformação de uma energia em outra energia, de natureza diferente).

E vamos além. Continuar usando o aparelho de rádio comum, seja ondas curtas ou qualquer freqüência, dificilmente trará validação e comprovação para o fenômeno. O rádio foi primeiramente usado pelo pioneiro, Friedrich Jurgenson, e desde então tem sido utilizado largamente. Entretanto, sempre haverá o componente de dúvida ao se usar um rádio, e ele está sujeito a inúmeras interferências, mesmo entre estações (quando apenas está chiando). Seu uso nos experimentos de Transcomunicação, sempre acompanhará da seguinte pergunta: Será que essa voz é mesmo uma ação paranormal ou uma interferência qualquer, uma captação comum e que interpretei erroneamente? 


Sei que existem algumas técnicas de se contornar isso, como, por exemplo, a observação da menção constante ao nome do experimentador nas captações ou ao registro da gravação ser pertinente ao conteúdo das perguntas realizadas pelo experimentador. Nestes casos, evidencia-se uma ação não aleatória ou casual de uma onda terrestre qualquer viajando pelo espaço, mas sim uma ação direta direcionada ao pesquisador. Há também as Vozes Diretas de Rádio (VDR) que também oferecem um impacto mais real de sua natureza paranormal, mas, mesmo assim, em média, os aparelhos de rádio comuns vão oferecer o componente da dúvida para suas pesquisas.

Continua a dificuldade na distinção das “transimagens” verdadeiras das falsas.
É verdade que, em qualquer tipo de gravação de áudio, podemos averiguar a suposta voz paranormal e analisá-la no nível de sua estrutura, de verificarmos anomalias que ali não deveriam existir.

Ou, também, no caso da amostra ser de qualidade apreciável, e se suspeitar que tenha sido de uma entidade conhecida, poderá compará-la com um registro de voz dessa pessoa, quando em vida. Entretanto, essas análises são mais demoradas, mais trabalhosas e não acessíveis a todos. Elas são fundamentais para a comprovação do fenômeno e seriam ideais de ser obtidas em metodologias e meios confiáveis, coisa que o rádio não oferece plenamente.

Com referência ao campo de imagens e vídeos, a técnica de retroalimentação, em canal aberto de TV, segue defasada pelo mesmo motivo: da possibilidade de se obter registros espúrios, absolutamente terrenos. Este campo de experimentação segue ainda bem difícil. A pareidolia está fortemente presente em inúmeras imagens registradas.

Nossa mente continua a procurar padrões onde muitas vezes não existe absolutamente nada, ou melhor, existem apenas abstrações aleatórias e desconexas. É verdade que há exceções, apesar de olhos externos à TCI observarem que nossas técnicas atuais ainda estão se desvencilhando do amadorismo. Há dificuldades que esperamos superar nos próximos anos, com o avanço e amadurecimento das pesquisas que já seguem atualmente.

O futuro da TCI estará provavelmente na construção de novos sistemas de aparelhagens. São muitas as áreas que ainda necessitam pesquisa, além dos clássicos modos de comunicação por som e imagens. As pesquisas prosseguem, mesmo sem nenhum tipo de investimento oficial.
(texto de Alexandre de Carvalho Borges)

Chico Xavier Fala Sobre Transcomunicação


Programa Pinga Fogo, na antiga TV Tupi, e gravado em 1972. O entrevistado era Chico Xavier. Este vídeo mostra o momento que Chico responde a pergunta sobre Transcomunicação Instrumental, formulada pelo parapsicólogo Hernani Guimarães Andrade .

Transcomunicação instrumental


A transcomunicação instrumental (TCI) estuda a comunicação entre vivos e mortos através de aparelhos eletrônicos como por exemplo rádio, televisão, telefone e computador.

Por vezes o termo é confundido com o "Electronic Voice Phenomena" (EVP) que, por se tratar apenas da manifestação de vozes em aparelhos, está contido dentro da TCI.

Curiosidade histórica: a possibilidade de comunicações com o mundo espiritual sem a interferência direta de um médium, foi considerada por diversos cientistas. Como exemplo, Thomas Alva Edison, nos Estados Unidos da América, patenteou uma máquina para esse fim. No Brasil, o português naturalizado Augusto de Oliveira Cambraia, inventor da cambraia, patenteou, em 1909, o "Telégrafo Vocativo Cambraia" e um aparelho destinado a possibilitar o intercâmbio entre os chamados "planos da vida".

A moderna fase da TCI iniciou-se com o crítico de arte sueco Friedrich Jüergenson (1903-1987) que, em seus momentos de lazer, em sua casa de campo em Molbno, tinha o hábito de gravar o canto dos pássaros da região. Em 1959, ao escutar uma dessas gravações, deparou-se com vozes humanas entre os cantos gravados. Estranhou o fato, uma vez que estivera absolutamente só ao realizar a gravação, no meio de um bosque.

Ao ouvir com mais cuidado, notou que se tratava de vozes de pessoas e que podiam ser percebidas palavras em vários idiomas, o que descartava a hipótese de interferência de alguma emissora de rádio. Aprofundando-se em novas gravações, assombrou-se ao perceber que as vozes o chamavam pelo nome, por apelidos e que podiam responder a perguntas feitas no local, o que também descartava a hipótese de captação de rádio amador ou outro tipo de transmissão à distância. Indagando de quem seriam aquelas vozes, a resposta não tardou: "Somos os mortos...".

O Brasil sediou um Congresso Internacional de Transcomunicação em Maio de 1992, na cidade de São Paulo, com a participação dos pesquisadores Hernani Guimarães Andrade e Sônia Rinaldi. No país, à época, a maioria das comunicações era registada através de gravadores de fita magnética.

Hoje existem vários grupos de estudo tentando contactar com o “outro lado”, com softwares específicos para facilitar a obtenção de vozes através de computador, como EVP Studio, Adobe Audition (antigo Cool Edit) e o Sound Forge, ou alguns baixados de forma gratuita na internet como: EVP maker e Audacity.

Importante: solicitar sempre a proteção dos espíritos superiores ao iniciar projetos desta natureza.