"Não, não posso crer" - foi o que pensei quando me disseram o que de fato havia acontecido comigo.
Estava louca? Por que aquelas pessoas me mantinham ali sem informações?
Eu por acaso estava prisioneira ou era refém de algum grupo fanático?
Não podia deixar de considerar como estava sendo bem tratada.
Todos ali eram amáveis ao extremo e pareciam ter grande alegria em me servir.
O que estariam pretendendo?
Com certeza teriam que dar algo em troca depois do trabalho que tiveram em me tirar daquele lugar horrível... Ah, aquele lugar.
Até hoje não sei como fui parar ali.
De repente perdi o rumo e me vi cercada de sombras. Onde estava o caminho de casa? Onde estavam meus filhos?
Disseram que meu corpo deixou de existir.
Mas como, se ainda respiro, posso ver, sentir e tocar nas coisas?
O tempo passou, sentia-me cada vez melhor.
À medida que a consciência se aclarava e as trevas da ignorância se dissipavam, fui compreendendo minha real situação.
Hoje eu sei o que aqueles benfeitores esperavam em troca: NADA!
Queriam somente que eu compreendesse que somos todos irmãos.
Muito aprendi e como todos sou também um devedor da vida.
Muito tenho trabalhado pelo meu crescimento moral e pelos que sofrem, passando pelo que passei, quando me é permitido.
Que Deus abençoe a todos.
Iolanda.
(Psicografado por: Cleber P. Campos)
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