P.: Qual a missão
do Espírito protetor?
R.: A de um pai para
com os filhos: conduzir o seu protegido pelo bom caminho, ajudá-lo
com os seus bons conselhos, consolá-lo nas suas aflições,
sustentar a sua coragem nas provas da vida.
(Questão 491 de “O
Livro dos Espíritos”, de Allan Kardec.)
*
Deus, na sua infinita
bondade, sabedoria e perfeição, criou um código de amor e justiça
onde cada criatura, de acordo com o seu grau de merecimento e
responsabilidade, poderá contar sempre com a assistência da
Providência Divina.
Ninguém está sozinho,
por mais que pareça abandonado, dentro do contexto em que vive,
sempre tem do lado o apoio incondicional de, no mínimo, um protetor
espiritual.
A tarefa desse Espírito
amigo, designado pelo Pai Celestial, para nos acompanhar os passos, é
a de propiciar condições que possibilitem o nosso progresso
espiritual, na caminhada que estamos encetando na direção da
perfeição, aonde a paz e a felicidade, definitivamente, virão
morar em nossos corações.
Desde o nosso
nascimento esse protetor espiritual está conosco, no entanto, em
momento algum ele tolherá a iniciativa que devemos tomar diante das
tarefas e atribuições que são exclusivamente nossas. Ele nos
ajuda, mas não realiza o serviço que nos pertence.
Como um pai amoroso e
justo, sempre está à disposição do filho para lhe garantir as
condições de sobrevivência, sem interferir nas experiências
necessárias que o rebento precisa colher.
Nosso protetor
espiritual não se apresenta em nossas vidas de forma ostensiva, para
não atrapalhar o roteiro natural da nossa existência, mas
intuitivamente está sempre ao nosso lado.
A ele devemos nos dirigir
em preces, solicitando seus préstimos, pedindo sua proteção e
agradecendo a sua constante preocupação para conosco.
Esse amigo espiritual
fica imensamente feliz com as nossas reais conquistas e lamenta
quando tomamos deliberações infelizes que nos proporcionam
prejuízos, no entanto, identificando a nossa pequenez, sabe
compreender os nossos enganos e equívocos e trabalha intensamente
para que erremos o mínimo possível.
No entanto, quando
deliberamos seguir por caminhos incertos e perigosos, depois de nos
advertir insistentemente, percebendo que não queremos vínculos com
uma vida digna, poderá se afastar, momentaneamente, permitindo que
colhamos os reflexos dolorosos das nossas realizações infelizes.
Não nos abandona de
forma definitiva, mas se distancia e espera o momento do nosso
despertar para os reais valores e objetivos da vida, isso,
obviamente, quando estivermos repletos de dores e arrependimentos, e,
então, nos acolherá para dar a sustentação que necessitarmos.
A presença desse amigo
ao nosso lado é a prova inequívoca da bondade divina, tudo fazendo
para que cada filho de Deus tenha todos os recursos necessários para
a sua ascensão espiritual.
Em momento algum
podemos afirmar estarmos sozinhos, mesmo ante os mais difíceis e
intrincados problemas ou diante dos mais dolorosos quadros de
sofrimento, pois que a nos amparar o ânimo e a nos tonificar as
forças estará sempre presente o nosso protetor espiritual.
Confiemos nele e nossos
dias serão mais serenos e tranquilos.
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