Antes de Jesus o serviço, sem dúvida, constituía abjeção ou
miserabilidade.
Excetuadas as lides da guerra e as preocupações da
governança, que representavam o trabalho honroso da habilidade e da
inteligência, qualquer gênero de atividade era considerado esforço inferior que
deveria ser relegado aos homens cativos.
O serviço-punição estava em toda parte.
Escravos nas letras.
Escravos no ensino.
Escravos na rotina doméstica.
Escravos nos espetáculos.
Escravos no mar.
Escravos no solo.
Onde estivesse alguém ajudando ao próximo, no uso
respeitável dos braços, aí se achava um coração jungido à vontade despótica do
senhor, sem qualquer direito à própria vida.
Com Jesus, porém, o trabalho começa a receber o apreço que
lhe é devido.
O Mestre inicia o apostolado numa carpintaria singela.
Em seguida, é o médico dos desamparados, sem honorários; é o enfermeiro dos aflitos, sem remuneração; o
educador ativo, sem recompensa...
E, por fim, consagrando o concurso fraterno na máxima
expressão, lava os pés aos discípulos, qual se fora deles o escravo e não o
orientador.
Desde então a Terra se renova.
Cada cristão abastado ou menos favorecido procura a posição
que lhe cabe a fim de agir e ser útil.
Materializando o ensino do Senhor, Paulo de Tarso consome-se
de fadiga no trabalho incessante a fim de auxiliar a todos, sem ser pesado a
ninguém.
E, de século a século, sob a inspiração do Amigo Celestial,
o serviço é motivo de honra e merecimento, em plano cada vez mais alto, até que
o homem aprenda, por si mesmo, a divina lição que indica por maior aquele que
se fizer o servo de todos eles.
( in “Segue-me” - Emmanuel
& Francisco Cândido Xavier)
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