Zé tirano
Era a alcunha
Onde podia
Metia a unha.
Esperto, capaz
Tudo queria
Aqui e acolá
Fazia razia.
Rico, poderoso,
Todos manipulava
Sem se importar
Se errado estava.
De tal modo
Era o seu agir
Que “tirano” ficou
Para o porvir.
Todos o receavam
Com ódio ou medo
Ele, o tirano
Caía no degredo...
No degredo espiritual
Apesar da opulência
Ganhando inimigos
Com a sua vivência
Zé, o tirano
Voltou agora
Pobre, enfesado,
Filho do Zé da nora.
Trabalha no campo
De sol a sol
Fraco de corpo
A alma num redol.
Diz quem vê
Que sofre pesadelos
Coitado do jovem
Amigos? Nem vê-los
Porque será
Tanto sofrer?
O Zé da nora
Pergunta à mulher.
São coisas de Deus
Vá-se lá saber
Ele lá sabe
Porquê o sofrer
Mas nosso filho
Que mal realizou
Para nascer assim
Porque Deus o marcou?
Só a reencarnação
Explica tal
Que ninguém espere o
bem
Se praticou o mal.
Zé tirano sonha
Com opulência,
grandeza,
Mas nesta vida
Só terá a pobreza.
Assim aprenderá
O preço da
fraternidade
A ser simples, humilde
E útil à humanidade.
Reencarnação,
imortalidade,
Ensina o espiritismo
E a imortal
comunicabilidade
Revivendo o
cristianismo.
A Doutrina Espírita
Kardec codificou
Observando,
pesquisando,
Essas leis nos deixou.
Se queres conhecer
O mundo espiritual
Estuda Kardec
É esse o manual.
Poeta alegre
(Psicografia recebida em Caldas da Rainha, Portugal, em 18
de Janeiro de 2004)
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