Não é fácil aceitar as diferenças.
O olhar do filho nos desnuda e a impotência é o que mais
incomoda.
Não saber lidar com a própria criação.
Não suportar mais a dor dele que vira nossa e nada poder
fazer. A dor de saber que ele é parte da gente e a gente parte dele. Um todo
dor compartilhada.
Imagens que se formam e que marcam vontades de estancar o
movimento pendular: o ir e vir sempre na instabilidade das doenças mentais
crônicas.
O fluxo dos pensamentos mágicos, o movimento apavorante
frente à vida, o choro excessivo sem haver motivo, a vontade de morrer.
O medo de sentir de novo a mesma dor é igual ao real sentir?
O medo de ser, o medo de sofrer, o medo de viver. E o viver? O que é isto? Qual
o verdadeiro sentido? Como iluminar encruzilhadas se os caminhos que bifurcam
são escuros. Todos. Bastaria uma vela para romper a escuridão? Uma pedrinha
brilhante a marcar caminho? Ou a coragem e a fé a mudar rota.
Mas qual a rota?
* * *
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